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Girls – 2×06 Boys, 2×07 Video Games e 2×08 It’s Back

Por: em 24 de março de 2013

Girls – 2×06 Boys, 2×07 Video Games e 2×08 It’s Back

Por: em

Olá leitores lindos de Girls. Eu queria ser uma pessoa organizada e centrada, mas infelizmente não foi assim que mamãe me fez. Lutando pra ir contra essa total falta de foco, aqui estou eu pra entregar a vocês as reviews faltantes da segunda temporada. Espero que alguém ainda se interesse por elas – mesmo que seja só as pessoas que deixaram pra ver essa temporada bem depois da exibição. Quem estiver lendo, por favor comente suas impressões! Conversar sobre Girls é sempre ótimo.

2×06 – Boys

Nesse episódio fica claro que Hannah passa por uma fase complicada. Nos primeiros minutos já ficamos sabendo que ela tem um mês pra entregar um e-book, motivo suficiente pra gerar muito estresse na menina. Além disso, depois do que ela concluiu ao conhecer Joshua no episódio anterior, deu pra perceber que suas relações afetivas estão se deteriorando gradualmente desde o fim da primeira temporada. A amizade com a Marnie está afundando gradualmente, não só pelas mentiras das duas, mas também por seus interesses cada vez mais distantes.

Falando em Marnie, Booth Jonathan trata a menina como mais apenas mais uma. Apesar de breves as cenas dela no episódio, foi possível mensurar o quanto ela é/está deslumbrada. Em momento algum ela fica em dúvida sobre o convite de Booth para receber os convidados na festa. Na cabeça dela eles já são um casal, e em momento algum a oferta dele seria uma oferta profissional, apesar de ele ter deixado claro que ela estaria fazendo o trabalho de Sooj (que foi demitida) quando faz o convite a ela. Eu admito que fico feliz ao ver a Marnie quebrar a cara. Ela é a única das Girls que eu torço contra.

Jessa está dividindo apartamento com Hannah e sendo depressiva e má. Esse seria um bom momento pra duas conversarem sobre o que tem passado, mas ao que parece a Jessa prefere se trancar no quarto e dormir na banheira.

Shoshana tenta achar coisas que interessem a Ray, uma missão quase impossível. Inocentemente ela tenta convencer o namorado a assistir uma palestra de Donald Trump sobre felicidade profissional. Eu gosto muito do casal, mas nesse episódio já começa a rolar a sensação de que a Shosh está perdendo tempo com ele.

O melhor do episódio foi, de longe, a interação entre Adam e Ray – o que pra mim foi totalmente inesperado. Por causa de um livro, que Hannah pegou emprestado com Ray e esqueceu no banheiro de Adam, os dois acabam se conhecendo melhor. O cachorro roubado por Adam também acaba ajudando bastante na aproximação dos dois. Achei fofo ele pedindo ajuda para devolver o cachorro, e achei meigo o Ray acreditando que seria extra muscle no caso do dono do cachorro ser um valentão querendo briga.  Os dois vão até Staten Island e tem diálogos incríveis, dignos dos personagens ótimos que são. Pra começar o papo sobre mulheres bem jovens e mais velhas: queria que eles contassem muito mais sobre essas histórias, principalmente o Adam. Depois todas as confissões do Ray, dizendo que o relacionamento de quatro semanas com a Soshana é o mais longo que ele teve na vida – o que não me surpreende. E no fim da saga dos meninos, os dois acabam brigando porque Ray começa a falar mal da Hannah, deixando Adam muito transtornado.

O final do episódio foi poético e triste. Ray percebe o quanto tem sido espectador da vida própria vida ao ver a cidade de longe, conversando com o cachorro. Será que ele vai tomar alguma atitude?

Comentários aleatórios:

  • WTF vestido de plástico da Marnie
  • Adam está tão solitário e triste quanto Hannah. O roubo do cachorro e a discussão com Ray só acontecem por causa disso.
  • A filha do dono do cachorro dá um esporro muito louco no Ray mesmo sem nunca ter conhecido ele. E o pior é que praticamente tudo que ela disse era verdade.

2×07 – Video Games

Esse foi um episodio memorável em Girls. Além de ter diálogos muito bem escritos, teve uma fotografia incrível – graças a escolha da locação para situar a casa do Salvatore Johansson (Ben Mendelsohn) e Petula (Rosanna Arquette). Não bastando tudo isso, o episódio ainda revelou muita coisa sobre a infância e as relações familiares da Jessa, personagem que ainda não tinha ganho tanto espaço quanto as outras nessa temporada.

Sempre gostei da Jessa e depois desse episódio gosto mais ainda. Duvido que, ao assistir a esse episódio, as pessoas que não gostam da Jessa não tenham mudado, ao menos um pouquinho, a impressão que tem da personagem. A relação dela com o pai é bastante estranha. Fica claro que ela se enxerga na irmã, Lemon, ainda criança, abandonada pelo pai. Pelo que ela fala sobre sempre esperar por ele e, principalmente, sobre a história do sms cheio de letras perdidas, é evidente que ela sente falta do pai. Ao que parece, Salvatore segue esse padrão de fugir das responsabilidades (e das filhas), que infelizmente acabou sendo copiado por Jessa.

