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Fringe – 4×17 Everything in Its Right Place

Por: em 9 de abril de 2012

Fringe – 4×17 Everything in Its Right Place

Por: em

Demorei para assistir esse episódio de Fringe não só pelo feriado, mas também por saber de antemão que ele seria focado no Lincoln. Não me entendam mal, eu gostei do personagem quando ele foi inserido na terceira temporada, mas o Lincoln do lado A do quarto ano se mostrou tão irritante e chato que eu tive medo de 42 minutos dedicados a ele fossem exaustivos e se mostrasse como uma perda de tempo para a série – que não pode se dar ao luxo, levando-se em conta que faltam apenas 5 episódios para o fim da temporada (e eu aposto cada vez mais que da série também).

Como as coisas quase nunca são do jeito que imaginamos, o resultado é que Everything in its right place terminou sendo um dos meus episódios favoritos da temporada. Seth Gabel estava ótimo, a história se ligou perfeitamente à trama central, o plano de Jones parece cada vez mais claro e eu sinto que nós encaminhamos para o gran finale. Se me perguntarem agora, acho que mais 5 episódios são sim suficientes para fechar a história e se o iminente cancelamento se confirmar, assim espero que seja.

Uma das coisas que eu provavelmente mais gostei é que o medo que eu tinha do Lee ser uma barreira ou até mesmo um inimigo pro Peter e pra Olivia foi embora. Os olhares, o modo dele se portar, o tom seco… Tudo tinha um sentido, mas não era tentar mostrar um princípio de vilanização do personagem e sim retratar o quanto ele se sentia deslocado daquele mundo, como se realmente estivesse no lugar errado, algo não se encaixasse… Belo paralelo com o Peter no começo da temporada, quando se viu jogado de volta em pessoas que não pareciam ser aquelas a que ele amava.

Não sou capaz de dizer que eu tenha desenvolvido alguma simpatia maior pelo Lee do lado A depois de episódio, mas admito que toda a história foi bem feita, não pareceu forçada e foi possível de se comprar.

O contraste entre os lados A e B é uma das melhores coisas que Fringe sabe fazer, seja em qual for o cenário e isso ficou claro com as diferenças bruscas de personalidade entre o Lincoln do lado A e o Lincoln do lado B. Foi interessante a percepção de que, mesmo com historias de vida quase que 100% idênticas, cada um tenha saído diferente à sua maneira.

Não esperava a morte do B-Lincoln. Gostava bastante do personagem (que fique claro, só o do lado A me irrita) e vai ser uma baixa grande para o lado vermelho. Mas entendo que foi um acontecimento necessário para que o Lincoln do lado A resolvesse se tornar parceiro da Bolívia (só eu acredito que possa rolar algo mais disso?). Com o novo elo formado, acredito que veremos mais da união entre os dois lados nessas próximas semanas.

Até porque, o Jones não parece estar para brincadeira e não é apenas um universo que está em perigo, mas os dois. O plano parece ser mesmo o que o episódio passado deixou implícito: A criação de uma nova raça, um novo ‘povoamento’ da Terra com melhores seres humanos geneticamente modificados. Shapeshifters 2.0 é apenas uma das novas raças que Jones está criando.

A relação entre o caso do Canaan e o drama do Lincoln também foi bem feita. Ambos queriam encontrar um lugar no mundo, fazer a diferença, sentir-se pertencidos. Todas as cenas em que o roteiro exigiu uma carga maior de dramaticidade foram bem executadas.

Eu não estava esperando pela ‘redenção’ do Canaan. Não faço ideia se o personagem continuará aparecendo nas próximas semanas, mas acredito que, por ser o primeiro ‘experimento’ do Jones, ele pode ser uma peça importante, não apenas em pesquisas – que é o que provavelmente deve acontecer com ele. Também fui pego de surpresa com a descoberta dos shapeshifters infiltrados, como a B-Nina. Me pergunto agora quando vão descobrir sobre os interesses do B-Broyles e, confesso, queria saber o motivo dele ser esse ‘traidor’ que aparenta.

Rever o lado B também foi ótimo. Estava com saudades e adorei ver as pequenas diferenças levemente ressaltadas, como o diálogo do Batman. Foi engraçado também ver Gene vestida de agente do FBI para o “dia de pastar”. Tinha que ser coisa do Walter mesmo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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