O luto faz com que algumas pessoas tenham atitudes inimagináveis. É com essa frase que o episódio 2×18 de Fringe, White Tulip, resolve o dilema de Walter.
Investigando o misterioso assassinato de doze pessoas que estavam a bordo de um trem, Walter defronta-se com um intrigante caso de viagem no tempo, aliado ao peso de decidir se revela ou não a Peter a verdade sobre suas origens e, atormentado pelo peso de suas decisões, John Noble tem uma das melhores atuações na temporada.
Expondo todo o seu sofrimento em uma conversa sincera e emocionante, Walter consegue não só resolver o caso, apesar das inúmeras “voltas no tempo”, o que pode confundir um pouco os espectadores mais distraídos (ou aqueles que dão uma saidinha entre um bloco e outro), como também consegue diminuir os impacto das viagens do Dr. Peker, astrofísico e ex-professor do MIT e que busca, apenas, impedir a morte de sua noiva em um acidente de carro.
Aliás, o diálogo entre os dois personagens é um dos momentos mais emocionantes do episódio, pois aqui Walter abandona o ar de “cientista louco”, que o caracterizou no íncio da primeira temporada, para mostrar-se mais humano e mais crente em Deus, o que, até então, parecia impossível diante do ceticismo que o vinha caracterizando até aqui.
Walter não consegue dissuadir o astrofísico de seus objetivos, mas impede que a ação tenha, como consequência, uma enorme perda de vidas pois, assim como ele, tudo o que o Dr, Peker gostaria é ter mais uma chance de ficar junto aquele a quem ama, mesmo que isso signifique a morte para o Dr. Pecker.
O diálogo com o cientista faz com que ele coloque um fim em suas dúvidas, selando novamente o segredo que vinha guardando até então para sempre. Ou até que os roteiristas da série considerem adequado. E o desfecho trágico do cientista é compensado com a resposta aos questionamentos de Walter sobre ser ou não perdoado por seus atos tendo, como símbolo, uma tulipa branca.