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Game of Thrones – 2×03 What is Dead May Never Die

Por: em 16 de abril de 2012

Game of Thrones – 2×03 What is Dead May Never Die

Por: em

Game of Thrones segue muito bem, obrigado!

Entre os três episódios exibidos nesta temporada, esse foi meu favorito. Não sei explicar exatamente o porquê, mas eu consegui me sentir conectado com todas as tramas, tudo soou interessante e curioso e as peças começaram a andar no tabuleiro cada vez mais truncado que é o jogo dos tronos. Terminei de ler o primeiro livro da série essa semana, mas vem sendo tão prazeroso acompanhar essa temporada ‘no escuro’, especular e discutir os rumos, que acho que vou guardar meu A Clash of Kings para ler após o fim da mesma.

Falando do episódio em si, acho que o que deu a ele um diferencial bacana é que uma boa parte dos núcleos teve destaque, o balanço foi ótimo, um não se sobressaiu ao outro e nem mesmo a Dany fez falta (Eu só me dei conta de que ainda não tínhamos visto nada dela quando os créditos subiram). Começando da parte que eu menos gostei – ou, digamos assim, tenha me chamado menos atenção -, o clima parece ter esfriado pras bandas do Snow (E isso não foi um trocadilho infame).

Não me surpreendi com o Lorde Comandante já ter conhecimento sobre o destino que o Craster dava as crianças. Foi bacana a série ter resolvido isso (que era meio que o cliffhanger do episódio passado, por assim dizer) logo nos primeiros minutos, já que o núcleo do Jon é de longe o que menos chama a atenção nesse ano. Fiquei com a impressão de que a partida não foi definitiva – culpa da cena do Sam com a Gilly.

O núcleo de King’s Landing continua de vento em popa e eu gosto cada vez mais de ver o Tyrion decidido a mostrar qual o Lannister que manda ali. A artimanha dele para descobrir em quem não podia confiar foi sensacional (e aqui eu abro um parêntese para elogiar a edição do episódio, que deu um tom especial a sequência onde ele contava sobre o plano de casar a Myrcella a cada um). O momento onde ele manda que cortem a barba do Pycelle também foi bacana e a conversa dele com o Mindinho abriu possibilidades futuras, embora eu não ache que vão conseguir libertar o Jamie.

Tenho a impressão que ele colocou a Shae como ama da Sansa só para poder vigiá-la mais de perto. Não acredito que exista possibilidade dela fazer qualquer coisa que possa desagradar aos Lannisters, já que ela vem sendo imposta a uma tortura psicológica praticamente diária, no café, no almoço e no jantar. De certa forma, acho que essa história está servindo para que o público perca um pouco da grande birra que tem com a menina. Confesso que eu mesmo não consigo mais me irritar como acontecia temporada passada nas cenas dela.

Em Winterfell, Bran continua tendo sonhos-meio-premonições. Fico me perguntando que papel o pequeno vai ter na história, já que até agora não vimos uma participação grandiosa. Seguindo a linha de um direwolf por episódio, agora podemos ver o Summer crescido – e esses lobos podem ter crescido, mas eu ainda quero um pra mim.

Theon continua sendo um dos pontos mais interessantes da temporada até aqui. O personagem começa a sair cada vez mais da sombra dos coadjuvantes e a assumir um papel de destaque na história. O trabalho de humanização que o roteiro deste episódio fez foi muito bacana e a explosão dele com o pai meio que nos coloca um pouco em seu lugar. No fim das contas, o cara foi mesmo uma vítima do destino e agora se vê obrigado a escolher entre a sua família de sangue e a família de criação. Não é como se o Theon fosse uma vítima total, mas ele não pediu pra que isso acontecesse (como fez questão de jogar na cara do pai), simplesmente foi jogado naquela situação e agora tem que lidar com as consequências.

Era previsível que o Balon não iria querer fazer nenhum acordo com o Robb. Agora, temos – acredito eu – o último componente da Guerra dos Cinco Reis. Não sei se foi uma impressão errada que eu tive, mas me pareceu que o que move o Balon não é o desejo de se sentar no Trono – até porque o que ele parece querer MESMO é governar legitimamente as Ilhas de Ferro -, mas um desejo de vingança, de acertar as contas pelo que aconteceu no passado e mostrar que os nascidos do ferro não se rendem.

Mesmo o Theon tendo escolhido lutar ao lado do pai e da irmã, eu ainda tenho minhas dúvidas se ele irá manter essa lealdade quando cruzar com o exército do Robb – a carta não enviada deixou esse sentimento em mim. Ainda não consegui me convencer foi com essa irmã dele, não sei se o problema é a atriz ou a personagem, mas ela ainda não me passa verdade e parece muito artificial e forçada. A cena do batismo dele foi ótima, acho até que a mais bonita da temporada até aqui, esteticamente falando.

E finalmente, Renly Baratheon deu as caras novamente!

Mais um rei dentro de uma guerra, o Renly é uma das peças mais interessantes do jogo porque, ao menos por agora, não parece estar muito interessado em entrar em batalha. Além de, ao mesmo tempo em que promete a cabeça de Joffrey numa bandeja (e eu vibrei neste momento!), precisar lidar com os problemas do seu casamento não consumado (por motivos que ficam óbvios – a cara de nojo dele enquanto beijava a Margaery foi sensacional).

O que o Loras disse é verdade: Ele precisa de um herdeiro. E já que sozinho com a mulher ele não “funciona”, acho que é bom ele aceitar a proposta do ménage antes que Ponta Tempestade entre em colapso. É engraçado que a própria Margaery já sacou do caso do marido com o irmão, mas mostra que não dá a mínima pra isso. Certamente, a corte não pensa do mesmo jeito.

Tivemos também a inserção da Brienne, personagem da qual escuto comentários desde sempre e que, nesta primeira aparição, me intrigou bastante. Levei até um momento para saber se estava diante de um homem ou uma mulher quando ela tirou o elmo. Decidida e forte, desponta como promissora e acredito que só irá crescer mais e mais. Ah, e não sei se foi apenas comigo e com o Renly, mas eu também senti uma pontada de ciúme do Loras com relação a ela.

E, finalmente (até porque acho que eu escrevi demais hoje), Arya Stark se mostrando mais esperta do que eu imaginava. Não estava esperando que eles fossem capturados tão cedo, mas toda a sequência final foi excelente (a conversa entre a Arya e o Yoren antes também foi muito bacana, a história do cara me tocou um pouco) e trouxe fatos novos: A pequena Stark ajudou a libertar o Jaqen – que eu não achei que poderia ter um destaque, mas já começo a rever minha opinião -, convenceu a guarda que o Gendry estava morto em uma jogada de mestre e agora é prisioneira – junto com o bastardo – e segue rumo a tão falada Harrenhal, que também me desperta curiosidade.

Até agora, não tenho crítica alguma a temporada. Minha expectativa só aumenta e eu mal posso esperar pelos próximos 7!

PS¹. Ficamos assim então:

  • Um rei louco em King’s Landing
  • Um rei do norte marchando com seu exército
  • Um rei que tem problemas conjugais para resolver
  • Um rei das Ilhas de Ferro preparando ataque
  • Um rei disposto a tudo para assumir legitimamente o Trono de Ferro

Nem imagino onde isso vai dar.

PS². Cenas quentes entre Renly e Loras nos lembrando que estamos em uma série da HBO! E isso não é uma reclamação, que fique claro.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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