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Fringe – 4×12 Welcome to Westfield

Por: em 11 de fevereiro de 2012

Fringe – 4×12 Welcome to Westfield

Por: em

Episódio épico!

Desculpem, mas não tem outra maneira de começar comentando essa maravilhosa semana em Fringe, que me deixou totalmente atônito e não apenas explodiu, mas incinerou minha cabeça em 1000 pedacinhos. Caso muito bem construído, trama central ganhando um novo fôlego, clima de tensão criado com perfeição… Tudo, absolutamente tudo funcionou. Para mim, estamos diante não apenas do melhor episódio da temporada, mas também de um dos melhores da série.


Acho que depois de tudo o que vimos aqui, não resta mais dúvidas pra ninguém: Não existem lados C e D, o que está diante de nós são mesmo as realidades A e B, alteradas pela inexistência do Peter adulto. Ele não vai voltar para casa, porque simplesmente ele já está em casa. Ou no que AGORA é sua casa. Esse foi um pensamento que começou a me atormentar no começo do episódio, com aquele “sonho”/flash da Olivia com o Peter e que só foi se fortalecendo a medida que os minutos avançavam.

Quando ela se lembrou do caso de “Johari Window” e o Walter não, eu passei a ter quase certeza. Mas mesmo com isso forte em mim, eu não estava esperando por aquela cena final, em nenhuma hipótese. E nem o Peter, pelo modo como ele claramente rejeitou o beijo dela. A dúvida que fica é: Como ela de repente se lembrou? Parecia claro que aquela era sim a nossa Olívia e ela conhecia muito bem aquele rapaz diante de si. Quero ver como eles vão lidar com isso semana que vem – ela vai continuar lembrando ou o momento do fim foi apenas um flash?

E o Peter, qual vai ser o próximo passo? Ele nunca esteve tão perto de voltar para casa – ou pelo menos para a casa que ele acredita ainda existir para ele, o que eu não acho mais. Nessa semana, vimos a Olivia lhe dando motivos para uma possível dúvida de suas teorias e acredito que está bastante próximo o momento em que veremos Walter fazer o mesmo. O olhar que ele transmitiu ao filho quando ele falou que iria descansar para no outro dia tentar voltar a sua timeline foi de súplica, dor, como se tudo nele estivesse querendo pedir para que o Peter não fosse embora.

Bacana que o “caso-da-semana” acabou se mostrando diretamente ligado à história. Na verdade, acho que ele pode dar uma pista do que aconteceu com Olivia. Não sei como ainda e nem consigo formular uma teoria, mas acredito que a volta das lembranças com o Peter pode ter a ver com os experimentos que o David Jones anda fazendo, especialmente estes de unir os dois universos. Ainda não consigo ver como isso pode se encaixar com a situação, já que a Olivia não está tendo flashes da Bolivia, mas sim dela mesma, na timeline em que o Peter existia. Talvez também possa ter relação com os experimentos da Nina.

De qualquer maneira, o caso se conectou com a mitologia da série, por mostrar que David Jones não está de brincadeira e nem está parado. Seu plano continua a todo vapor e agora vimos, claramente, que ele pode sim representar a destruição dos universos.


Eu tive certeza de que estávamos diante dos nossos já conhecidos universos perto do fim, quando Cliff disse: “Everything I’ve ever know… How did they just disappear?” (Em tradução literal: Tudo que eu conheço… Como eles desapareceram?”), em referência a cidade destruída e a toda a situação que o episódio envolveu. Foi como uma livre referência ao caso do Peter e o seu retorno. Tudo que ele conhecia se foi, simplesmente desapareceu e não é uma máquina que vai resetar tudo e fazer as coisas voltarem ao normal.

Todo o clima do episódio foi bem criado. No começo, realmente parecia ser apenas mais um caso comum. Mais alguém lembrou de Lost com o avião caindo? Enfim, divagações a parte, foi bem bacana como tudo no episódio estava “sombrio”, “dark”, passando a sensação de claustrofobia e medo que toda a situação precisava transmitir. Quando Walter, Peter e Olivia tentaram sair da cidade, já estava meio obvio que eles não conseguiriam. Não que isso tenha estragado algo, bem longe de algo assim ter acontecido.

A solução encontrada foi excelente. Eu estava esperando pelo clichê de um vírus ou uma experiência militar, como o Walter disse, então fiquei de boca aberta ao ver que envolvia ambos os universos e um ponto em comum. Tive medo do clima Resident Evil/The Walking Dead acabar cansativo, mas o roteiro soube dosar muito bem a situação com os personagens presentes, de modo a tornar a situação mais interessante.

E ainda teve toda a questão da Olivia achar que poderia estar sofrendo o mesmo que eles, tendo memórias de outra pessoa, de um alguém que ela não conhecia, que fez com que a atenção ficasse redobrada. Uma das coisas mais legais nesse e no episódio passado foi a dinâmica estabelecida entre os dois (Peter e Olivia) e Walter, bem como nos velhos tempos, antes da existência do Peter ser apagada. Certamente a ausência do Lee contribuiu um pouco pra isso e honestamente, ele não me fez exatamente falta. O Lee do Lado B é muito mais bacana e interessante do que o do Lado A.

O Glyph Code da semana foi Olive. O que, para mim, quer dizer que estávamos diante da nossa Olívia e que as memórias dela do tempo em que o Peter existia voltaram. Vocês têm alguma teoria?

O que continua me preocupando são os números de audiência. Essa semana, a série voltou a amargar médias baixíssimas, com apenas 3.08 nos milhões e 1.1 na qualificada. Quero muito acreditar que teremos uma 5ª e última temporada, mesmo que de 13 episódios, mas parece um sonho cada vez mais distante. #SaveFringe

Semana que vem teremos um episódio intitulado “A Better Human Being” e a promo segue abaixo.

PS. O sonho da Olivia foi todo em tons de azul!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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