Parece que nem os próprios personagens de Drop Dead Diva aguentam mais a falta de atitude e química entre a Jane e o Grayson e acham tudo bem forçado, como a gente.

Este possivelmente foi um dos piores episódios de DDD. Os casos não funcionaram, as histórias ficaram jogadas, o galã mal apareceu e o Paul… bem, ele está sobrando na história e não é de hoje.

A única trama que teve algum desenvolvimento de verdade foi a que encerrou o episódio passado e que não me deixou nada satisfeita. Stacy e Owen se beijaram e continuam se beijando no 5×10. Tudo pelas costas da Jane, que obviamente ficaria bem brava quando descobrisse o que aconteceu e, assim como foi com o relacionamento do Grayson com a Nicole, ela pegou os dois no flagra.

Como todo mundo já previa, a Jane tentaria evitar a Stacy de qualquer jeito. Pode ser que o “código de amigas” não seja real, mas acho que é cortesia comum a gente primeiro avisar às amigas que vai tentar alguma coisa com os ex-noivos delas. Vai demorar um tempo, mas creio que as duas voltarão a ser amigas.

Pode ser que a grande errada nisso tudo seja mesmo a Jane. Mas achei que faltou uma explicação melhor do roteiro do que jogar a culpa no colo da advogada por ela ter beijado o Grayson no casamento. Se estamos comparando o que aconteceu entre a Jane, Owen e Grayson com Owen, Stacy e Jane, e concordamos que houve uma quebra de confiança no primeiro trio, então também houve no segundo.

De qualquer forma, achei muito mal desenvolvido a psicóloga ter colocado um caso nada a ver na berlinda. Não é à toa que a Jane simplesmente a ignorou e focou em como ajudar o caso em que estava trabalhando.

Ainda falando dessa psicóloga, é no mínimo “alternativo” o método dela de troca de esposas para melhorar o casamento deles. Desde o primeiro momento qualquer um poderia dizer que isso não ia dar certo e, se o casal original já estava em crise, o quão fácil é se encantar pelo novo e pela convivência forçada?

De novo, vou bater na tecla: roteiristas, aprendam de uma vez por todas que uma mulher cis pode muito bem ser feliz sozinha. Ela não precisa estar sempre à procura de um namorado e os amigos não precisam achá-la “encalhada” e quererem apresentar um mané solteiro. Isso não acontece só em DDD, mas em qualquer série (principalmente comédia) em que uma mulher cis não está de rolo com alguém. No caso, estou falando da Jane, mas cabe para a Stacy também.

E depois desse “amigo” do Paul, eu nunca mais confiaria em qualquer um que ele me apresentasse.

O caso do Owen e do Grayson (que poderia nem aparecer no episódio, de tão irrelevante que foi a participação dele) foi mais divertido pelo inusitado, mas também bem bobo e desinteressante no geral. Um cara consegue literalmente se tornar uma empresa (que até tem ações sendo negociadas na bolsa, veja só!) e os acionistas têm tanto poder sobre a vida dele pode parecer uma boa ideia a princípio, mas chegaria um ponto em que ele deixaria de ser um boneco nas mãos de quem tem dinheiro para querer viver a vida dele.

Foi apenas uma cena curta, mas a Teri ganhou todos os holofotes enquanto fazia as ligações no caso do Owen. Bem melhor que o galã da série.