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Fringe 3×19 – Lysergic Acid Diethylamide

Por: em 16 de abril de 2011

Fringe 3×19 – Lysergic Acid Diethylamide

Por: em

Dizer que um episódio de Fringe é maravilhoso pode até soar repetitivo, mas não encontro um adjetivo melhor para definir Lysergic Acid Diethylamide, o primeiro depois de mais um hiatus. Aqui tudo funcionou muito bem, começando pela interpretação dos atores. Ana Torv como sempre esteve maravilhosa em cena enquanto dava vida a William Bell. Se bem que hoje quem merece o destaque não seja nem ela, nem John Noble e muito menos Joshua Jackson.

Em minha opinião, a melhor interpretação em cena, sem dúvida, foi de Lance Reddick, o intérprete de Broyles. Vê-lo sob influência do LSD foi engraçadíssimo, especialmente por suas expressões. O ator parecia realmente estar em uma “outra dimensão”, enxergando coisas visíveis apenas a seus olhos, além de ser capaz de filosofar sobre coisas antes impensáveis, como o porquê da preferência de Walter por alcaçuz.

Aliás, foi em um destes momentos filosóficos que ele protagonizou uma cena um pouco mais dramática, quando reflete sobre a morte. Foi triste ouvi-lo dizer que viu a morte, e que ela possuía seu rosto. Claro que neste momento ele se referia ao seu duplo, que sacrificou sua vida para que Olivia pudesse voltar a nossa dimensão.

Deixando um pouco a participação de Broyles de lado, apesar de ser um pouco difícil esquecer a imagem dele dando tchauzinho para um pássaro que ele enxergou, um ponto que merece ser destacado também é a ação dentro da mente de Olivia, que durou todo o capítulo.

Utilizando a mesma técnica (mas com algumas melhorias) que Walter usou no início da série para entrar na mente de Olivia, os roteiristas deram vida ao subconsciente de Olivia de forma bem parecida ao que foi retratado no filme “A Origem”. Aliás, a reação dos habitantes da cidade criada por ela era a mesma da exibida no filme, mas não é isso o que importa.

O que precisa ser destacado aqui são os fantasmas de Olivia, que finalmente vieram à tona na figura de seu padrasto. O homem que tanto a assombrou e que sempre era citado na série teve um rosto. Assustador, claro. Mas o mais impressionante, para mim, foi a forma como ela se revelou a Peter: como uma criança, o que de certa forma faz sentido se considerarmos o local escolhido por ela para se esconder: sua antiga casa em Jacksonville.

Outra coisa que fez total sentido no capítulo foram os personagem em formato cartoon. Aliás, essa foi uma solução muito inteligente para juntar Bell, Peter, Olivia e Walter, já que Leonard Nimoy não aceitou fazer uma nova participação na série. A composição dos cenários e os personagens ficaram tão perfeitos que acostumar-se a esse novo estilo foi questão de segundos. Perfeito.

Agora, comentando o retorno de Olivia, o que foi aquela frase dela para Peter no final do capítulo sobre a identidade do homem com um “X” na camisa? Depois desse diálogo, me lembrei na hora de um spoiler que li sobre a season finale de Fringe e o medo bateu ainda mais. Espero que você, caro leitor, não tenha lido o mesmo texto que eu. Sofrer por antecipação para que, não acha?

Até a próxima semana.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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