A sétima temporada de Doctor Who está de volta e (graças a Deus!) Clara não morreu neste episódio. No comecinho do episódio eu senti um pouco de medo de que The Bells of Saint John tentasse seguir a onda de Blink (3×10), mas esta foi só uma impressão devido ao vídeo com o moço dizendo “não clique”. As semelhanças pararam por aí e posso dizer que fiquei bastante satisfeita. A série voltou com um episódio muito gostoso de se assistir.
Clara ainda é um mistério, mas finalmente conhecemos a garota que realmente será a companheira do Doutor. Já falei nas outras reviews que gostei bastante dela. Clara (qualquer uma delas) é uma personagem muito carismática e pelo o que entendi, terá um destino semelhante ao de River Song. Ainda não tenho a menor ideia sobre como a Clara vitoriana é possível, mas parece que a Oswin de Asylum of the Daleks é a mesma deste episódio, só que mais velha. Ou não. Tratando-se Doctor Who, nunca se pode ter certeza.
The Bells of Saint John foi um episódio que trouxe uma característica que eu adoro em Doctor Who: a série pega coisas simples e comuns do dia-a-dia e as transformam em vilões. Claro que em algum momento eles usariam o wi-fi como tema. A história começa com o Doutor em um lugar distante no tempo e espaço tentando descobrir o mistério de Clara. Isto até que os sinos de Saint John começaram a tocar. Demorei um pouco para entender que os sinos eram o telefone da TARDIS. Fiquei curiosa para saber quem é a “mulher da loja” que deu o telefone para Clara.
A história em geral foi gostosa de se assistir. A interação entre Clara e o Doutor é divertida e eu gostei bastante da ideia de ter pessoas controladas pelo wi-fi. O fato de o Doutor não ter sido o único responsável por salvar o dia também é uma vantagem grande. As recém adquiridas habilidades de Clara foram e com certeza ainda serão muito úteis. Foi fantástico ela conseguir fazer algo que o perfeito Doutor não conseguiu. Todo o desenvolvimento do problema foi divertido e a revelação do vilão trouxe continuidade à história da segunda parte da temporada. 
Fiquei surpresa em descobrir que quem estava por trás de tudo isto era a Grande Inteligência, do The Snowmen. Depois fiquei me perguntando como foi que eu não tinha pensado nisto. Me pareceu bem lógico, já que para um vilão como este, a internet realmente seria uma excelente arma. Uma arma um milhão de vezes melhor do que bonecos de neve, por sinal. De qualquer forma, achei interessante a ideia de utilizar o mesmo vilão por dois episódios seguidos sem deixar a trama muito entrelaçada. A princípio, nada indicava que o episódio seria tão relacionado ao especial de Natal. Só no final que ficamos sabendo que o vilão era o mesmo. Ainda não sei se a Grande Inteligência tem alguma relação com o mistério de Clara, mas esta é uma possibilidade que deve ser considerada.
P.S.1: A nomenclatura do episódio está um tanto confusa. Para mim, o 7×06 foi o Especial de Natal e este é o 7×07. Mas tem muita gente chamando este episódio de 7×06 e desconsiderando o especial na contagem. Acho que as duas formas são válidas, mas vou considerar a contagem do imdb e continuar a sequência considerando o especial, ok?
P.S.2: Todo mundo já viu a notícia lindinha sobre os nomes confirmados para o especial de 50 anos?
P.S.3: Moffat, você é ótimo, mas jogar a frase “doctor who?” durante os episódios já deu o que tinha que dar, né? Foi bonitinho nas primeiras 50 vezes…
P.S.4: Desde quando o Doutor não leva a TARDIS para combate?
P.S.5: Clara Oswald, for the win, se fazendo de difícil para o Doutor. Vamos, garota, está na cara que você não vai recusar o passeio.
P.S.6: Fiz questão de colocar aqui um detalhe que não tinha reparado e que o Felipe me contou nos comentários: O livro Summer Falls que o garoto estava lendo foi escrito por Amelia Williams, aka: Amy Pond.
