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Doctor Who – The Time Of The Doctor [Especial de Natal]

Por: em 10 de janeiro de 2014

Doctor Who – The Time Of The Doctor [Especial de Natal]

Por: em

O tempo do Doutor chegou. Mais uma vez nos despedimos de uma encarnação do Senhor do Tempo e conhecemos sua nova cara. Para mim, todo episódio de regeneração é delicado. É uma mistura da tristeza de ter que falar adeus para o atual Doutor e da insegurança de não se adaptar à sua nova encarnação. É como mudar de cidade (quem já se mudou para um lugar distante conhece o sentimento).  A saída de Matt Smith tem seu toque especial por ser mais do que apenas uma simples regeneração. É o fim de um ciclo de 12 regenerações e o início de algo novo.

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Apesar de ser um especial de Natal, o episódio não foi muito natalino, principalmente se comparamos com os especiais dos anos anteriores. Talvez seja porque o clima de despedida tomou conta da história, se sobrepondo ao clima natalino. O episódio já começou bem, trazendo de volta vários conhecidos inimigos do Doutor, todos reunidos ao redor de um único planeta – Trenzalore – respondendo a um misterioso chamado. De todos que estavam lá, obviamente, os Daleks tiveram a maior relevância para a história.

Por mais que goste de Clara, em muitos momentos parecia que ela estava sobrando na história. Minha esperança é que Clara funcione melhor com o novo Doutor. Em grande parte do episódio, Handles foi o companheiro de viagem do Doutor, e diga-se de passagem, um excelente companheiro. Foi muito triste quando ele parou de funcionar, principalmente porque soou como um anúncio de que a partida do décimo primeiro estava cada vez mais próxima.

Toda a história desenrolou em um bom ritmo e as pontas soltas que foram deixadas desde a 5ª temporada foram devidamente amarradas (Eu acho. Ficou faltando algo sem explicação? Foi tanta pergunta sem resposta desde 2010 que nem me lembro mais). A origem do Silêncio, a rachadura, o quarto de The God Complex, a explosão da TARDIS, Trenzalore, a queda do décimo primeiro. Toda a história construída desde o começo chegou ao fim e fiquei satisfeita com esta conclusão.

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Como sempre, Matt Smith foi perfeito. O envelhecimento do Doutor, suas crises e seu discurso de despedida foram brilhantemente interpretados. Vale também fazer um elogio à equipe de maquiagem da série que fez um ótimo trabalho.

“Todos nós somos pessoas diferentes durante nossa vida. E isto é ok, isto é bom, você tem que continuar se movendo desde que se lembre todas as pessoas que você costumava ser. Eu não esquecerei uma linha disso. Nem um dia. Eu juro. Eu sempre lembrarei de quando o Doutor era eu.”

Gosto muito de Matt Smith. Ele é um ator espetacular e seu Doutor foi absolutamente impecável durante os últimos anos. Não digo que é meu Doutor favorito porque eu simplesmente não consigo decidir de qual gosto mais. Mas ele foi o primeiro Doutor com que tive contato. Foi ele que me encantou com a série quando aleatoriamente resolvi assistir A Christmas Carol.

Por mais especial que fosse, estava na hora do 11º Doutor ir. Sendo completamente honesta, já estava passando da hora. Desde a 5ª temporada, Moffat escreveu um Doutor para Amy Pond. Com a saída de Amy, Clara, a garota impossível, ficou como a vela da história. Querendo ou não, a química entre o 11º e Clara não é tão boa assim.

Gosto do Moffat, ele escreve ótimos episódios, mas culpo o roteiro por isto. A verdade é que Moffat precisava superar os Ponds. A saída de Matt Smith permitiu isto. Permitiu (finalmente!) fechar a história que a tantos anos está aí. Bem que Steven Moffat poderia também dizer tchau para série como produtor executivo e voltar só de vez em quando para escrever um episódio o outro. Uma visão e estilo diferente cairia bem. Mas já que ninguém tirou o homem do comando, vamos torcer para que ele supere sua grande e amada criação e nos mostre algo diferente, afinal de contas, são as mudanças que fazem a graça de Doctor Who.

The Time of the Doctor pode não ter sido brilhante. Não foi o melhor episódio da série. Mas o episódio não precisava ser nada disso. Tudo que era necessário é que fosse uma boa despedida. E quanto a isto, foi perfeito.

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Já que agora temos que esperar até setembro para conhecer Peter Capaldi, só nos resta dizer boa noite ao homem maltrapilho.

P.S.: O Doutor deveria visitar o Rio Grande do Norte para descobrir que nem é tão raro assim uma cidade chamar Natal.


Keyla Mendes

Uma paulista vivendo em Minas esperando pacientemente o momento de sair para conhecer o mundo. Ou, quem sabe, o universo... Tudo depende de um certo Doutor e sua cabine mágica.

Lavras / MG

Série Favorita: Joan of Arcadia

Não assiste de jeito nenhum: Séries médicas

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