Como comentei na review de A Town Called Mercy, eu estava empolgada para The Power of Three. Mas acabei me decepcionando bastante com o episódio. Achei ele bem fraquinho. Definitivamente foi o pior da temporada até agora. Gostei da ideia central da invasão lenta e dos cubos misteriosos, mas a execução não funcionou para mim. A invasão se tornou tão secundária que parecia que só estava lá porque precisavam preencher os 40 minutos. Durante todo o episódio eu lembrava de Doomsday (2×13), mas não chegou nem perto da emoção e do brilho do finale da 2ª temporada.
O que me incomodou foi que nada aconteceu. Claro que houve momentos bons e divertidos, mas no geral, a história foi excessivamente lenta e sem um grande problema. A maior parte do episódio é dedicada a tensão de não se saber absolutamente nada sobre os cubos, mas quando eles finalmente fazem alguma coisa, já está quase no fim do episódio, então tudo fica corrido e a solução é fácil demais. Um terço da Terra morre e o Doutor simplesmente balança a chave de fenda sônica e todos ressuscitam. Eu sei que a chave de fenda sônica faz tudo (menos madeira), mas acho que forçaram a barra. Faltou desenvolvimento na história e eu não senti a emoção da aventura que normalmente sinto.
Na minha opinião, o episódio serviu mais para celebrar a própria série e os personagens. Tanto que só entendi o motivo do nome do episódio no fim (já imaginava que se referia aos três viajantes, mas não teve nada a ver com a história dos cubos). É a mesma coisa que ficar falando “Doctor who?” o tempo todo. Deixou de ser uma piada interna com o público. Não que eu ache isso totalmente ruim, é uma característica da era Moffat que normalmente nem me incomoda, mas de vez em quando é um pouco chato. Quando acabou, tive a impressão que fizeram um episódio inteiro só para fazer aquela cena no final, porque no próximo sábado será a despedida. Afinal, por mais bonitinha que tenha sido a cena, eles não precisam nos contar qual é o “poder os três”. Eles estão aí desde a 5ª temporada, a gente sabe!
Agora que já falei porque achei o episódio chato, vou comentar as partes boas. Porque o plot dos cubos só estava ali para poderem fazer essas cenas e mostrar a indecisão dos Ponds em relação à vida dupla que eles levam. Teve cenas bem engraçadas, como o Rory de cueca e o Doutor entediado. Gostei da Kate Stewart, espero que ela tenha a oportunidade de aparecer novamente. Houve muitos momentos fofinhos entre o Doutor e Amy, principalmente quando eles conversaram sozinhos. Essa foi a cena que valeu o episódio inteiro. Todo mundo já está emocionalmente afetado por causa de The Angels Take Manhattan, então qualquer conversa mais sensível nos deixa a ponto de chorar.
Como teve pouca ação no episódio, o que não faltou foi repercussão de teorias. Como Shakri, o vilão, só apareceu como holograma por uns 5 nanosegundos, todos já estão esperando para saber quando é que ele vai voltar. Tenho a impressão que essa foi uma apresentação para que ele volte com mais força no futuro (talvez na segunda parte da temporada). Além disso, desenterram a teoria de que o Rory é o Mestre por causa do relógio que estava na mesinha. Qual é a minha teoria? O Moffat leu sobre isso e pensou: “Que doideira! Hum, sabe o que deixaria todo mundo louco? Colocar um relógio de bolso em algum canto da cena. Vai ser super divertido!”.
Gente, pelo o que eu vi na internet, a maioria gostou do episódio. Pessoalmente, não gostei. Não me odeiem por causa disso, no fundo eu sou legal. O que realmente importa é que sábado é o dia tão esperado! Preparem os seus lencinhos e seus corações, porque tudo indica que alguém morrerá. E se tudo der certo, o Rory não é o Mestre! The angels are coming…
Sweeties, River Song mandou avisar que o vídeo a seguir contém spoilers. Não assista se tiver problemas no coração. Considerem-se avisados!
