É incrível como a cada capítulo Fringe fica melhor e, o mais impressionante, mesmo lendo um spoiler ou outro a emoção não diminui no decorrer do capítulo. Aliás, capítulo bom é aquele que acelera seu coração e faz sua respiração ficar tensa. Ou seja, tudo o que eu senti nos minutos finais de “The Last Sam Weis”.
Apesar de começar de uma forma não tão empolgante e até um pouco confusa (de início não entendi direito o porquê da tempestade de raios ou do comportamento robótico de Peter), as coisas foram fazendo sentido pouco a pouco, graças à participação de Sam Weiss que, se não explicou tudo, deixou algumas pistas no ar, além de confirmar a importância de Olivia na história. A partir de hoje deixo de acreditar que Peter seja o protagonista.
Falando em Olivia, confesso que achei um pouco forçada a descoberta do dom da telecinesia que ela possui. Não sei se foi só comigo, mas a impressão que tive é de que os roteiristas idealizaram o personagem como a salvadora do mundo, já que ela possui habilidades incomuns para qualquer um de nós.
Mesmo assim, preciso ressaltar novamente a interpretação de Anna Torv, que esteve perfeita, principalmente nos momentos em que ela teve de demonstrar a hesitação e insegurança de Olivia diante de uma responsabilidade tão grande quanto a de desativar a máquina. Seu rosto trouxe tanta emotividade que foi difícil segurar as lágrimas nesse momento e, principalmente, na despedida entre ela e Peter (fui só eu quem sentiu um “clima de morte” naquele momento?).
A importância de Olivia ficou clara também nos minutos iniciais do capítulo, quando o flashback apresentou o auxiliar do Walternativo dizendo que foram isolados 23 cromossomos que o bebê herdou da mãe. Minha única dúvida é: será que Falsívia tem a mesma habilidade telecinética que a nossa Olívia?
Falando em Peter, foi bem estranho vê-lo alternando memórias deste e do outro universo, até porque ainda não consegui entender qual a relação entre essas duas memórias, assim como o desfecho do capítulo (que é melhor eu não comentar aqui para não estragar a surpresa de quem ainda vai ver), o que espero que seja explicado no encerramento da temporada.
Apesar do foco emocional do capítulo estar em Olivia, a atuação de Joshua Jackson em cena foi bem convincente, principalmente nos momentos que antecederam sua entrada na máquina (seu olhar analisando cada detalhe do equipamento foi angustiante) e após seu encontro com Walter, mesmo estando frio em alguns momentos.
Agora, falando em Walter, John Noble se supera a cada capítulo, dando ao personagem uma leveza até nos momentos mais tensos, como quando as tempestades elétricas começaram a se intensificar. Ver Walter empinando uma pipa e desafiando os raios para que os atingissem foi cômico e ao mesmo tenso emocionante, embora eu imaginasse que nada aconteceria com o personagem.
Outro momento perfeito do personagem foi a conversa entre ele e Olivia. A forma como ele a encorajou a explorar sua telecinesia foi tocante. Suas palavras e expressões comoveram não só a ela, mas a mim também. Aliás, os dois estiveram perfeitos nessa sequência, transmitindo toda a emoção daquele diálogo. Fantástico!
A primeira parte da season finale de Fringe terminou de forma tão enigmática como começou, e a cada minuto eu torço para que o desfecho da temporada seja tão convincente quanto eu desejo que seja. Vamos ver o que os roteiristas prepararam para este último capítulo.
Até a próxima e derradeira semana.