Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Fringe 3×15 – Subject 13

Por: em 27 de fevereiro de 2011

Fringe 3×15 – Subject 13

Por: em

Nesta temporada, Fringe já mostrou em vários capítulos quais as consequências às estruturas dos dois universos após a travessia de Walter em busca de seu filho. Mas o que faltava, que era ver o impacto humano nos principais envolvidos eu pude ver nesta semana e, assim como os produtores da série afirmaram meses antes da exibição de “Subject 13”, me tornei um pouquinho mais “Team Walternative”, coisa que nunca imaginei.

Desde as primeiras cenas do capítulo pude perceber que o tom do flashback seria intenso e com uma coloração um tanto quanto acinzentada, especialmente na sequência que mostra a tentativa de Peter em retornar ao seu mundo se atirando no fundo de um lago congelado.

Ao contrário do que eu imaginava, a pessoa que mais sofreu com essa troca foi Peter. Apesar de estar ao lado de duas pessoas exatamente iguais fisicamente a seus pais, o garoto se sentiu completamente deslocado naquele novo mundo. Todas as suas referências espaciais e lúdicas pareciam absurdas em nosso mundo. Como seu herói favorito, que ao invés de “Lanterna Vermelha”, aqui é conhecido como “Lanterna Verde”.

Peter não sofreu sozinho. Sua mãe não só compartilhou seu sofrimento como foi consumida por ele, se suicidando alguns anos depois, por não aguentar o peso da verdade em relação à origem do menino. Apesar de não concordar com a atitude de Walter, de ter sequestrado o garoto, ela fez de tudo para garantir que o menino se sentisse novamente “parte” daquela família, tentando convencê-lo de que ali era seu lugar.

Porém, uma das últimas cenas do capítulo deixou claro que ela sucumbiria à pressão, ao contrário de sua outra versão, já que no outro universo os papeis estavam trocados – enquanto Walternativo se consumia em desespero pelo desaparecimento de Peter, era sua mulher quem buscava forças para seguir adiante, acreditando sempre que um dia seu filho desaparecido voltaria, como ela disse para Peter no dia em que se reencontraram.

Ao contrário do nosso Walter, que continuou com suas pesquisas para entender melhor a travessia entre os dois mundos, Walternativo teve um comportamento um pouco parecido com Walter em “Peter”, quando perde seu filho. Uma expressão comovente e que, junto com os capítulos anteriores acabou me tocando um pouquinho mais.

Para um bom observador, esse episódio traz muitas conexões com capítulos anteriores, além de explicar muita coisa, como por exemplo a forma como Peter tratava Walter logo no início da série: distante, sem demonstrar tanto amor por seu pai como agora. As frases cheias de raiva do pequeno Peter, inconformado por estar neste mundo estranho eram de cortar o coração.

Aliás, não só as frases ou a expressão triste de Peter eram comoventes. A expressão de Olivia também. Depois de hoje posso entender um pouco mais porque ela carrega aquela expressão tão triste, e porque não sorri com tanta facilidade: sua infância foi triste e repleta de medo e agressões vindas de seu padrasto. O curioso da história de Olivia é que sua felicidade parecia estar ali, em Jacksonville, quando participava dos experimentos de Walter. E ela parecia já gostar dele.

Agora, nada supera as expressões dos pequenos Peter e Olivia quando se conheceram ali. O encantamento e a sintonia entre os dois foi praticamente instantâneo, tanto que ele não só sabia onde deveria procurar Olivia quando ela desapareceu como também a aconselhou a revelar as agressões que sofria a Walter. Um dos momentos mais bonitos do episódio, assim como o desenho feito por ela em que se vê os dois caminhando juntos.

Voltando ao Walternativo, desde o personagem apareceu na série em busca de seu filho desaparecido, me perguntei como ele sabia onde estava Peter. A pergunta foi respondida hoje graças ao desenho que mencionei acima, e que foi entregue a ele pela própria Olivia. A menina, aliás, reagiu com incredulidade ao perceber que Walter estava parado na porta, e não sentado na mesa à sua frente. Esse, acredito, é o ponto de virada da história, quando o Walternativo que vimos no final da temporada anterior e início desta nasce, já que ele começa a empreender esforços para trazer de volta seu filho.

Porém, o que ainda não ficou claro foi quando a máquina apocalíptica foi construída (se antes ou depois do desaparecimento de Peter), mas eu acredito que, assim como a infância de Olivia e o florescimento de seu dom e as razões de Peter ter se tornado uma espécie de nômade e, inicialmente, não ser tão próximo de seu pai serão respondidas em algum dos capítulos que virá.

Até a próxima semana.

Ps: Para alívio dos fãs, Fringe manteve nesta semana a audiência obitda na semana passada, o que mantém a série viva por enquanto. Resta torcer para que esses índices não voltem a cair novamente.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

×