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Glee – 3×14 On My Way

Por: em 23 de fevereiro de 2012

Glee – 3×14 On My Way

Por: em

Tobias:

What doesn’t kill you makes you stronger

Acho que nunca antes um episódio de Glee passou tão rápido. Quando eu percebi já tinha acabado! E isso se deve principalmente ao fato de eu ter passado boa parte do tempo completamente indignado e estarrecido com a situação que se desenhava.

Quando eu percebi as intenções do Karofsky, fiquei sem reação, e como Ryan Murphy adora causar e o promo prometia “mudar a forma como enxergamos a série”- o que já me deixou apreensivo, o pior parecia inevitável, e eu estava realmente muito indignado. Sempre simpatizei com o ex-jogador, ele é o tipo de personagem que a gente ama odiar. E como vocês sabem, eu acho que ele é o amor da vida do Kurt (não me matem fãs do Blaine). Aí quando mencionaram que o pai dele tinha chegado a tempo, fiquei aliviado (mal sabia que outra possível tragédia se aproximava). Por sinal, aquela angustia do pai dele tentando reanimá-lo me deixou com o coração na mão.

E a série mais uma vez tocou num assunto delicado, uma das piores facetas do preconceito. Já mencionei em outras ocasiões que a produçãose sai melhor ao abordar assuntos relacionados a sexualidade, chegando, em alguns momentos, a incomodar devido ao exagero. Mas são questões muito pertinentes, e eu nunca imaginava assistir uma tentativa de suicídio de um dos personagens. Karofsky está vendo o outro lado da moeda, já que sofre exatamente o que ele causou ao Kurt. Só que Kurt conseguiu dar a volta, sentir-se seguro, e ele não teve a mesma sorte, seus sentimentos suprimidos acabaram o consumindo, e a falta do apoio familiar (como ele disse, sua mãe o tratava como um doente que podia ser curado) foi a gota d’água. Não resistindo a pressão, ele acabou se deixando levar pelo caminho “mais fácil”.

Eu acho que poucas vezes a série retratou tão bem e convincentemente um assunto. As Regionais foram completamente secundárias, e isso não foi um erro. Só o que me deixou levemente irritado foi a “conversão” de Sebastian. Confesso que eu esperava ver suas maldades por mais tempo. A situação foi propicia, mas esse traço de sua personalidade fará falta, já que Glee está transformando todos os seus personagens maus-caracteres em “bonzinhos”.

Quanto as Regionais em si, aconteceu o óbvio: New Directions venceu, afinal, se assim não fosse, não teríamos continuação da temporada. Todos os grupos foram muito bem, e até dos Warblers eu gostei. Como eu disse acima, a competição foi apenas pano de fundo para a excelente história do episódio.

Sue está definitivamente grávida! E até onde isso pode ir eu não ser. O mistério agora é quem é o pai. Acredito que não seja alguém do elenco regular, pois não faria sentido (só se for o diretor Figgins – mas eu prefiro não acreditar nessa hipótese, simplesmente porque seria MUITO estranho). Gostei de ver que agora ela vai tentar ajudar Will e parar de tentar destruí-lo. Há uma esperança ao final do túnel de que a personagem volte a ter a relevância de outrora. We miss you, Sue Sylvester!

Finn e Rachel estão cada vez mais apressados com o casamento. Em vias de iniciar a cerimônia, foi engraçadíssimo ver os planos mirabolantes dos pais da garota, que por sinal, tem um incrível timing cômico. Por mim deveriam entrar pro elenco fixo, acrescentam boas pitadas de humor.

