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Fringe 3×11 – Reciprocity

Por: em 29 de janeiro de 2011

Fringe 3×11 – Reciprocity

Por: em

Dizer que um episódio desta temporada de Fringe é ótimo já está soando como redundância, porém eu não encontro outra palavra para descrever o que assisti. Talvez espetacular ou surpreendente se encaixem tão adequadamente quanto ótimo. Ou até melhor.

Depois de um capítulo inteiro focado em Walter, eis que a máquina apocalíptica idealizada por Walternativo volta à cena, e com ela Bolívia novamente volta à pauta. Ou, Falsivia, como prefere Walter (um nome muito adequado, por sinal). Porém, ao contrário dos capítulos anteriores, quando apenas a lembrança dela e de seu relacionamento com Peter causavam revolta, desta vez seu duplo foi a chave para que o grande mistério do capítulo fosse solucionado.

Se na última review tive agradáveis surpresas com Walter e Christopher Lloyd, que interpretou seu ídolo da adolescência, dando um show de interpretação, desta vez o diferencial e o ponto central do capítulo estiveram em Peter, incluindo uma atuação impecável de Joshua Jackson.

Como bem disse Walter no final de “Reciprocity”, todo relacionamento muda um pouco as pessoas, pois no contato com os outros trocamos e absorvemos experiências. Conhecer seu outro pai, seu desejo de vingança contra nosso universo e as tecnologias que emprega para atingir seus objetivos mudaram Peter de forma assustadora.

Se antes havia bondade em seu olhar, como ressaltou Olivia enquanto lia o diário de Bolivia, agora tudo o que pude enxergar foi ódio e frieza. Sua expressão era simplesmente apavorante. A forma como mentiu para todos, agindo de maneira misteriosa (saindo de forma sorrateira e observando todos aqueles que o rodeavam com um olhar gelado) foi assustadora.

Se bem que um telespectador atento perceberia essa mudança já nos primeiros minutos. Desde o início seu olhar era estranho, perdido, como se realmente não estivesse ali. Ou que sua mente estivesse dominada por algo mais forte. Talvez a atração irresistível que a máquina apocalíptica exerça sobre ele.

Aliás, essa atmosfera conspiratória que surgiu enquanto não era revelada a identidade do “caçador de transmorfos” criou um momento um tanto quanto engraçado, já que as investigações levaram, inicialmente, ao um dos cientistas da Massive Dynamics que, no universo paralelo é o braço direito de Walternativo. Infelizmente, essa foi mais uma pista falsa, confirmada pela própria resposta de Walter com relação ao tipo sanguíneo do responsável – o mesmo que o dele e, por consequência, de Peter.

Enquanto a troca entre as duas Olivias estava acontecendo, reclamei que Peter não havia sido capaz de perceber a sutil diferença existente entre nossa Olivia e a enviada por Walternativo. Neste capítulo, a mesma lógica entra em cena, pois assim como Peter, Olivia não percebeu a diferença de comportamento, cabendo a Walter notar que aquele que estava a sua frente não era mais seu filho, e sim uma máquina. Tão letal quanto a que querem decifrar.

Até a próxima semana.

Ps: Na review anterior, após a frase dita pelo Observador a Peter foi cogitado que seu sacrifício poderia ser a chave para a salvação do nosso universo. Em um primeiro momento não aceitei muito bem essa ideia, afinal Peter é um dos meus personagens preferidos na história. Mas, depois de dar de cara com essa sua versão diabólica acho que sua morte talvez não seja assim tão incogitável, afinal como ele mesmo disse, não há nada que Walter, ou qualquer outro, possa fazer para protegê-lo dele mesmo, quem sabe, ou do destino que o espera.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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