Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Glee – 4×18 Shooting Star

Por: em 17 de abril de 2013

Glee – 4×18 Shooting Star

Por: em

Micael:

Que episódio foi esse, gente? Diria que foi um dos melhores, se não o melhor, da temporada. Não sou exatamente fã de recursos como o utilizado nesse episódio, mas Glee  soube, a partir disso, trabalhar bem seus personagens. Gostei muito, apesar de ter algumas ressalvas.

Antes de mais nada, o que dizer do meteoro de Brittany? Morri de rir quando ela descobriu que o meteoro se tratava na verdade de uma joaninha em seu projeto de telescópio. Fiquei com muita dó de Sam. Esse personagem nunca teve sorte em questões amorosas, e eu realmente gosto do casal, então fiquei bastante triste com Brittany dando mais bola para seu gato do que para Sam. Claro que depois ela se redimiu e a cena final do casal foi muito bonita. O desespero de Sam trancado na sala sem saber onde Brittany mostrou o quanto ele gosta dela e estou ansioso para ver  mais desse romance.

Se o suposto fim do mundo foi interessante para Sam e Brittany, não posso dizer o mesmo sobre Beiste. Gosto imensamente dessa personagem e por isso vibrei quando ela apareceu no episódio, mas confesso que não gostei da parte inicial. Não gosto de Will, mas sempre simpatizei com a interação dele com Beiste, mas, poxa, a proposta de Beiste é algo totalmente sem noção, mesmo para os padrões de Glee. Claro que entendo o quão carente ela estava, assim como sua dificuldade para relacionamentos e a importância de Will para ela, mas me pareceu totalmente incoerente. Não entendo porque Glee costuma fazer coisas do tipo, sinceramente. Enfim, pelo menos com isso tivemos a volta de Beiste. No final, as coisas voltaram para os eixos. Ela percebeu que não tinha qualquer possibilidade de engatar um namoro com Will, e aí elogio a atitude do personagem, que mesmo não sendo de minha simpatia, agiu de forma exemplar com a situação. Espero ver Beiste voltando logo.

Outro personagem que foi muito bem trabalhado neste episódio foi Ryder. Eu e todo mundo estamos curiosos para saber quem é essa pessoa. Vocês já descobriram? Confesso que fiquei raciocinando por algum tempo, mas não encontrei uma possibilidade sequer de quem possa ser. Deixem seus palpites nos comentários. Mas o que quero dizer é que fiquei com pena dele. Quando ele encontrou aquela moça que ele pensou ser Katie, e cantou todo apaixonado, fiquei um pouco frustrado pois não esperava pelo acréscimo de mais uma personagem. Apesar de ter ficado triste por Ryder, fiquei feliz por aquela moça não ser a verdadeira Katie. Não engulo muito bem essa mania da série de que os personagens só são felizes se estão acompanhados, acho que Ryder poderia muito bem ficar um tempo sozinho depois da decepção com Marley, mas, já que está sendo feito todo esse suspense, estou ansioso para conhecer a verdadeira identidade dessa pessoa.

No final das contas, se o alarme falso de meteoro não gerou o efeito de last chance, os tiros na escola geraram. Não estava entendendo muito bem quando ouvi os tiros e os rumos que o episódio estava tomando, pois não havia lido spoilers. Fiquei imaginando o que a série pretendia com isso. Ryan Murphy já fez uma cena parecida na primeira temporada de American Horror Story, lembram? Mas antes de descobrir quem era o atirador, todas as cenas foram muito emocionantes. Deve ser, sem dúvida, uma angústia e medo sem tamanho, e as palavras de adeus ficaram bem encaixadas no episódio, sem parecerem forçadas nem nada. Muito bonito ver um declarando seu amor pelo outro e todos aqueles que amam. Essa foi, afinal, a mensagem deixada pelo episódio, evidenciada pela música final: não deixe de dizer o que tem para dizer.

Mas quem comentará sobre as músicas é o Alê, e antes de passar a palavra para ele, é óbvio que preciso falar de Becky e, consequentemente, Sue. Eu já chorei com Becky naquela conversa que ela teve com Brittany, então você imagine o quanto esse desfecho me tocou. Eu amo essa personagem e me surpreendi quando soube que havia sido ela que trouxe a arma para o colégio. No início fiquei um pouco desnorteado, pois não esperava isso de Becky, mas depois pensei melhor e fiquei imaginando o que estava se passando no cabeça dela. Não deve estar sendo fácil. Ela não fez isso porque tem Síndrome de Down, ela trouxe aquela arma porque estava assustada, com medo, sem rumo. Afinal, não sabemos o que se passa na casa dela e tantos outros motivos que podem tê-la levado a fazer isso. Estou muito ansioso para conhecer mais de Becky, ainda mais agora que, além de ficar sem Brittany, ela ficará também sem Sue. Por favor, Glee, continue abordando essa  trama, e não a deixe de lado, como você é tão especialista em fazer.

E como será o McKinley High sem Sue, gente? Já estou com saudade antecipada, mas que é amenizada pelo motivo que tirou Sue do colégio. Que personagem fantástica! Estou muito ansioso para esse final de temporada, que está se desenhando como uma temporada excelente. Aliás, pela primeira vez não senti falta dos personagens de NY. Sinal de que as coisas em Ohio estão funcionando…

 

Alexandre:

O episódio teve apenas três músicas (e por toda a carga dramática dele), nem acho que poderia ter mais do que isso, porque acabaria quebrando o clima. Imagina se eles começassem a cantar enquanto estavam presos na sala do coral? Não colaria de jeito nenhum.

A primeira foi uma bonita versão da clássica Your Song, de Elton Johh, interpretada aqui na voz de Ryder. Essa canção é sem dúvida uma das mais bonitas letras de amor já escritas e cantadas e seria preciso um esforço muito grande pra que uma voz bonita como a do Blake a deixasse ruim. Se encaixou bem, especialmente no contexto da situação, com o Ryder achando que estava diante da ‘Katie’.

More Than Words (Extreme) outro belíssimo clássico, caiu como uma luva nas vozes de Sam e Brittany. Foi sincera, simples, bonita, sem firulas e grandes adereços. Diria que foi não só a melhor performance da temporada, como uma das melhores da série inteira.

Say (John Mayer) encerrou com chave de ouro (assim como Micael, também considero esse um dos melhores da temporada). A canção se encaixou no clima de tensão após os acontecimentos envolvendo o disparo da arma e ter sido cantada por todo o New Directions deu o tom exato que era necessário. Uma apresentação ótima que encerrou um episódio fantástico.


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

×