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Glee – 3×15 Big Brother

Por: em 11 de abril de 2012

Glee – 3×15 Big Brother

Por: em

Tobias:

Calma aí, o episódio14 terminou mesmo da forma que eu me lembro?

Viemos de um episódio com uma intensa carga dramática que culminou com um dos finais mais chocantes que os produtores de Glee já nos apresentaram. Mas então, com “Big Brother” fiquei com a impressão de que faltou coragem e bom senso.

O mínimo que eu esperava é que eles continuassem a trama e tivéssemos grandes momentos de tensão com o desenrolar da história do acidente da Quinn, mas eis que eles já nos mostram ela bem, mas numa cadeira de rodas, e cheia de didatismo. Sinceramente, Ryan Murphy, eu esperava muito mais!

Tudo foi tão sucinto, tão utópico, que eu tinha vontade de parar de ver o episódio a todo instante. Tivemos sim, alguns bons momentos, mas esse plot do acidente foi uma grande decepção. Jura que eles quiseram passar alguma mensagem dizendo frases do tipo “enviar sms enquanto dirigia foi a maior besteira que eu já fiz na vida” “hoje é o dia mais feliz na minha vida”? Me poupe! Eu até entendo que eles queiram deixar essas lições ao público, mas não soa natural. Pode ser que eles estivessem com medo de se direcionarem mais pro drama e preferiram partir pro pastelão pra manter as características cômicas, mas eles tinha se saído tão bem no episódio antecessor que deveriam ter ousado, ter levado ao telespectador sensações inéditas ao verem a série. Ficou só no sonho.

Tenho que reiterar o que já disse em outras vezes: não suporto quando os personagens saem cantando do nada, substituindo os diálogos por canções. Simplesmente não suporto, e nesse episódio tivemos uma overdose disso com Blaine e os duetos de Quinn e Artie.

Matt Bomer (de White Collar) estava excelente em cena, e protagonizou os momentos mais divertidos, como as dicas para ser um bom ator e a encenação de NCIS. Só que o Blaine não me convenceu. Ok, tenho um pouco de birra com o Darren Cris, mas tudo pareceu tão insuportavelmente chato quando ele aparecia em cena com aquele jeito de irmão magoado. Não sei se faltou maior conexão em cena, mas não me agradou.

O dia de folga dos formandos poderia ter sido melhor aproveitado. Poderia ter rendido situações muito interessantes. E agora voltamos ao mimimi de sempre, Finn e Rachel estão em crise e acha porque ele acha que ela só pensa em si (demorou pra perceber, hein?). Mas se ele realmente a ama tanto, não deveria pensar em ir pra Califórnia pelo publico que ele poderia atender, não? E além do mais, ele sempre soube que ela queria NY. É por essas e outras que eu já não quero os dois juntos. Muito lenga-lenga.

Já alguém que melhorou, e muito, foi Sue. Depois de muito rodar sem rumos na história, a personagem parece estar reconquistando seu espaço. Não pensei que a gravidez poderia ser tão interessante para a personagem, que voltou a ser ácida e protagonizou bons momentos treinando o coral. Roz continuou excelente, mesmo com pequenas participações ficas evidente que ela deveria ser mais bem aproveitada. Apesar de se assemelhar bastante com a velha Sue, ela trás nuances únicas à interpretação.

Outra excelente cena foi a interação de Becky com Sue, pedindo para que ela treinasse a paciência. Já disse milhões de vezes como as duas se completam, há uma forte ligação entre as duas, e a nós espectadores, é passada muita verdade. Acho até que a treinadora das Cheerios deveria adotá-la, já que não creio que a gravidez dela deva ir muito adiante.

Enfim, achei o episódio bem mediano, esperava muito, muito mais. Me decepcionei, mas não consigo não ficar ansioso pelo Saturday Night Glee-ver!

Vejo vocês na próxima semana, espero que mais satisfeito.

 

Luana:

Blaine, Blaine, Blaine… Eu aqui com saudade do povo de Glee cantando e o episódio de retorno foi praticamente só ele. Veja bem, acho que Darren Criss tem uma das melhores vozes do grupo e dança pra caramba, mas satura ver tanta música sendo interpretada por ele na série. Confesso que gostei bastante do mash-up Hungry Like the Wolf / Rio (Duran Duran) interpretado pelos irmãos Blaine e Cooper Anderson, mas ainda assim fiquei sentindo falta de algo mais nesse episódio. Somebody That I Used to Know (Gotye) não me chamou a atenção em nenhum sentido, foi uma música que quase passou despercebida, e Fighter (Christina Aguilera) despertou um pouco da minha vergonha alheia por Blaine.

Fora os irmãos Anderson, tivemos Quinn e Artie fazendo duetos que tinham tudo pra dar certo mas acabaram ficando mornos. I’m Still Standing (Elton John) poderia ter sido ótima, mas Quinn precisa de músicas fofas, ela não serve pra músicas que precisam “levantar a galera”. Up Up Up (Givers) teria ficado melhor, por exemplo, se tivessem feito todos cantarem nesse momento. As cenas foram ótimas, mostrando Quinn e Artie tendo seu Senior Ditch Day diferenciado enquanto o resto do povo se divertia nas montanhas-russas, acho que podiam ter aproveitado as vozes de todos também.

Enfim, Big Brother pode ter tido um roteiro bom pra média da série, adorei ver a Sue voltando a ficar interessante já que está grávida de uma filha que provavelmente terá Sindrome de Down, Quinn não aceitando a cadeira de rodas ou Rachel caindo na real em relação a Finn, por exemplo, mas musicalmente o episódio foi bastante parado, ao meu ver. O melhor número da semana? Com certeza o jingle do comercial interpretado por Cooper. Boto muita fé no próximo episódio, recheado de canções do clássico Saturday Night Fever (Os Embalos de Sábado à Noite).


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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