 Hannah consegue ser completamente insensível aos problemas da amiga. Ela foi a personagem mais chata do episódio, sem dúvida. Toda essa história de não usar produtos se não for da forma que eles foram feitos pra serem usados… por favor. Pra piorar a chatice, ela ainda tem aqueles 8 segundos com o Frank (Nick Lashaway): a completa decadência. A gota d’água foi que, não sabendo a hora de ficar quieta – o que parece ser o pior defeito da personagem -, ela sugere que os próprios pais tenham alguma semelhança com os pais da Jessa. Só quem tem pais irresponsáveis e egocêntricos sabe como é ter pais  irresponsáveis e egocêntricos, e mais que isso, cada um sabe da família que tem.

Citações que merecem destaque: 

  •  “We’re not like other people.”, Salvatore
  •  “A rabbit a day keeps the doctor away.“, Petula
  •  “It’s not stealing when it’s from a corporation.“, Jessa

Comentários aleatórios:

  • Barriguinha da Jemima, gente <3
  • Jessa e Salvatore brincando com sotaques, coisa mais linda.
  • A conversa no balanço foi a melhor cena desse episódio.
  • Se a vida é mesmo um video game, será que a Jessa passou de fase?

2×08 – It’s Back

Essa temporada foi acrescentando estresse na vida da Hannah, gradualmente. E nesse episódio ela deixa transparecer o que toda essa ansiedade tem causado. Muita gente achou que o TOC foi introduzido do nada na série, eu discordo. Desde o término com o Adam ela já vinha mostrando comportamentos estranhos. E na primeira temporada ela comentou sobre o TOC com o Adam e com a Marnie, quem prestou atenção nos diálogos das brigas se lembra disso. Acho legal que esse assunto seja abordado na série, porque muita gente sofre com o que Girls tentou retratar. Infelizmente, como atriz, a Lena Dunham deixou muito a desejar, mais uma vez. As expressões faciais dela não eram de acordo com os movimentos repetitivos. Além disso, a forma como ela tratou o psiquiatra foi totalmente desconexa. Se ela reconhece que passa por um momento difícil e precisa de ajuda, jamais teria essa atitude de confrontamento.

No início do episódio Adam está completamente infeliz. Ele busca por ajuda no AA, desabafa e abre o coração sobre tudo o que passou. Esse episódio me fez ter saudades do Adam na série. Ele consegue ser pirado e fofo ao mesmo tempo. E esse jeitinho só dele, faz aquela senhora estranha do AA, Cloris (Carol Kane), oferecer o telefone da filha. A ligação do Adam para a Natalia (Shiri Appleby) foi bem engraçada e inesperada. Acho que poucas pessoas ligariam pra alguém se uma mãe estranha como aquela tivesse dado o número, assim, do nada. E como mágica eles se dão super bem no jantar. Fiquei bem feliz pelo Adam, porque finalmente ele tem a chance de deixar pra trás a história com a Hannah.

A trama que mais me deu raiva foi a da Marnie. Achei o fim ela procurar pelo Charlie pra dar suporte, justo agora que ele não precisa mais dela. A Marnie é uma grande interesseira e só lembra da existência dele quando é ela que precisa de ajuda. Não bastando o fato dela procurar por ele só por interesse, ela ainda confessa ao Ray da sua inveja, e acha que merecia, mais do que o Charlie, se dar bem na vida. E essa história de querer cantar: tem que dar muito errado, ela merece.  Achei genial a idéia de colocar o Charlie como uma pessoa que se deu bem na vida, muito jovem, graças a desilusão amorosa causada pela Marnie. E forbid, o famoso app do Charlie, parece ser realmente útil.

Não sei o que seria desse episódio se não fosse a Shoshana. Mentira, também gostei da história do Adam, mas a Shoshana foi a melhor. Todas as falas dela são engraçadas – e ela fala muito. A história do Ray não ter objetivos vem se arrastando por vários episódios e so trouxe discórdia ao casal. Nesse episódio em especial, a Shoshana faz algo que eu não esperava dela. Ficou claro que em casa ela só tem chateação com o Ray e por isso acabou buscando diversão com o porteiro do prédio da Radhika. Se sentindo culpada, ela vai acabar contando a ele mais cedo ou mais tarde.

Comentários aleatórios: 

  • Adoro a forma como o ator (Adam Driver) construiu as expressões corporais do Adam e a forma como ele se balança e usa as mãos pra contar uma história.
  • A camiseta do homem do AA tinha tudo a ver com o episódio: “Too many freaks not enough circuses”.
  • A Natalia (Shiri Appleby) era de Life Unexpected, lembram? Era mãe de uma adolescente. (!!!)
  •  Quer comentar a season finale? Aguenta firme que  a review tá saindo logo mais.

Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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