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ER – 15×19 Old Times

Por: em 15 de outubro de 2009

ER – 15×19 Old Times

Por: em


É difícil falar sobre Old Times. É difícil falar sobre um episódio em que o principal não é a história, o roteiro, ou até mesmo as cenas. O principal são os personagens, ou melhor, o retorno de personagens que, de certa forma, nunca deixaram de fazer falta. O principal é o saudosismo. E o título do episódio resume esse saudosismo da melhor forma possível, é a volta dos velhos tempos.

Já os primeiros segundos com os nomes de Noah Wyle, George Clooney, Julianna Margulies e Eric La Salle nos créditos, lugar que lhes pertence por direito, valem o episódio inteiro. É complicado ser objetivo com o elenco original voltando à cena.

Se novos fãs existissem, eles com certeza achariam injusto todo o tempo gasto com esses personagens antigos. Mas esse é um episódio pra agradar e trazer de volta os velhos fãs, e todo o tempo gasto no County e as figurinhas de sempre acabam soando indesejados. Ainda que não sejam.

E foi no County o momento involuntariamente engraçado do episódio. Quem já assistiu Não é mais um Besteirol Americano certamente teve alguma dificuldade em levar a sério a senhora doente , que prefere morrer em casa, interpretada pela atriz Beverly Polcyn, graças a essa cena, paródia de Segundas Intenções.

E não é que, no final das contas, a mãe de Lucy vai sobreviver? Assim, sobra pra Banfield o bebê abandonado. E com esse desfecho o arco de Lucy fica coroado como desnecessário, ou pelo menos como excessivo. É sempre um drama fácil aquele que envolve uma criança, e a essa altura do campeonato, se a idéia era acabar no transplante, podia ter começado mais tarde, e não se arrastado por cinco episódios. O drama pessoal de Brenner decididamente não teria feito falta.

Ainda em Chicago, no Northwstern, Benton e Carter juntos novamente chega a ser surreal. Já fazem quase dez anos de quando Peter se enfiou num avião com John para ajudá-lo na desintoxicação. E agora lá está ele, na hora certa, pronto para ajudá-lo novamente.

E o retorno de Benton só não foi melhor porque com aquela conversa de Carter ter se casado “com uma irmã” ele acabou ajudando a ressuscitar um dos personagens mais insuportáveis de ER: Makemba.

É em Seatlle que encontramos Carol e Doug, exatamente como os deixamos, a nove temporadas atrás. E quando Ross, Neela e Sam se encontram é que percebemos quanto tempo realmente faz que Doug deixou o County. Clooney foi o primeiro do elenco original a deixar a série (ok, Sherry Stringfield saiu antes, mas acabou voltando), indo direto pro cinema, fazendo a carreira mais lucrativa, e premiada, dos que passaram por ER (tanto que seu contrato de participação nesse episódio não permitia o uso do seu nome nas chamadas).

Uma série de televisão que pode ter, no mesmo enquadramento, George Clooney e Susan Sarandon, não é uma série qualquer. Só uma atriz como Sarandon pra conseguir se destacar num episódio cheio de retornos como esse.

Benton e sua lista nos fizeram lembrar como Peter sabia ser o profissional mais pedante, presunçoso, metido e, por isso mesmo, sensacional e insubstituível.

E quem poderia imaginar, quando soubemos que Carter precisava de um novo rim, que o órgão viria de Carol e Doug? E embora todos, provavelmente, tenhamos desejado que o casal Ross-Hathaway soubesse que o médico que ganhou o rim era John Carter, não teria sido tão verdadeiro.

E se eu consegui umedecer os olhos com um simples “eu te amo” no final do 19º episódio, tenho medo do que me acontecerá no 22º! E olha que nunca fui tão fã de Carol e Doug.

Ainda faltam três semanas para o grande final aqui no Brasil e, a esse ponto, lá nos Estados Unidos, quase dois milhões de pessoas já tinham retornado a audiência da série para assistir Doug, Carol e Benton de volta a ER, garantindo um total de mais de dez milhões de telespectadores, dando a NBC a vice liderança do horário. Foi por pouco.

Quanto ao final, acredito que o personagem mais querido da história de ER seja Mark Greene. Pensando nisso, sempre achei que se ER demorasse um certo tempo pra terminar, acabaríamos revendo sua filha Rachel, dessa vez cursando medicina, trabalhando no lugar que era do seu pai. Então, fica aqui o meu desejo pra que Alexis Bledel, que vai interpretar uma interna no último episódio, esteja no papel de Rachel Greene.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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