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Glee – 3×06 Mash Off

Por: em 16 de novembro de 2011

Glee – 3×06 Mash Off

Por: em

Tobias:

Depois do excelente The First Time eu já me perguntava o que os produtores de Glee fariam para manter o nível da trama. Ao começar a assistir esse sexto episódio, minha decepção crescia a cada instante, restava alguma esperança de que nem tudo estivesse perdido – afinal, a performance do mash-up com músicas da Adele já tinha vazado, e coisa boa viria por aí. Mas apenas nos últimos instantes o episódio conseguiu apresentar algo sólido e que poderá dar rumo à trama.

Eu me pergunto: por que esse retrocesso na história? Ora, vamos combinar que a série teve um ganho considerável de qualidade a partir do momento que Finn perdeu seu destaque. Os personagens secundários cresceram e Glee cresceu de maneira consistente dentro de seus limites. E agora, eis que o tão controverso Ryan Murphy resolve que o garoto deveria voltar a ser o centro das atenções, fazendo o papel de conciliador e bom moço.

Se ao menos Cory Monteith tivesse uma atuação no mínimo aceitável, quem sabe as coisas poderiam ser um pouco melhores. Não sou dos maiores fãs do garoto, admito, mas isso não tem a ver com gostar ou não do personagem, é questão de perceber que ele simplesmente não segura as pontas. A atuação exagerada, falta conexão com as histórias centrais, nada colabora para um melhor desempenho.

Outra que está mais perdida do que nunca é Sue. O que fizeram com nossa tão amada vilã? Ok, seu lado cômico ainda está presente, mas não consegue mais nos cativar. Pelo contrário, me cansa em alguns momentos. Por mais que uma produção tenha sua licença poética, é um tanto contraditório que um candidato cresça nas pesquisas a partir de ofensas infundadas de um adversário, e que alguém se use de um terceiro, expondo particularidades de sua vida para fazer anúncios na mídia. Em alguns momentos, a verossimilhança faz muita falta em Glee!

Rachel é outra que já não é a mesma de outros tempos. Por vezes torna-se contraditória. A personagem continua sendo uma das melhores da série, mas em algum momento se aproxima da antiga Rachel, a egoísta, com um ego gigante; enquanto em outros momentos são características mais humanas, como por exemplo, na belíssima – tenho que admitir – cena em que ela se desculpa com Kurt. A amizade dos dois está sendo um dos pontos fortes da temporada.

Kurt merece um comentário a parte: nunca gostei do personagem, da atuação de Chris Colfer, nada! Pra mim ele era um dos que deveriam desaparecer da série sem fazer falta. Suas tramas estavam saturadas e nada mais atraía. Mas as reviravoltas dessa terceira temporada mudaram completamente o jovem, e Kurt passou um dos mais atrativos e mais, o único que parece pensar na série. Claro, às vezes alguns exageros são propositais, para deixarem mais claras as lições de moral. Mas Kurt passou a ser um adulto, se comportar e ter atitudes como tal. Ponto super positivo para Kurt Hummel.

Agora eu me pergunto: quanto à eleição de presidente estudantil, vão optar pelo lado fácil, levando Brittany à vitória, o que poderia ser divertido, mas, mais uma vez, distante da realidade, ou Kurt com suas propostas substanciais e que tem algo a acrescentar? Se ele for o vitorioso, Glee poderá tentar apostar numa construção mais humanista da escola. Claro que ele não pode mover o mundo, mas pode deixar tudo mais verossímil (e eu preciso frisar essa palavra). Uma atitude memorável foi a que Rachel tomou em relação a sua candidatura.

O romance entre Puck e Shelby está crescendo e eu estou apostando alto neles. Afinal, essa história tem muitos pormenores a serem abordados. O amor professor-aluno, a incansável briga de Quinn pela guarda de Beth… enfim, tópicos é o que não faltam. Algo que, apesar da hora certa já ter passado, pode me agradar, é a retomada das relações entre Rachel e Shelby, as duas tem química, combinam em cena. Quero vê-las mais e mais.

Deixando para o final o que realmente interessa: Santana. Há algum tempo eu já me perguntava quando tempo eles demorariam em ir a fundo nessa história, afinal, tudo ainda estava muito superficial, e eles aguardavam o momento certo para dar o ponta-pé inicial no desenrolar dessa trama. Tenho que admitir que foi num excelente momento, afinal, se não fosse por isso, pra que teria servido esse episódio? Para ouvirmos o excelente mash-up de Rumour Has It/Someone Like You? Só isso mesmo. Quanto a esse mash off, só uma pincelada, quando o New Directions se apresentou e eu já sabia da performance do Troubletones, tive vontade de rir. Ficar no chinelo é pouco, e as Sectionals vem aí. É melhor correr, Sr. Schue!

Agora Glee só volta daqui a duas semanas, com o episódio I Kissed a Girl. O promo você confere ao final do post, mas parece que vem mais confusão por aí (e Blaine não vai cantar a música da Katy Perry!). Contagem regressiva: faltam quatro episódios para o Damian voltar para a Irlanda. E a pergunta que não quer calar: por que as garotas ainda usam seu uniforme de líderes de torcida, se não há mais as Cheerios?

Luana:

Ao contrário do Tobias (e talvez de muitos espectadores), gostei muito do episódio desta semana e, ao contrário do que esperava, não achei o mash off de Adele o melhor número musical do episódio. Gostei bastante, mas acho que esta semana tivemos mais interpretações com a mesma qualidade. Esperava, confesso, bem mais da performance #300 de Glee.

Mash Off já começou muito bem com Hot For Teacher, liderada por Puck e com direito a dancinhas de Blaine e Mike. Mesmo não sendo meu estilo favorito de música, bati palmas pro grupo masculino. A versão foi extremamente bem produzida, bem coreografada, bem ensaiada e bem apresentada. Não faltou nada. E, justamente por não faltar nada, arrisco dizer talvez tenha sido minha preferida do episódio.

O mash off de Shelby e Will, Yoü and I / You and I conseguiu me fazer lembrar o quanto eu gosto de ver Matthew Morrison cantando. Me apaixonei pelo cantor que ele é quando, na primeira temporada, ele subiu sozinho com seu violão no palco e nos presenteou com Leaving on a Jet Plane, e eu estava sentindo falta disso ultimamente. Idina Menzel nem precisa de comentários, não é segredo pra ninguém que a considero uma das melhores artistas de musical da atualidade.

Hit Me with Your Best Shot / One Way or Another foi, ao meu ver, a música menos necessária deste episódio. Tenho que ressaltar que gostei muito do número, mas acho que aconteceu o mesmo que com Blaine cantando Last Friday Night (T.G.I.F.) em Pot o’ Gold: acabou se perdendo no meio de tantas performances muito bem feitas. Como, por exemplo, I Can’t Go for That (No Can Do) / You Make My Dreams, o mash off do New Directions. Voltamos, com ele, a ver Tina, Finn e Rory cantando. E eu gostei muito! Gostei tanto que, mesmo tendo achado Rumour Has It / Someone Like You muito bem apresentada pelas Troubletones, se eu fosse jurada dessa competição etre os dois grupos, creio que não escolheria o grupo coordenado por Shelby.

Confira abaixo o promo do próximo episódio, I Kissed a Girl:


Luana Lied Zapata

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: The Vampire Diaries

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