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Fringe 4×01 – Neither Here Nor There

Por: em 27 de setembro de 2011

Fringe 4×01 – Neither Here Nor There

Por: em

Depois de uma temporada cheia de altos e baixos, com capítulos maravilhosos e outros dispensáveis, Fringe está de volta e, como não poderia deixar de ser, com uma pergunta importante no ar: “Onde está Peter Bishop?”

Confesso que essa foi minha grande curiosidade, e foi isso que me estimulou a baixar logo o capítulo e assistir assim que aparecesse um tempo extra mas.. me perdoem os fãs mais apaixonados da série, mas não gostei do capítulo.

Não gostei simplesmente porque não reconheci nenhum dos personagens em cena. Por exemplo, na sequência em que Olivia e Bolivia se encontram, ver a personagem da outra dimensão falando com a nossa agente era como se eu estivesse tendo um “vale a pena ver de novo” do capítulo em que William Bell tomou conta do corpo da personagem. A mesma entonação de voz…

E Walter então? De cientista brilhante parecia um idoso senil, cheio de manias e inseguranças, assustado como uma criança. Senti falta de seu senso de humor, das suas barrinhas de alcaçuz, suas conversas com a vaca Gene (que parece que sumiu junto com Peter) e com Astrid, que era sua grande companheira nas temporadas anteriores. Eu disse era porque pelo menos nesse capítulo não senti muito bem qual a função dela ali.

Agora, se a interação entre os três personagens principais foi muito fraca, a forma como os roteiristas simplesmente jogaram o agente Lincoln na história foi triste. O que, se pensarmos melhor, foi um retrocesso, já que a maneira como ele foi introduzido no nosso universo na temporada anterior foi extremamente convincente.

O personagem parecia perdido, não só porque estava diante de fatos que a razão não explica, mas especialmente porque parecia estar literalmente perdido. Eu entendi que a história não poderia recomeçar do ponto em que parou porque a decisão de Peter em usar a máquina trouxe várias implicações, mas daí a reinventar a interação entre diversos personagens dessa forma quase tosca não foi uma solução que me agradou.

Outro detalhe do capítulo que me deixou muito desconfiada foi a forma como Peter “interagiu” com os outros personagens: como um espectro, uma solução que tanto pode ser genial como pode se mostrar uma roubada, embora eu acredite muito mais na primeira opção, afinal o Observador permitiu que Peter continuasse fazendo parte de nosso mundo, mesmo que como uma simples lembrança ou imagem estranha na tela de uma tevê.

Agora, comentando o caso da semana a história foi boa, porém foi resolvida de forma muito rápida. Faltaram explicações sobre quem são aqueles seres translúcidos, o que eles injetam em seus corpos e porque precisam matar as pessoas para obter aquela substância.

Ao que tudo indica, eles ainda devem aparecer em mais capítulos da temporada. Talvez tudo seja explicado devagar, como tem de ser, sem deixar pontas soltas. Mas para um retorno de temporada, principalmente de uma série tão aguardada como Fringe, definitivamente o capítulo ficou devendo. Muita correria e pouca explicação, quase como um capítulo de meio de temporada que tenta preencher o vazio entre um hiatus e outro. Absolutamente desnecessário.

Espero sinceramente que a série recupere o timing e volte a apresentar capítulos maravilhosos, senão vai ser natural eu me perguntar: será que não teria sido melhor ter terminado tudo na terceira temporada?

Até a próxima semana.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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