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Especial Criminal Minds: Suspect Behavior

Por: em 18 de março de 2011

Especial Criminal Minds: Suspect Behavior

Por: em

Não poderia colocar este post na categoria primeiras impressões porque, bem, já estamos no 5º episódio da série. Queria falar sobre a série, o Spin-off que mais aguardei nos últimos tempos, mas não queria falar sobre o primeiro episódio, nem sobre o 2º, ou sobre o 3º ou 4º episódio.  Todos estes episódios deveriam ter sido descartados na mesa dos roteiristas quando estavam lá no início e decidiram que não iam ser iguais a matriz, não iriam repetir o enredo de Criminal Minds. Espero que tenham dito isto alguma hora, para justificar o início da série.

Corro o risco de estar sendo muito crítica, mas nada do que vi nos primeiros quatro episódios me empolgou. Não achei que fizeram nada diferente para uma equipe que é chamada de red cells e que operam fora da burocracia. Todos os casos em que trabalharam até o desta semana foram comuns e achei que Hotch e companhia poderiam ter resolvido qualquer um deles, talvez de maneira mais satisfatória que a equipe do Cooper. Já vimos enucleadores em Criminal Minds, snipers fora de controle, mulheres apaixonadas por assassinos e também sequestradores que brincam de casinha, nada novo nesse sentido. Talvez seja porque estou acostumada com a equipe velha, para mim ele ainda são os melhores do FBI, mas a nova equipe tem Forest Whitaker no elenco, têm muito material para melhorar.

O que nós imaginamos que uma “célula vermelha” faz? Atenda casos emergenciais, em que há riscos extremos. Não fique numa academia esperando que comece um assassinato em série, que analisem bem e depois de 3 ou 4 semanas eles vão para o lugar, esperando a policia local convocar o FBI. Aconteceu uma emergência agora? Em 5 minutos uma equipe “Red Cell” corre para o lugar.

Mas continuei vendo a série por falta de outras para assistir em tempos de hiatos. Felizmente o episódio dessa semana, Here is the Fire, mudou tudo. Uma explosão numa escola e a equipe “não ortodoxa” de Sam Cooper foi para o lugar, para evitar outras explosões, para fazer o que as equipes da BAU do FBI fazem de melhor: o perfil do criminoso.

O que pode ser mais urgente do que um ataque bomba à uma escola secundaria? E todo mundo ainda quer saber se há riscos de outros ataques, na cidade, na região ou no mesmo lugar. Em Criminal Minds mesmo já vimos uma explosão como forma de atrair uma segunda equipe e explodi-la também. Justifica a presença de uma red cell ali no local.

O ritmo do episódio também foi mais parecido com o que eu esperava desde o princípio da série. Foi bem corrido, com muitas informações para a equipe e para o público. O fato de resolverem o caso em uma manhã e não dois dias ajuda bastante neste sentido. Induzir quem está assistindo à pensar na culpa do diretor não é novo, mas descarta-la completamente no inicio sim. Eu achei que ele iria morrer na explosão, mesmo com cara de culpado, cara de quem sabia o que ia acontecer. Logo nas cenas iniciais imaginei que fosse um sequestro, que ele estava sendo coagido.

Mas não poderia ser somente isso e Criminal Minds Suspect Behavior mudou o perfil do suspeito algumas vezes, do diretor para um adolescente, dele para alguém mais velho com uma grande perda. Até descobrir quem era o suspeito do caso, tivemos uma boa distribuição de histórias e tempo em cena para todos os personagens, com boa participação de cada um na descoberta da identidade do criminoso.

Como cada um contribuiu para que as crianças fossem salvas, e para que mais nenhuma bomba fosse explodida foi muito interessante, começaram a mostrar mais a integração da equipe, a deixa-los um pouco mais unidos, que é uma das características essenciais de Criminal Minds, que desde o primeiro episódios nos fez sentir uma simpatia enorme por cada um deles.

Felizmente nesse episódio tivemos “só” a perda inicial, não foi preciso mais nenhum atentado durante o episódio para fortalecer o perfil dado. Não foram necessárias pistas de um outro crime para a solução deste. É sempre angustiante quando isso acontece e, mesmo sendo ficção, não precisamos de mais mortes. Achei o unsub da semana muito estranho, sua causa não fazia nenhum sentido, e sua perda não era motivo o suficiente, já que ele não iria se matar. Quando a perda de alguém se torna insuportável, e alguém quer livrar a si mesmo e todos em volta do sofrimento que ela trás, eu até entendo o raciocínio, embora não seja nada certo ou humano. Mas neste caso, ele queria só acabar com os seus filhos, só eles seriam sacrificados, e além de diminuir a dor dele por ter trago-os ao mundo, Meeks queria propagar uma mensagem de uma causa, completamente sem nexo para mim. O que por outro lado, faz todo sentido para  um criminoso, mesmo que não o entenda, quanto mais louco e com pensamento sem ser o que chamamos de raciocínio lógico, mais estas pessoas tem tendência de não interpretar corretamente o que é certo e errado. Daí para serrem criminosos é um pulo. Espero que os roteiristas tenham ido por esse caminho, e não pelo fácil da perda e de uma simples mensagem.

A dor de uma perda ninguém tem como medir, nem a o grau de paixão por uma causa. Mas tudo isso trabalhado, os filhos do Meeks sofrendo, foi uma dor real, imagina ver o pai sempre amoroso entrar numa loucura dessas? Depois de perder a mãe, ver o pai tentar matar os filhos? É muita loucura.

A única coisa que ainda acho muito estranha em Criminal Minds Suspect Behavior é que eu achei que menos faria diferença: a presença da Penélope. Parece que até sua sala é diferente da sala que ela tem em Criminal Minds. Ela é muito mais integrada com a equipe da série matriz do que está nesta. Agora que entraram nos eixos com a temática dos casos, poderiam unir um pouco mais a equipe (e acabar com cenas na academia).

 


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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