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Fringe – 5×06 Through the Looking Glass and What Walter Found There

Por: em 11 de novembro de 2012

Fringe – 5×06 Through the Looking Glass and What Walter Found There

Por: em

Alguém parou pra pensar que já assistimos a praticamente 50% da temporada de Fringe?

Se nos 3 primeiros episódios a trama parecia andar a passos lentos e sem dar mostras de explosão, nos 3 últimos a situação se inverteu totalmente e a série voltou a fazer aquilo que ela sabe como ninguém: Explodir cabeças. Cada vez que eu paro e penso sobre o que está acontecendo, mil e uma teorias me aparecem, uma mais estapafúrdia do que a outra.

O mais bacana disso tudo? É que, em momento nenhum, a série perdeu seu foco: Uma história de amor. No fim das contas, é nisso que Fringe se sustenta. Amor e família. Do lado da Olivia, o que eu temia já começa a dar sinais de que vai acontecer: Um desgaste da relação dos dois após o auto implante da tecnologia observadora.  A cena no apartamento da Etta foi bonita, mas trouxe tanta melancolia, tanta dor, tanto peso que eu acho que vai ser difícil tudo isso se sustentar. Peter mente pra Olivia e pra si mesmo. Ele acha que vai conseguir lidar com tudo isso, mas a gente sabe que ele não vai.

Já com o Walter, é curioso notar que a relação segue o caminho oposto. Pela segunda vez, em 5 temporadas, vemos Peter chamando-o de dad. A conversa sincera dos dois na cena final funciona não só pelo texto afiado ou pelas atuações magistrais de Joshua Jackson e John Noble, mas também por ser baseada em conceitos trabalhados desde o começo da série, como a fragilidade da relação pai-filho dos dois e as referências ao homem que  Walter era quando trabalhava com o Bell. Quando o Walter diz que está se transformando no homem que costumava ser e está deixando de lado a pessoa que Peter o ensinou a ser, é como se um paralelo fosse traçado: Ambos, pai e filho, estão mudando por um ideal, voluntária ou involuntariamente.

Peter prometeu que cuidaria do Walter e não o deixaria sem perder. Contudo, quem vai fazer isso por ele?

Como não poderia deixar de ser, teorias bacanas surgiram nos comentários do review passado. Acho que a uma altura dessas, esperar de Fringe um final feliz demanda tanta ingenuidade quanto acreditar no coelhinho da páscoa. Acredito, sim, que os Observadores serão derrotados,  mas não sem um alto preço. Bateria palmas lentas e compassadas se Peter fosse mesmo September, mas ando mais inclinado a acreditar que ele seja o primeiro Observador.

Claro que isso traz consigo algumas perguntas, como a origem da criação do dispositivo Observador, mas nada que não possa ser respondido ainda. A gente já tá vendo que alguma coisa no Peter mudou. A luta dele com os Observadores no final foi mais para demonstrar isso do que qualquer outra coisa. Talvez nem ele mesmo saiba no que está se tornando. Ou não sabia, até a última cena. E agora o Windmark também sabe, o que pode trazer uma nova dinâmica. Super velocidade, visão de raio x (?), super força… Daqui a pouco ele fica careca?

A referência no título a Through the Looking Glass (aqui conhecido como Alice no País do Espelho) foi certeira. O livro, um dos meus favoritos, funciona meio que como uma continuação do clássico Alice no País das Maravilhas) e narra a jornada dela em outro mundo para se tornar a rainha, tendo, para isso, que passar por vários obstáculos estruturados na forma de um jogo de xadrez. Mais ou menos como a nova etapa que Walter, Peter e Olivia tiveram que superar para continuar na busca pelo dito plano.

O tal universo de bolso despertou em mim, involuntariamente, um desejo de ver o Lado B, o que antes eu não achava possível depois do portal ter sido lacrado. Mas se o Walter e o tal do Donald conseguiram “cortar” a membrana entre-mundos e criar aquela espécie de limbo/universo de bolso onde tempo e espaço são extramente relativos, quem garante que eles não podem ter reaberto a passagem para o lado de lá? Que seria interessante, seria.

Todas aquelas portas, instruções, quase como um labirinto, me fizeram viajar aqui, daquele jeito que só Fringe sabe fazer. Confesso que esse plano que, anteriormente, não parecia tão chamativo, agora se mostra cada vez mais interessante… O uso do garoto empata/observador do episódio 1×15 (que, junto com os Glyphs Codes nas portas, trouxe uma nostalgia bem bacana, típico clima de temporada final)? Tem gente achando que ELE pode ser o September… Será? Pra quê isso?

Um fato curioso: Donald. Não dei muita atenção a ele quando foi citado no começo da temporada, mas a menção a ele novamente e o desaparecimento do garoto do pocket universe me deixaram com a pulga atrás da orelha. Será se esse cara ainda está vivo? Provavelmente. A dúvida maior deve ser: Ele ainda tá do lado do Walter? Queria saber como eles se conheceram, porque o Walter confiou nele a ponto de compartilhar seu plano e tudo o mais.

Outras observações:

– A Fox divulgou a data dos próximos episódios:

• 5×07 – Five-Twenty-Ten (16/11) – promo aqui
• 5×08 – The Human Kind (07/12)
• 5×09 – Título não divulgado (14/12) 
• 5×10 – Título não divulgado (21/12)
• 5×11 – Título não divulgado (11/01) 
• 5×12/13 – Título não divulgado (18/01)


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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