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Dexter – 8×09 Make Your Own Kind Of Music

Por: em 27 de agosto de 2013

Dexter – 8×09 Make Your Own Kind Of Music

Por: em

Meus queridos leitores, hoje quero começar esta review dando parabéns para vocês. Quando vi a história de Oliver Saxon brotando no passado de Vogel não pude deixar de lembrar dos diversos comentários que vocês deixaram aqui na review anterior. É muito legal quando isto acontece. Continuem comentando sempre, vocês também fazem este blog ser o que é!

Este episódio começou com a pior faceta que conheci do meu, do seu, do nosso serial killer favorito: o quadro de paixonite aguda por Hannah Mckey. Isto me dá…preguiça. Já falei, se quiséssemos isto estaríamos assistindo a outra série, que não Dexter. Esta faceta, infelizmente, dominou parte do bom episódio deste domingo, que contou a verdadeira história do Brain Surgeon. Aliás, obrigada roteiristas por não encerrarem este plot com mais uma morte insignificante dentre tantas outras que ocorreram na série nos últimos anos.

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Dex e Hannah: a descaracterização do personagem em sete passos.

Apesar da crise de príncipe encantado de Dexter o 8×09 foi um consistente e importante episódio para o fim da história do analista forense. Digo isto porque, graças a indomável paixão por Hannah, Dex está, finalmente, questionando seu diagnóstico de psicopata. A própria Vogel reforçou mais uma vez que ele seria incapaz de manifestar empatia por pessoas, assim como seu próprio filho Daniel (que discutiremos mais a frente). Volta aqui mais uma vez a teoria de que Dex foi diagnosticado errado desde o começo…será que isto vai se confirmar no final da temporada? Escutar Harrison falando de Hannah como sua mãe (Rita deve ter tremido no túmulo) também motivou este lado emocional do serial killer que estamos conhecendo, e foi a gota d’água para que ele realizasse o sonho de ir para a Argentina, e largar a pobre Deb para trás.

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Harrison quase colocou tudo a perder para seu pai neste episódio

Debra tem sempre bons enredos nos episódios, mas algumas coisas ainda não me deixam segura quanto ao desenvolvimento da personagem (que estava espetacular no início da temporada): ela anda muito tranquila em relação a vida dupla do irmão, e mais tranquila ainda com o fato de que ela mesma já matou duas pessoas (uma delas a inocente, mas chata, LaGuerta) desde quando virou cúmplice de Dex . Não é possível que ela tenha passado de um insano breakdown emocional para a irmã que vai receber a cunhada em casa (aliás, Dexter, você é um folgado e abusa do bom coração – ou dos sentimentos – de Deb). Espero que tenham uma explicação para isto, ou que ela surte novamente. Ainda no plot de Deb, demorou mas Quinn conseguiu sua reaproximação com a ex-noiva, arrancando até um delicado beijo após descobrirem o paradeiro de Oliver Saxon. Este é um casal que vale a pena torcer: Deb merece tentar ser feliz antes desta série acabar, apesar de não achar que vai ser tão simples assim.  A relação de Deb e Elway também vai de mal a pior (e as chances dele com ela também) e a história de Hannah/Dexter vai esbarrar nas arestas da insatisfação do trabalho da ex-tenente.

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Carpenter e Harrington: química estranhamente interessante

O grande destaque do episódio ficou mesmo com a história do Brain Surgeon. Não quero me sentir animada antes da hora, mas gostaria muito que este antagonista conseguisse ameaçar Dexter da mesma maneira que Trinity ameaçou. “Mas porque pensar assim?” vocês me perguntariam. E eu digo: porque Trinity foi o mais próximo que Dex chegou de um serial killer, e esta proximidade custou a vida de sua esposa. Oliver já é, de alguma maneira, da mesma família de Dexter (apesar de Vogel dizer que o problema de Daniel era “um problema de família”), e está bem mais próximo de assassinar Hannah, Deb ou até mesmo Harrison. Ainda pesa contra ele o fato de que Vogel não confia mais em sua palavra: também, quem mandou envenenar a pobre mãe que acabou de reencontrar o filho que julgava estar morto? Mais uma decisão irracional de Dexter. Bem que Harry lhe avisou que ele não estava agindo com a frieza de sempre…coloque mais esse problema na conta da Hannah.

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Vogel e o filho, o Brain Surgeon

Com três episódios restantes, um cliffhanger inesperado e uma promo do episódio 8×10 de parar o coração, nos resta torcer para que a trama da oitava temporada (que passou de “excelente” para “consistente e boa”) nos traga de volta aquela emoção que Dex nos trazia nas saudosas primeiras temporadas da série. Eu poderia afirmar com certeza, de que se os roteiristas nos levassem a este ápice, seria como se tivéssemos conseguido fugir para a nossa Argentina.

Observações adicionais:

*Por onde anda Miller que ganhou a vaga de sargenta?

*Dexter sofreu com a morte de Zach. Mais um sinal de não-psicopatia?

*Gostei do destaque para “Make Your Own Kind Of Music“. É bom quando as músicas não são meramente trilhas de fundo.

*Deb e Hannah entrosando no jantar? Por favor, não façam com que esta história nos desça garganta abaixo.

*Não dediquei espaço a Batista nesta review. É vergonhoso o afastamento do personagem.

*O que é aquele sistema de facial match que Dexter usou para identificar Oliver? Sensacional!

*”Who the fuck are you?” – Deb colocando a filha de Massuka no lugar

* “What was that? Serial killers convention?” – Deb, sobre o encontro de Zach, Hannah e Dexter

*“Hungry?” – Hannah

“Are you kidding?” – Deb

“Fair enough” – Hannah

Com a pausa para o Labor Day nos EUA, Dexter só volta no dia 8/09. Então segurem as tensões até lá!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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