Heather Morris mostrou a que veio, deu um show de dança e interpretação e me fez cantar junto sempre que esteve em cena! Não tenho dúvida em afirmar que esse episódio está entre os meus favoritos de Glee. Depois de toda a expectativa criada por muito se falar dele – antes mesmo de começar essa nova temporada, o episódio já era comentado – admito que tive medo de me frustrar.

A verdade é que falta adjetivos pra definir o quão maravilhoso foi. Não consigo mensurar ao certo se gostei mais de Britney/Brittany ou The Power of Madonna, e nessa competição admito que sou fã de carteirinha de Madonna e de Britney não sou tão fã assim. Esse é mais um mérito para Britney/Brittany: conquistou até quem não é fã da princesinha do pop.

O que justificou a presença de Britney no episódio foram os sonhos/alucinações dos integrantes do GleeClub que estavam sob efeito de uma anestesia na cadeira do dentista. Sendo esse dentista o tão famoso namorado de Emma que deixou Mr.Schue louco de ciúmes. Adoro todo esse drama de amor não resolvido entre os dois. Eu torço muito por esse casal, mas admito que esse dentista, Carl, balançou as minhas preferências.

Esse artifício escolhido pelos roteiristas/produtores para inserir Britney e versões de músicas dela como alucinações dos participantes do GleeClub foi genial. Ela se manteve sendo a diva inspiradora deles e não precisou interpretar nenhum personagem secundário e sem sentido para aparecer no episódio com eles! Será que esse mesmo método vai ser usado para o caso de outros músicos famosos aparecerem no seriado?

Entre as músicas que foram alvo das alucinações estão I’m a slave 4 U, onde Brittany dança com uma cobra, com crianças, com bailarinos e com Carl – o dentista, usando figurinos (deslumbrantes) inspirados em vários clipes de Britney. Depois Me against the music, uma versão de Santana como Madonna e Brittany como Britney cheia de bailarinos e insinuações. Na sequência, a versão de Rachel para Baby one more time, com praticamente todas as cenas iguaizinhas ao clipe original da música, com direito até a linguinha aparecendo! Então é a vez de Artie cantar Stronger, e foi épico: meninos vestidos de jogadores de futebol americano dançando com ele, e no final, o olhar dele pra Tina, que assistia da arquibancada.

Independente dessa escolha, de fazê-los alucinar com Britney, aos meus olhos a melhor versão de todas neste episódio foi a de Toxic: justamente a que eles não estavam alucinando. Eu não consegui piscar durante a execução da coreografia, e toda a excitação dos alunos do McKinley High fez muito sentido pra mim. Eu, sentada naquela arquibancada, gritaria junto! Espero que com essa apresentação e com todo o furor que eles causaram, mais alunos se candidatem e participem do GleeClub.

Kurt e Santana também tiveram papéis fundamentais nesse episódio: ele por insistir com Mr. Schue para cantar músicas de Britney e ela por “pedir pela anestesia” junto com Brittany e então fazer uma versão perfeita de Me against the music. Achei um tanto injusto Kurt não ter seu próprio solo com alguma música de sua diva inspiradora, além de ter uma participação secundária na única música dela feita pelo GleeClub. Ainda espero que essa injustiça seja reparada nessa temporada.

O episódio bateu recorde de audiência e esteve no topo dos trending topics do Twitter por muito tempo e eu não consigo achar outro motivo que não esteja diretamente vinculado a ela: Heather Morris estava linda, deslumbrante, sexy, dançando divinamente, e interpretando como ninguém. As tiradas de Brittany são sempre ótimas:

”I was pretty sure Dr. Pepper was a dentist.”

”This room looks like that one spaceship where I was probed.”

”Can you please not pull all my teeth? When I smile, I’ll look like an adult baby, but with boobs.”

“Finn can fly?”

Foi um episódio com poucos conflitos, se pensarmos naqueles conflitos “de sempre”: Beiste e Sue nem se encontraram, e Beiste mostrou seu lado mais humano aceitando Artie no time. Kurt teve seu momento de explosão com Mr.Schue, por querer cantar Britney; se fosse possível gostar mais ainda de Kurt, depois dessa cena eu gostaria. Outro conflito fora do comum foi a volta de Terri, para reafirmar que ainda quer voltar com Will, reforçou a imagem de mulher maluca. Mas o conflito de sempre Sue vs. Will aconteceu quase no fim do episódio e Sue fez uma das melhores ameaças que ela já fez na história de Glee: Ela ameaçou processa-lo e tirar todos os bens dele, até sua vasta coleção de coletes, considerando que ele deva ter “mais coletes que o elenco de Blossom”.

No finalzinho, Rachel pede que Quinn teste a fidelidade de Finn, e então acontece uma das cenas mais meigas do episódio. Ele realmente gosta dela, e deixou bem claro. E a única versão não-Britney do episódio – The only exception, Paramore – foi linda demais, não consegui segurar as lágrimas.