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Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Glee – 1×02 Showmance

Por: em 10 de setembro de 2009

Glee – 1×02 Showmance

Por: em


A Fox é realmente inteligente. Ou melhor, a Fox de boba não tem nada. Estrear uma nova série quando todas as outras estavam terminando foi uma jogada genial. Principalmente uma série de comédia. Quando todos estávamos tristes com a perspectiva de ficarmos meses sem qualquer episódio inédito, fomos apresentados a esses novos personagens cheios de vida, música e cor… E engraçados claro.

Glee é uma boa série? É. Mas, com esse segundo episódio, provou que talvez não mereça todo esse hype que foi construído ao seu redor.

Não me entenda mal, eu gostei do segundo episódio. Mas todos os erros que ficaram um pouco mascarados no piloto, com o retorno da série saltaram aos olhos travestidos de rosa pink!

E,  talvez o mais inusitado, o personagem de maior destaque nesse foi a que menos brilhou na estreia, Emma Pillsbury, a professora apaixonada por Will.

Sei que já vi aquele personagem em algum lugar, mas ainda não consigo lembrar de onde. Professora amargurada, com uma vida pequena, vê no amor a saída para uma vida feliz. E, enquanto o amor não chega, ela continua no seu mundinho limpo e coordenado. Um pouco Amélie Poulain, um pouco Monica Bing, muito de tantas mulheres. Foi bom saber que ela não vai ficar se prendendo ao sonho chamado “Will”.


Lea Michele, a Rachel, vai ter que aprender a controlar as caretas. Ok, sua personagem é estereotipada e, mais do que isso, sonha em ser uma diva também estereotipada. Mas uma coisa foi vermos isso em somente um episódio a meses atrás… Mas quem vai aguentar todos os bicos, caretas e trejeitos, que surgem quando ela canta ou chora por meses a fio?

Quanto a Cory Monteith, o Finn, de duas uma: ou ele é um grande ator interpretando um jovem preso as amarras do seu papel de atleta clichê do colegial, ou ele é mesmo um péssimo ator e tal qual seu personagem um grande clichê ambulante. Infelizmente, vou ter que optar pela segunda opção.

Não me entenda mal, eu gostei do segundo episódio. Mas todos os erros que ficaram um pouco mascarados no piloto, com o retorno da série saltaram aos olhos travestidos de rosa pink!

Confesso que não tinha ido muito com a cara da treinadora de cheerleaders no primeiro episódio, mas agora fui definitivamente conquistada por Sue Sylvester. Jane Lynch está mesmo arrasando na pele dessa louca ensandecida que cria um escarcéu na diretoria apenas por treze cópias não-autorizadas! E, agora que ela mandou três espiões ao quartel do inimigo, só podemos esperar (como diria o locutor da Sessão da Tarde), muita confusão!

Mas tinham que ser três? É algo que soa definitivamente falso o fato de, aparentemente, todos da escola abrirem a boca e começarem a cantar como cantores profissionais, sem a menor dificuldade. Quando eram só os integrantes do coral, menos mal. Afinal, teoricamente eles sonharam com aquilo a vida inteira, treinaram e se dedicaram. E se Finn se um talento bruto recém descoberto… O que são as três cheerleaders? Mais talentos brutos surgidos do nada? Brota cantor naquela escola? O que eles botam na água? Cepacol?

E até agora não entendi o porquê daquele auditório todo ter aplaudido o coral, que, por, sinal estava mais pra companhia de dança! Foi tudo tão constrangedor, a música, a coreografia… Enquanto eles se remexiam ao som de Push it, o silêncio em volta era tão intenso que teoricamente poderíamos ouvir um lápis caindo no chão. Bom, a única explicação plausível é que talvez a escola seja tão repressora (alguém viu essa repressão toda?) que qualquer atitude mais rebelde mereça tantos aplausos.

Não me entenda mal, eu gostei do segundo episódio. Mas todos os erros que ficaram um pouco mascarados no piloto, com o retorno da série saltaram aos olhos travestidos de rosa pink!

Os últimos acontecimentos na vida do casal Will e Terri fizeram eu me sentir completamente enganada pela Fox. Ou, mais exatamente, pelas propagandas da Fox. Os vídeos que vimos de julho pra cá levavam a crer que Terri seria uma maníaca dominadora e paranóica, controlando a vida de Will e mentindo a torto e a direito. E o que se viu não foi bem isso.

Se, num primeiro momento, Terri realmente tentou manipulá-lo para conseguir a casa que tanto queria, diante da não existência da sua gravidez ela voltou atrás. E, embora ela não tenha contado ao marido que não estava grávida, a verdade é que ela tentou. E, convenhamos, não deve ser nada fácil se desapegar de um sonho como esse da noite pro dia. Claro que ela deveria ter contado a Will, mas pelo menos voltou atrás em todos os seus delírios de consumo.

Mas a verdade seja dita, esse tipo de manipulação do telespectador via propaganda enganadora já está virando fórmula. Tenho certeza que todos que assistem Grey’s Anatomy lembram de vários exemplos, como a cena clássica de Meredith, Izzie e Yang tomando banho… Cena que, é claro, não passou de um sonho do George.

Quanto a Will, esse continua um banana. Mas acho que é esse o papel dele na série, certo?

Não me entenda mal, eu gostei do segundo episódio. Mas todos os erros que ficaram um pouco mascarados no piloto, com o retorno da série saltaram aos olhos travestidos de rosa pink!

Na próxima semana, seguimos com a programação normal. Reviews mais objetivas e com fotos do episódio… E sem rosa pink!

*Embora rosa e pink signifiquem exatamente a mesma coisa, a expressão ‘rosa pink‘ tem sido usada na moda pra denominar o rosa mais forte, fosforecente… o pink!


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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