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Fringe – 4×18 The Consultant

Por: em 16 de abril de 2012

Fringe – 4×18 The Consultant

Por: em

Episódio sensacional e dessa vez eu não acredito que alguém vá discordar. Mitologia amarrada, caso da semana diretamente ligado à trama central, nossos personagens favoritos em ótimas situações… Isso é Fringe em sua melhor forma. Entramos definitivamente na reta final (depois das notícias de ontem, da temporada, eu acredito) e restando apenas QUATRO até o fim da temporada, é apertar os cintos e mergulhar na viagem maravilhosa que a série está nos propondo.

Parando pra analisar um pouco a série desde a sua estreia e não apenas esse cenário diferente que nos foi estabelecido depois do Peter ser apagado da linha do tempo, Fringe sempre se apoiou em um tipo de guerra. Entre universos, entre Walters, entre Olivias… E agora, entre dois universos destroçados tentando se reerguer e um sádico disposto a colocá-los em colapso, dessa vez de uma vez por todas. Jones é o vilão que a série estava precisando e eu estou satisfeito de ver que a inserção do personagem nesta 4ª temporada soa cada vez mais natural e fácil de convencer.

Talvez eu estivesse um pouco lerdo enquanto assistia o episódio – e provavelmente estava mesmo – , mas eu demorei pra sequer cogitar que o Jones tinha alguma coisa a ver com o caso que Walter e a Fringe Division do Lado B estavam investigando. Deu pra perceber logo de cara o que estava acontecendo – das mortes conectadas e tudo  o mais -, mas eu achei que era realmente só mais um Fringe event qualquer.

É legal ver o lado B mais ativo. Ele foi uma parte principal da temporada passada e nessa ficou um pouco de lado em detrimento do A e da busca de Peter por sua casa. Vê-lo novamente ativo, mesmo que já estejamos no final da temporada, é válido. Só senti falta do Walternativo, que ainda não deu as caras. De qualquer forma, é muito legal ver a interação entre o Walter e a Bolivia. Pode parecer uma heresia, mas sint que o Sr Bishop funciona melhor em cena com ela do que com a nossa Olivia.

As piadinhas, os sorrisos, o humor negro… Foram, de longe, a parte mais engraçada do episódio e serviu para dar uma boa descontraída. A relação da Bolivia com o Lincoln também esteve presente, mas em menor escala. O legal dos dois é que agora eles têm algo em comum: A dor de perder um parceiro de trabalho que era um grande amigo. De alguma forma, acho que a determinação da Bolivia em descobrir os responsáveis pela morte do B-Lincoln meio que podem impulsionar o A-Lincoln em algumas atitudes.

O blefe pra a Nina (ou shapeshifter, whatever) foi sensacional. Por um momento, eu achei que não fosse funcionar (e se fosse mesmo uma versão de Nina Sharp, provavelmente não teria), mas foi ótimo darem logo um direcionamento para a história do Broyles, assim o foco dos próximos capítulos não precisa voltar um pouco para a traição.

Mas o que eu mais gostei disso tudo foi ver que deram uma ótima humanizada ao personagem, que até o episódio passado parecia ser apenas um traidor comum que deseja se voltar contra algo ou alguém por puro capricho. Na timeline antiga, o B-Broyles era um herói que morreu pra que a Olivia pudesse voltar para casa e, agora, descobrimos que ele tem mais em comum com o B-Broyles da nova timeline do que a gente imaginava.

Toda a história do filho ainda serviu meio que, se não para justificar, ao menos dar um motivo maior para as atitudes do Broyles. Um paralelo bacana é que novamente estamos diante da força do amor paterno: Por um filho, um pai é capaz de destruir universos e os gestos do Coronel aqui em muito se assemelham aos do Walter em um passado não muito distante. E foi interessante ver o próprio se dando conta disso. O que ele fez pelo Peter não é diferente do que o Broyles fez pelo Christopher.

Ele se arrepender e desistir de levar adiante o plano do Jones aos 45 do segundo tempo foi o que fechou tudo com chave de ouro e lhe deixou mesmo como um possível herói de toda a situação. Por mais que a Bolivia e o Lee já tivessem descoberto tudo, talvez o tempo não fosse suficiente e os universos estariam em colapso.

A trama dos universos linkados foi bem desenvolvida e interessante de acompanhar. Sempre que os casos da semana envolvem problemas na dinâmica dos universos, a coisa se torna mais interessante de acompanhar. O conceito de que uma coisa pode acontecer nos 2 lados simultaneamente (inclusive a morte) é assustador e se isso é apenas o começo do que o Jones planeja, eu tenho medo do que pode vir a seguir. É uma pena que isso tenha começado a explodir exatamente agora, quando o Lado B está se recuperando aos poucos.

4 episódios restam e eu adoro estar totalmente no escuro quanto ao que vai acontecer. E essa semana tem Henry Ian Cusick, o eterno Desmond Hume de Lost, dando as caras! Ansiedade é pouco.

PS. Glyph Code foi SIMON. Alguma teoria? Eu não tenho nenhuma. Provavelmente deve se unir com o dos próximos episódios e formar algo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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