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Glee – 2×05 The Rocky Horror Glee Show

Por: em 1 de novembro de 2010

Glee – 2×05 The Rocky Horror Glee Show

Por: em

Episódio que separou mais ainda o já tão dividido público de Glee: de um lado os fãs incondicionais de The Rocky Horror Picture Show, que dizem que as adaptações de Glee foram mal feitas e/ou que a idéia central do filme não foi mostrada; de outro os fãs do filme que acharam as alterações boas e necessárias considerando que Glee contaria com menores de idade interpretando os personagens; de outro ainda as pessoas que não conheciam o filme, procuraram e se interessaram por causa de Glee; e finalmente, pessoas que odiaram o episódio e nem pensam em ver o filme. Qual o seu lado, leitor?

Eu vi o filme há alguns anos atrás, na casa de um amigo viciado em musicais, e na época eu não consegui captar a mensagem dele. Lembro que fiquei com a impressão de ter visto a história mais sem sentido da minha vida, e não procurei mais informações na época por sentir um pouco de vergonha por não ter entendido o conceito ao qual ele se inseria. Foi necessária essa releitura de Glee para que eu assistisse novamente e hoje (finalmente, eu sei, demorou) eu pudesse comentar com vocês que, aos meus olhos, esse episódio é histórico em Glee.

O episódio começa com Quinn e Santana mostrando sua boquinha cantando a abertura do filme: Science Fiction Double Feature. A mistura das vozes das meninas foi perfeita, ao ponto de não conseguir identificar qual delas canta quando. Suspeito que a Santana cante a maior parte da letra e o refrão seja a parte da Quinn.

Então o trechinho de There’s a Light cantada por Rachel e Finn, em uma versão que ficou mais romântica do que a original, foi interrompido por Carl, indignado com Mr. Schue por ciúmes de Emma. Óbvio que os motivos de Mr. Schue para apresentar Rocky Horror com o GleeClub não eram os mais nobres, mas atire a primeira pedra quem nunca fez algo idiota para se aproximar de alguém que gostava.

Damn It, Janet, cantada por Rachel e Finn foi ótima. Kurt, Mercedes e Quinn fazendo  coro para os dois foi uma adaptação interessante da cena do filme. E Cory me surpreendeu positivamente dessa vez: ele fez um Brad muito autêntico! A insegurança de Finn por causa da cena de cueca foi meiga, mas não foi condizente com o Finn que conhecemos desde o início da série.

Mais uma vez Becky roubou a cena com a sua fantasia de Halloween e com seu anti-heroismo. Uma mini-Sue perfeita que armou contra a verdadeira Sue! Os dois plots do noticiário local apresentados por Sue foram incríveis, ela é que devia ser Frank-N-Furter, e a cen dela esculpindo a abóbora? Adorei, sou cada vez mais fã da Sue.

Dr. Carl mostra o seu Eddie cantando Whatever Happened to Saturday Night Hot Patootie, numa versão mais alegre do que a original me fez dançar junto com eles. Mercedes e sua voz potente e maravilhosa, fez uma versão muito sexy de Sweet Transvestite, eu não esperava nada diferente disso, mas admito que me decepcionei por não ver um dos meninos como Frank-N-Furter.

E a grande surpresa de episódio: Emma cantando Touch-a Touch-a Touch Me, no papel de Janet. É impossível não comparar a voz de Emma e Rachel com a voz de Susan Sarandon, e Emma sai disparado na frente: além dos trejeitos similares de Emma e Janet, a voz de Emma ficou muito próxima de Janet nesse trecho do filme. Santana e Brittany como Magenta e Columbia foram brilhantes, elas só apareceram por alguns segundos em cada trecho, mas foram perfeitas!

Time Warp, com duo de Quinn e Kurt, foi a cereja do bolo. Tive medo que logo a melhor performance do filme fosse estragada pela falta de figurantes em Glee, mas não, eles souberam adaptar e muito bem. O episódio realmente pode parecer deslocado, não conta quase nada da história do musical original, mas isso porque esse filme não é tão conhecido para nós, brasileiros. Então, antes de criticar Glee sobre esse episódio, assista ao filme, e depois reassista a versão de Glee.

É fácil se envolver com um musical que não saia de sua zona de conforto, é fácil entender e gostar de HairSpray, Evita, Chicago, Moulin Rouge. E aí é que Glee tornou esse episódio marcante em sua história, The Rocky Horror Picture Show é exibido em sessões da meia noite por cinemas e teatros desde sua estréia na década de 70. E essa cultura, de abrir a mentes da pessoas para o inusitado e de incluir os diferentes, que Glee profetiza desde seu início, fica evidente e perfeita em episódios como esse.

Eu fiquei querendo assistir uma versão completa de Rocky Horror by Glee.


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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