E tudo corria para um encerramento, depois de uma boa dose de angústia quando veio a cena final e… eu nem sei o que dizer, sinceramente. Quinn sempre foi controversa, dividia minhas opiniões em grande parte do tempo, mas de um tempo pra cá – desde que ela abandonou aquela rebeldia sem sentido – a personagem me agradava mais do que nunca. Há alguns episódios percebíamos o clima de despedida, mas eu acreditava – e ainda acredito – que seja porque ela nos deixará na quarta temporada, depois da formatura. Mas agora a possibilidade de um desfecho catastrófico surgiu, e não podemos ignorá-lo. Vai ser um tremendo choque, que eu como espectador nunca pensei presenciar assistindo a série, se presenciarmos a morte de Quinn.

Eu estava definitivamente atordoado, não esperava esse acontecimento, e a mensagem que ela enviou antes do acidente – casualmente o nome do episódio – me deixou mais perplexo. Esse é o tipo de reação que eu tenho vendo séries como Grey’s Anatomy, que constrói dramas como nenhuma outra, mas tenho que admitir que pouquíssimas vezes Glee conseguiu ser tão dramática e profunda. Talvez por mexer com personagens queridos, não sei, mas “On My Way” foi ímpar.

Já estava bem satisfeito com essa terceira temporada, com episódios que remetem aos melhores tempos da produção e que, mesmo com apenas quatorze episódios exibidos já supera e muito o nível da segunda, e agora estou convencido de que há esperanças, e que os produtores ainda sabem o que estão fazendo. Pra mim, estamos diante do melhor episódio já feito por Glee.

O pior disso tudo? Agora teremos que esperar S-E-T-E semanas até vermos o desfecho de tudo isso. Com um winter finale aprovadíssimo, ficamos no aguardo de que não vejamos a qualidade desandar.

Nos vemos em abril. Até lá, com o coração na mão.

 

Bruna:

É normal que os episódios de Regionais sejam emocionantes. Nós fãs já estamos acostumados a aguardar por esses episódios com muita ansiedade. Esse episódio não fugiu à tradição. Foi um episódio muito especial para a trama de Glee. Não há quem diga que a história não andou. Foi um episódio com muita história e com músicas ótimas, então vamos ao que interessa.

Começando com o pé direito, Blaine interpreta Cough Syrup (Young the Giant) lindamente. Meus olhos marejaram. A forma como as cenas intercalaram com o desespero de Karofsky em sua tentativa de suicídio fizeram a música ficar ainda mais emocionante. Foi de longe a música que mais gostei no episódio todo.

As músicas apresentadas para as Regionais começaram com 2 performances dos Warblers e não pude evitar a sensação de voltar a temporada passada quando Kurt ainda cantava com eles e a cada episódio apareciam obrigatoriamente uma ou duas performances. Admito que nunca fui grande fã do estilo deles. Achei legal o contexto do Sebastian querer se redimir pelo fora que deu em Karofsky e tal, mas como o estilo dos Warblers é sempre o mesmo, segui achando sem sal ambas as músicas deles: Stand (Lenny Kravitz) e Glad You Came (The Wanted). Logo na sequência veio aquele madrigal Golden Goblets que teve apenas alguns segundos de música, ou seja, nem deu pra reparar direito.

Então o New Directions aparece completo (com a adição de alguns figurantes) cantando Fly/I Believe I Can Fly. Não é o estilo de música que geralmente me agrada mas pra começo de apresentação foi uma boa escolha. Deu vontade de levantar e dançar junto. Logo depois começou What Doesn’t Kill You (Kelly Clarkson) interpretada pelas meninas. Foi uma boa versão, animada e dançante. E pra finalizar, Rachel cantou seu solo: Here’s To Us, obviamente dedicado a Finn. Uma música linda que combinou super bem com a voz dela. Esse foi um episódio memorável que deixou uma expectativa gigantesca sobre a continuação da história. Sete semanas é muito tempo!

E pra finalizar, hoje me despeço das reviews de Glee. Agradeço a hospitalidade de vocês leitores e do Tobias que dividiu o espaço. Em abril quem volta a falar das músicas nas reviews de Glee aqui do Apaixonados por Séries é a minha colega e amiga Luana. Quem quiser seguir lendo minhas reviews, fique ligado em Californication! =)


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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