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Dexter – 6×10 Ricochet Rabbit

Por: em 11 de dezembro de 2011

Dexter – 6×10 Ricochet Rabbit

Por: em

Faltam poucos dias para o fim do mundo e exatos dois episódios para a exibição do season finale e as coisas começaram a engrenar. Hoje a noite (dia 11/12), vai ao ar o 6×11, que deve preparar o terreno para o que, segundo os produtores, será um episódio que virará o mundo dos fãs de cabeça para baixo. Pois bem, enquanto os 2 atos finais não dão as caras, vamos debater o que o episódio de domingo passado trouxe.

O primeiro sentimento que me veio após ver Ricochet Rabbit foi de raiva. Raiva por pensar que, se os episódios anteriores seguissem esse ritmo e essa linha, é fato que a temporada estaria bem melhor do que está.  Mas como dizem por aí, you can’t always get what you want, então eu fico feliz pela melhora que a série mostrou essa semana e passo a acreditar que esses 2 episódios que ainda restam podem tornar minha opinião sobre este ano um pouco menos amarga do que ela vinha sendo até então. Uma vez alguém me disse que essa maneira de analisar os episódios que a gente costuma fazer – após a exibição – não era a mais adequada, que o correto seria esperar uma temporada inteira, para então se fazer um balanço geral, e talvez em Dexter isso até funcionasse melhor, mas o meu ponto é: Se uma série não consegue prender seu público diante da TV a cada semana e se não mostra motivos para empolgá-lo e fazê-lo voltar àquilo quando o próximo episódio vir, então algo está errado e, se está errado, precisa ser consertado.

O Travis ter assumido de vez o lado dark foi o melhor caminho a ser tomado. O fato do Colin Hanks ter funcionado bem melhor com essa personalidade evil do que com toda aquela dúvida e fragilidade foi um dos fatores que me fez acreditar que se isso estivesse presente desde o começo e se toda aquela dúvida sobre existência-não existência do Gellar não tivesse sido colocada no roteiro (ou ao menos não se prolongado o tanto que se prolongou), o caso do DKK funcionaria bem melhor e seria mais interessante de se observar. Como o foco da temporada foi no fator religioso, foi bem interessante a colocação do fanatismo cego, aquele que faz multidões seguirem a voz de uma única pessoa, que afirma estar seguindo a vontade de Deus, exatamente como o Travis e o casal que o ajudou a reparar o erro e matar a menina que outrora ele libertou.

Outro ponto positivo que este episódio trouxe diz respeito ao retorno do Dexter à sua habitual personalidade. Desde o começo desse ano da série, nós o vimos entrando em dilemas existenciais, dúvidas a respeito de uma possível salvação, os questionamentos entre luz e escuridão… E tudo isso contribuiu pra que o personagem assumisse aquela postura salvatória que a gente viu nas últimas semanas – e que não funcionou muito bem, não tanto pela tentativa de colocar em si um pouco de luz, mas pelo fato de isso ter resultado em um Dexter descuidado, cometendo erros que poucas vezes o vimos cometer. Agora, o old Dex voltou. Tudo que ele quer é matar o Travis, pra tentar corrigir os erros e, quem sabe, relaxar sua consciência. Provavelmente, o Travis vai acabar indo parar na mesa do Dex – não acho que a série seria ousada o suficiente agora a ponto de quebrar seu modus operandi ­-, mas eu agora me mostro curioso pra saber os caminhos que levarão a isso, o que não vinha acontecendo.

A Deb roubou a cena, mais uma vez. Seus questionamentos a respeito do relacionamento com o irmão estão cada vez melhores e as cenas com a psicóloga, que em outro contexto poderiam soar forçadas, desnecessárias ou algo do tipo, vêm se encaixando muito bem com os outros plots e não parecem uma coisa isolada: De certa forma, eu gosto de acreditar que isso está sim relacionado com a trama principal e com uma possível surpresa no finale de domingo que vem. Ela percebeu que ele é o seu porto seguro, aquele que sempre vai estar ali para ela, independente da ocasião. Eu gosto de acreditar que tal constatação é um indício de que tudo isso está prestes a desmoronar.

Outra possibilidade interessante que continua sendo trabalhada é a trama do Louis. Somando a inteligência que o cara tem com a fixação por serials killers e a adoração (que agora, talvez, esteja convertida em frustração) para com o Dexter, tudo pode convergir em um possível cenário interessante na season finale. Talvez ele seja o primeiro a descobrir o que o pessoal do departamento não desconfia há anos, mas se isso acontecer, eu acredito que ele vai acabar pagando por isso e partindo dessa pra uma melhor, como acontece com a grande maioria dos personagens que descobre o pequeno passatempo do Dex.

Talvez daqui há pouco mais de uma semana, eu esteja revoltado porque todas essas possibilidades foram jogadas foras (não seria a primeira vez) e a série se acovardou de novo, mas por agora, eu prefiro acreditar que elas não estão aqui por acaso e que os produtores planejaram uma season finale de tirar o fôlego que, se não pode redimir os erros da temporada, pode ao menos fazer com que a visão geral da mesma seja mais positiva e que a ansiedade para o ano que vem seja crescente. Assim espero.

 

PS. Não posso negar que a ideia do Absinto começar no departamento de homicídios é sensacional. Era a chance de nos livrarmos, de uma vez, de Quinn e Laguerta.

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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