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Fringe – 4×15 A Short Story About Love

Por: em 25 de março de 2012

Fringe – 4×15 A Short Story About Love

Por: em

Finalmente, Fringe voltou e a boa notícia é que não teremos mais pausas até o fim da temporada, em 11 de maio.

Além disso, A Short Story About Love trouxe também respostas que muitos (eu inclusive) esperavam receber. Terminei de ver o episódio faz algumas horas e minha cabeça ainda está trabalhando e absorvendo tudo. Não pela complexidade das mesmas, mas exatamente pelo oposto: A simplicidade.

Não sou capaz de dizer que tenha me irritado com a resolução apresentada para a questão das timelines e do retorno do Peter. Desde o ano passado, a série ensaia algo do tipo, colocando o destino dos universos a depender de qual Olivia o Peter irá escolher, mostrando o encontro deles na infância (até hoje não esqueço aquele desenho) e todo o desenvolvimento da história de amor do casal. Em uma análise do conjunto geral, no fim das contas, Fringe sempre foi baseada nisso: AMOR.

Foi amor que fez o Walter atravessar universos para manter o Peter vivo. Foi amor que fez com que o Peter o perdoasse quando soube de sua origem. Foi amor que fez Olivia também atravessar universos para trazer o Peter de volta. O elemento está inserido na série desde sempre – não vou dizer que eles já sabiam desde o começo que chegariam ao ponto de usá-lo dessa maneira, mas por mais que tenha sido uma solução que eu acredito que vai desagradar MUITA gente, não foi totalmente incoerente.

Sei que muitos esperavam uma resposta científica, afinal estamos em uma série de sci-fi, e eu até acredito que poderia existir alguma, mas é como dizem, “you can’t always get what you want”.

A questão é que Fringe ainda foi malandra e o September dizer que não existia nenhuma explicação científica soou quase como uma trollagem dos produtores. Por mais que não tenha ficado EXATAMENTE claro como o Peter voltou (ok, ele não foi totalmente apagado porque as pessoas que gostavam dele não queriam esquecê-lo e vice versa, mas por que ele voltou naquele momento? O September realmente não interferiu em nada? Mas isso são divagações minhas), foi uma solução que, caso não seja mais aprofundada, eu acredito que consigo comprar até melhor com o passar do tempo.

E tivemos também os pontos extremamente positivos disso. Primeiro, acabou o draminha do Peter de encontrar o caminho para casa e etc e tal. Ele já sabe que está em casa. Ponto. Aquelas são as pessoas que ele ama. Tudo o que ele precisa fazer é se readaptar aquela nova vida e se inserir novamente no cotidiano de cada um deles. Não é fingir que nada aconteceu, porque pelo menos ele sempre vai saber o que aconteceu, mas tentar conviver bem com isso. Outra coisa boa é que a “dúvida” que existia na cabeça de algumas (na minha, inclusive) sobre a existência ou não do Lado C foi solucionada, já que ficou claro que estivemos o tempo inteiro nos mundos A e B.

Minha dúvida é com relação às memórias do Walter. As da Olivia estão voltando aos poucos e aparentemente por causa do cortexiplan, mas e as dele? E todo o pessoal da Fringe Division? Ou então apenas aqueles mais próximos ao Peter vão se recordar? Isso caso realmente se recordem. Quero ver também o que vai acontecer realmente com a Olivia. O caminho que está sendo tomado indica que chegará mesmo o momento onde todas as lembranças “dessa” Olivia serão substituídas pelas lembranças da vida que ela viveu com o Peter – e antes dele.

Só espero que com o agora quase declarado retorno de Olivia e Peter, não vilanizem o Lee. Fiquei com um pouco de medo das conversas dele aqui, dos olhares, do modo como ele queria convencer a Olivia a não desistir e tentar sobrepor suas memórias sobre as que estavam voltando.

O caso da semana acabou sendo um detalhe.

Vi muita gente reclamando dele, mas no fim das contas eu consegui comprar bem a história e me envolvi com a situação. Mesmo com algumas falhas (Eu só senti falta de uma explanação maior sobre a história, as motivações do cara e tudo o mais), ele foi bem estruturado, curioso em alguns momentos e funcionou quando teve que ter destaque. Era algo que estava ali apenas de plano de fundo mesmo, para sustentar a trama de Peter e Olivia. A relação da história com o amor, mais uma vez, foi para mostrar que é uma vertente realmente presente, mesmo nos fringe event.

Ficou parecendo que o cara só existiu mesmo para dizer aquelas palavras à Olívia no final, sobre o amor e sobre sentir que ela possui aquilo – e é claro e óbvio que ele se referia ao Peter, já que durante todo o episódio, não foram poucos os momentos em que a Olivia deixou claro que está apaixonada (novamente?) por ele.

Percebi também que o Walter já está definitivamente balançado com o Peter. Deu para ver a alegria dele quando contou que tinha impedido o filho de ir até Nova York. E as sequências do Walter tirando o que quer que tenha sido aquilo que tinha sido colocado no olho do Peter foi bem bacana, especialmente pela referência a famosa frase que marcou a relação dos dois no passado, “Seja um homem melhor do que seu pai.”

Também fiquei curioso com o lance do sinalizador. Espero que voltem a isso mais adiante.

O Glyph Code da semana é QUILL. Alguma teoria? Porque eu não tenho nenhuma.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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