Melhor episódio da temporada até aqui!
Conseguiu me deixar boquiaberto já nos primeiros 11 minutos. Pela semana passada, já tinha ficado claro que um conflito entre o Bran e o Theon ia surgir quando o Greyjoy chegasse à Winterfell, mas não achei que fosse algo que o capítulo iria trazer logo na abertura. E, devo dizer, foi a melhor sequência da temporada até aqui. No começo, não me agradou muito a forma como o Theon se dirigiu ao Bran, quase implorando para que o pequeno Lorde lhe proclamasse Senhor do Reino, mas logo tudo se uniu em cenas emocionantes.
Ver o Sir Rodrik jogar na cara do Theon que ele foi criado debaixo das asas do Ned a vida inteira e que o Robb o considera como irmão valeu por toda a participação dele na série. Já esperava que ele morresse depois do sonho do Bran com o mar cobrindo Winterfell – só não sabia que “mar” era uma metáfora para o exército Greyjoy. O importante disso tudo é que comprava que os sonhos não são apenas sonhos.
A sequência da morte em si foi sensacional. Não sei se foi só comigo, mas eu senti um quê de hesitação no Theon antes de condenar o Sir Rodrik. Não que ele tenha se mostrado arrependido do lado que escolheu, mas como se ele ainda estivesse confuso, tivesse ficado do lado do pai porque era o mais propício na atual situação e não por sangue, orgulho ou algo do tipo. A cena em si foi muito bem executada, desde os closes de câmera, o desespero do Bran, os planos não revelando muita coisa, mas deixando tudo óbvio, até a chuva, que embora clichê, deu um toque especial.
O Alfie Allen estava excelente. Gosto da atuação dele desde sempre, mas tinha um pouco de receio de ele não conseguir segurar as pontas com o destaque que o Theon vem tendo, mas ele só se superou mais, construindo desde um olhar amargurado até uma nova impostação vocal para essa nova fase do personagem.
O personagem está tão fragilizado que acabou sendo enganado pela Osha. Foi uma ótima surpresa a fuga de Bran, Rickon, Hodor e os lobos.
A reação do Robb foi a esperada. Ele foi traído pelo cara em que confiava como um irmão. Querer “olhar nos olhos e perguntar o porquê” é provavelmente a primeira coisa que se deseja fazer numa situação dessas. O que o Robb tem que se lembrar é que isso é uma guerra e ele realmente não poderia sair correndo para Winterfell. Espero ansiosamente um confronto entre direto entre os dois.
Não dei muita atenção para a história dele e da tal de Talisa no episódio passado porque achei que seria apenas uma forma de mostrar que ele está perdido nessa guerra, sem muitas perspectivas, mas a conversa deles aqui me faz crer que pode aparecer algo de interessante entre os dois.
O episódio também colocou uma nova peça, definitivamente, no jogo: Os Tyrell. Como eu disse semana passada, o Loras quer vingança pela morte do Renly e quem assiste Revenge sabe o quanto o desejo de vingança pode ser poderoso. Baelish, claro, já começou a articular uma possível aliança entre ele, a Margaery e os Lannisters. Parece um cenário interessante.
Por um momento, eu achei que ele realmente fosse reconhecer a Arya durante a conversa com o Tywin. Só não o fez porque a garota é realmente esperta. Tenho bastante medo do que pode acontecer a pequena Stark quando sua identidade for revelada. O Tywin nutre um ódio pelo Robb que já existiria naturalmente, com o Jaime em poder dele, então. Não sei o que ele pode fazer com a Arya.
A pequena conversa entre eles perto do fim do episódio foi sensacional por mostrar que ela não está nem um pouco para brincadeira. Assumindo riscos, está jogando o tal jogo dos tronos com habilidade, mas sinto que ela irá meter os pés pelas mãos logo. Quando o bilhete foi interceptado, já era óbvio que a Arya usaria sua 2ª morte para não ser descoberta. Embora ela aja impulsivamente, o que eu mais gosto nela é que ela não hesita em momento algum.
Era óbvio que o Snow não iria matar a tal da Ygritte Não sei se foi a força dela ou o que ela deixou subentendido que pode saber, mas o poder de intimidação que ela exerceu sobre ele foi instantâneo. Gostei de sua inserção (mesmo a série já tendo personagens o suficiente), porque dá uma nova perspectiva pra trama do Jon e dos Night Watch, que tudo que faziam era andar no meio do gelo. A relação que está se desenvolvendo entre os dois parece ser algo interessante de se observar.
Deu um pouco de pena da Cersei enquanto ela via a filha sendo levada para longe. Adorei a ameaça dela ao Tyrion e acho que a partida da Myrcella vai impulsionar ainda mais o ódio da Rainha Regente pelo irmão e isso pode ser interessante de se observar. A revolução em Kings Landing foi outro ponto interessante e mais uma sequência que merece elogios pela execução; mostrou que nem todo mundo está aceitando de bom grado os mandos e desmandos dos Joffrey e o clima de desordem e confusão foi muito bem retratado.
A situação ainda mostrou que quem realmente sabe o que fazer ali é o Tyrion. Foi ele que tentou reverter a situação, acalmar os ânimos e aquele tapa que ele deu no Joffrey foi algo que deve ter servido para lavar a alma de 99% dos que assistiam ao capítulo. No fim das contas, é exatamente como o Tyrion disse: Joffrey tornou Kings Landing uma terra sem lei e o resultado não poderia se outro.
Vi gente comentando um possível envolvimento entre o anão e a Sansa, mas eu ainda acho que tudo que ele tem por ela é mesmo preocupação, o que é totalmente considerável levando-se em conta a tortura psicológica que ela sofreu do Joffrey. Acho que pode acontecer algo entre ela e o cara que a salvou do estupro coletivo.
Quanto a história da Dany, não tivemos muito avanço, apenas ela afirmando novamente que era uma stormborn e que pretende tomar o Trono de Ferro que afirma ser seu por direito. Já cansei dessa ladainha. Torço por ela, mas ela não precisa repetir a mesma coisa em TODO santo episódio. Não esperava que ela realmente conseguisse os navios de mão beijada, tornaria tudo simples demais. O sequestro dos dragões foi uma ótima jogada. Acho que vai trazer a virada que a trama dela precisa. Assim espero!
