Hide foi o episódio de “terror” da temporada. A história se passa em um casarão assombrado por fantasmas no Reino Unido em 1974. Todos sabíamos que eventualmente o Doutor encontraria uma explicação plausível para explicar a presença do fantasma, já que teoricamente fantasmas não existem, mas é divertido ver todos na caçada pelo ser sobrenatural. Adorei toda a ambientação do episódio, que apesar de tratar do mesmo tema, não foi repeteco de The Unquiet Dead (1×03).
Clara continua um mistério para o Doutor e pode-se perceber que ele não está apenas levando-a para conhecer as maravilhas do Universo pelo espaço e tempo. Ele quer saber quem ela é. Todo o propósito da aventura é descobrir quem é a moça. A caça ao fantasma foi uma desculpa para conhecer Emma, uma empática. Confesso que o conceito de ler sentimentos foi novo para mim, mas achei muito interessante. Principalmente pelo fato de ela não conseguir ler com precisão os sentimentos que a interessam. O Doutor queria descobrir se Emma poderia dar alguma dica sobre o que há de especial sobre Clara, mas infelizmente, ele não conseguiu descobrir nada de novo.
Clara continua sendo uma ótima companheira. Já me apeguei a personagem. Acho bem mais realista ela não ser completamente corajosa e destemida, como foram grande parte das companheiras da série atual (como eu não assisti a clássica, não sei dizer como era o perfil das companheiras passadas). A garota é extremamente curiosa, então no fim das contas ela sempre aceita a aventura. A diferença é que ela não sai correndo em direção ao perigo por livre e espontânea vontade.
A fantasma em questão era chamada de A Bruxa do Poço. A presença dela só era detectada com a ajuda de um poderoso médium, no caso Emma. Sempre que a presença da Bruxa do Poço foi registrada, ela apareceu na exata mesma posição.
O Doutor e Clara então viajam no tempo para registrar a presença da fantasma no local durante toda a história, desde o princípio até o fim. Eles descobriram o motivo porque as fotos sempre registram a mulher na mesma posição. A resposta é parecida com a história de Amy em The Girl Who Waited. A fantasma estava presa em um Universo de bolso (que teve direito até à uma explicação muito didática envolvendo balões), em que o tempo passa em uma velocidade diferente do que o normal. Clara ficou extremamente sensível em relação à viagem do Doutor. Não é para menos, considerando que em pouco tempo ele passou por toda a história da humanidade.
A descoberta de que a fantasma na verdade não era uma fantasma e sim uma viajante do tempo perdida no Universo de bolso também levou a descoberta de que a moça fugia de algum tipo de monstro. Porque obviamente, fantasmas não exitem, mas monstros são completamente reais. Inclusive, a criatura em questão passou o episódio inteiro sendo um completo mistério. Ele andou pelas sombras e me pareceu bastante assustador. Pelo menos eu imagino que ficaria muito assustada com a companhia de tal ser se estivesse presa em uma floresta sombria em Universo de bolso.
O que me surpreendeu foi o Doutor ter descoberto qual era o problema do monstro no final do episódio. Naquele momento eu imaginei que a história havia acabado e que os motivos do monstro não eram tão importantes. Nem me incomodei pelo fato de o monstro não ter aparecido completamente. Não esperava pela reviravolta. Tudo não passava de um romance entre duas criaturas separadas por um acidente no tempo. É uma linda história de amor entre duas criaturas bem feias (mas com um efeito especial ótimo).
Observações finais:
Emma disse que Clara deveria ter cuidado com o Doutor porque ele tem um pedaço de gelo no coração e é mentiroso. Isso todo mundo já sabe. Mas me contem… Usando um pouco de imaginação, se você tivessem a oportunidade, vocês confiariam no Doutor?
Clara continua fazendo comentários sutis (ou não) que se relacionam às “outras Claras”. Como o comentário sobre o queixo.
Clara, se você acha que a TARDIS não gosta de você, chamá-la de “vaca” não vai ajudar, né?
“Todo monstro solitário precisa de uma companheira”
A review de Journey to the Centre of the TARDIS sairá em breve.