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Fringe – 4×13 A Better Human Being

Por: em 19 de fevereiro de 2012

Fringe – 4×13 A Better Human Being

Por: em

E Fringe continua explodindo cabeças.

Não me restam dúvidas de que estamos diante do melhor sci-fi dos, pelo menos, últimos três anos e não tem pra ninguém. Eu, como um fã assumido e completamente apaixonado pelo gênero, me sinto cada vez mais feliz com os rumos que a história está tomando e com os detalhes de trama que vão se encaixando cada vez mais, como se sempre estivessem por ali, diante de nossos olhos. E nós não percebíamos!

Já pode começar as petições para uma 5ª e final temporada? Fringe merece ser fechada com dignidade e mesmo que eu acredite quando os produtores falam que o final da 4ª funciona assim, não consigo deixar de pensar que uma final season planejada é o melhor dos caminhos.

Os roteiristas não mentiram quando nos avisaram que as respostas estavam chegando. A Better Human Being, por si só, já esclarece muitas coisas e começa a abrir possibilidades interessantes para o fim da temporada. Qualquer vestígio de dúvida de que estamos no lado A alterado pela máquina sumiu com o retorno total das memórias da Olivia. Preciso dizer que o modo com que os flashbacks foram sendo inseridos no andamento do episódio foi impecável, contrapondo o presente e o “passado” com louvor e cada um deles me deixava mais ansioso pra ver o que veria a seguir.

A recusa do Peter em aceitar a ideia de que AQUELA é a sua Olivia é compreensível, já que há semanas ele acreditava estar em outro universo e que tudo o que precisava era acionar o dispositivo que o levaria de volta para casa. Eu sempre fui fã do relacionamento dos dois (tem muita gente que não gosta e eu entendo), então tinha medo de como essa reaproximação seria feita, mas não me decepcionei em nenhum segundo.

Foram cenas lindas – mais alguém lembrou de Dawson’s Creek com o “I remember everything” da Olivia? Sim, o Joshua pode até ter crescido, mas não dá pra olhar pra ele e não lembrar de Pacey Witter -, com diálogos afiados e atuações ótimas, tanto da parte do Joshua quanto da Anna. Eu destaco o momento do carro, onde ele diz que vê nos olhos dela que ali é a Olivia que ele ama. Particularmente, isso foi o que mais me fez ter certeza de que estamos no lado A. Peter (e os roteiristas!) não seria capaz de escolher a Olívia errada de novo.

Minha curiosidade agora é a respeito do Walter e como – e se – as memórias dele irão voltar. Conseguiram explicar bem o motivo de isso ter acontecido com a Olivia, o corthexiplan é algo que está presente na mitologia de Fringe desde a sua 1ª temporada e, honestamente, eu acho que não existe nada que esse negócio não possa fazer, ainda mais sendo a Olivia sensitiva do jeito que é.

Outra coisa que me inquietou é o motivo das injeções, agora que a gente descobriu que a verdadeira Nina está presa (e agora com Olivia) e que aquela na sala com o Walter e o Lee é uma impostora. David Jones está metido, isso é certeza, mas será que, de alguma forma, ele queria que a Olivia tivesse as memórias do tempo do Peter de volta? Isso está ligado ao plano? Eu não duvido nada, mas também não consigo formular um pensamento lógico – e talvez por isso, Fringe esteja tão boa. E, a propósito, a revelação do final me pegou de surpresa. Eu estava realmente acreditando que Nina tinha se tornado evil nesse mundo sem Peter.  

Novamente, a interação Walter-Peter-Olivia estava excelente e nem mesmo a presença do Lee conseguiu quebrar isso e mandar embora o sentimento de old times, como eu achei que acabaria acontecendo involuntariamente quando o Seth Gabel voltasse a aparecer nessa realidade.

Isso, junto a todos os momentos Peter-Olivia e ao “retorno” da relação dos dois, me trouxe um sentimento bom, de reconhecimento, praticamente uma “volta pra casa”, que era o que o Peter tanto procurava e agora eu acho que ele vai encontrar, sem sair do lugar. Pouco a pouco – e por algum motivo que eu ainda não consegui pensar -, aquele lugar voltará a ser a casa dele, já que aquelas são sim as pessoas que ele ama.

A conexão do caso da semana com a trama central foi, mais uma vez, impecável. Gosto muito quando os produtores conseguem fazer uma ligação entre as duas vertentes, sem que pareça forçado, chato ou coisa do tipo. A história de DNA alterado já era interessante por si só, mas ligada ao momento que a Olivia vivia na vida dela, se tornou ainda melhor. A apresentação dos personagens, o desenvolvimento da história… Tudo muito bem feito, mesmo que, no fim das contas, tenha sido apenas um plano de fundo.

É o que vem se tornando uma constante em Fringe. Os casos estão excelentes, mas no fim das contas, estão ali para sustentar a excelente trama que vem sendo construída, pedaço a pedaço. Quando eu me sento toda semana para escrever sobre o episódio, o caso é a última coisa que me vem a cabeça, mesmo que eu tenha adorado, o que vem sempre acontecendo.

Fringe atingiu um status de indispensável a qualquer fã do gênero de ficção científica e ouso dizer que a qualquer fã de séries no geral. A temporada pode ter começado “estranha”, mas agora tudo está se encaixando e eu nem sei dizer o quanto eu gosto do exercício de descobrir um pedacinho a cada semana e teorizar onde tudo aquilo vai dar.

Apertem os cintos, porque pela promo do 4×14, vem chumbo grosso por aí.

PS. O Glyph Code foi Henry. Teorias? Vi gente acreditando que é uma homenagem a Henry Ian Cusik, o eterno Desmond de Lost, que fará uma participação no episódio 19. 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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