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Dexter – 6×03 Smokey and the Bandit

Por: em 18 de outubro de 2011

Dexter – 6×03 Smokey and the Bandit

Por: em

Eu assisti a esse episódio ontem, antes de dormir, o relógio quase marcando meia-noite. Então, imaginem meu susto quando a cena final chegou. Foi difícil dormir depois daquilo, era só eu fechar os olhos e aquelas imagens – no mínimo, perturbadoras–  voltavam à minha mente. Tenho uma forte impressão que, próxima semana, a temporada engrena. E, parando pra pensar, as temporadas anteriores realmente começaram a assumir aquele ritmo de tirar o fôlego entre a quarta e a quinta semana.

Mas deixemos o final para o final, certo? Até porque, Smokey and Bandit deu muita coisa o que comentar. Achei todo o clima do episódio um pouco mais descontraído, como se os roteiristas estivessem querendo deixar as coisas mais leves mesmo que por alguns minutos – ok, é praticamente impossível que Dexter seja uma série leve, vai de encontro com a essência do show, mas as pinceladas de humor nas situações envolvendo o personagem-título estavam em maior número aqui e casaram bem com a situação.

Contudo, mesmo assim, algumas coisinhas me saltaram a atenção em todo o caso do Fada do Dente (que nome, hein?!). Primeiro, como o Dexter deixou que o velho – ao menos por alguns minutos – o surpreendesse? O cara era um serial killer, assim como o Dex. Eu, ao menos, imaginei que ele cogitasse a possibilidade do velho pensar como tal. Me surpreendi quando ele apontou a arma pro Dex, mas, no fim das contas, a história se resolveu bem mais rápido do que eu esperava, tava achando que rolaria uma tensão a mais, porém de uma hora pra outra o cara já estava na mesa do Dexter. São detalhes pequenos, mas que eu não poderia deixar de comentar e que, no fim das contas, acabaram sendo mínimos.

Uma coisa legal que o caso em questão trouxe: Detalhes do passado do Dexter. Não me surpreendi nenhum pouco em saber que ele mantinha um álbum de assassinos em séries ao invés de jogadores de basquete ou futebol americano. Totalmente Dexter. E, pra quem apostou em um retorno do Irmão Sam, ele estava aqui novamente. Não teve muita importância, mas eu acredito que só o fato do personagem ter aparecido, já demonstra que ele pode ser importante no futuro.

Jennifer Carpenter. Taí uma que nunca decepciona. Mais uma vez, ela e sua Deb inquieta foram um dos maiores pontos positivos do episódio. Quando ela aceitou o cargo semana passada, eu nem parei pra pensar que isso significava que a personagem passaria a atuar muito mais dentro da delegacia do que fora – que é o que ela ama fazer (e a gente ama assistir!). E a LaGuerta, ein? Acreditar que ela quer ajudar a Deb é quase como que acreditar em coelhinho da páscoa. Tá na cara que o que ela quer mesmo é se mostrar superior, infernizar a vida da jovem e, quem sabe, fazê-la desistir do cargo. E com certeza ela vai usar a insegurança da Morgan a seu favor o máximo que puder.

E o Quinn não ajuda também, né? Bastante imaturo da parte dele sair pegando qualquer uma que ele vê por aí três dias após terminar com a Deb. Acredito que isso vai acabar influenciando na relação profissional dos dois quando a gente menos espera. Mas se eu tivesse que arriscar um palpite, diria que o famigerado pedido vai acabar ganhando um sim até o final da temporada. Esperar pra ver.

Mais alguém ficou desconfiado da nova estagiária do Masuka? Sei lá, eu achei que a Ryan ia ser só um alívio cômico ou algo do tipo, mas quando ela começou a mostrar aquele meio que fanatismo pelo Ice Truck Killer, meu sensor de perigo apitou. E convenhamos que simplesmente pegar as evidências do caso foi bizarro, pra dizer o mínimo! Fiquei bastante curioso pra saber até onde essa trama vai agora.

O modus operandi do Travis e do Gellar vai ficando mais claro com o passar do tempo e as poucas cenas dos dois nesse episódio meio que vieram pra solidificar os conceitos que já pareciam um pouco claros nos passados: Eles matam seguindo preceitos religiosos, acreditam (ou pelo menos eu acredito que eles acreditam) estar salvando as pessoas, dando-as finalmente paz, após um arrependimento forçado pelo medo a que as submetem. Macabro. É só o que eu digo.  Quero muito ver como vai ser quando o caminho dos dois se cruzar com o do Dexter.

Tenho minhas dúvidas se aquela cena final, com cavalos trazendo manequins e partes de corpos, tem algum tipo de relação DIRETA com os dois. Eu arriscaria que são duas coisas que estão relacionadas de uma maneira mais sutil, mas que acabarão se encontrando com o desenrolar da trama. Achei bacana a relação que a série fez com o lance do Harrison passar todo o episódio brincando com cavalos e, no final, os animais aparecerem de fato.

E, pra terminar, bem metafórico o momento em que o Dexter derruba as lâminas e elas se bagunçam, uma acabando quebrada. Meio como se a série nos dissesse: Ei, acabou a ordem. Agora é a hora da ação. E a gente agradece.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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