Tobias:
Glee gosta de abordar temas polêmicos, mas dessa vez pareceu muito superficial. Forçado.
Beiste sempre foi uma personagem muito querida, unânime, e apesar de aparecer muito pouco, normalmente possui dramas mais densos, em “Choke”, porém, não me convenceu. Não totalmente. Eu até consigo entender que ela sempre passou por muitas dificuldades, sempre sofreu preconceitos, e encontrou em Cooter o seu porto seguro, mas não esperava que, ao final, ela fosse perdoá-lo sem mais nem menos. Pode ter sido pela carência, pelo medo de não encontrar outra pessoa, mas esse desenrolar não me agradou. Se queriam nos dar uma lição de moral, então que denunciassem às autoridades, afinal, violência domestica não pode passar impune! U esse fato será – inacreditavelmente – esquecido, ou poderemos ter um desenrolar trágico nessa história. Nem sei o que esperar, mas não quero que fique por assim.
Por sinal, a introdução ao tema foi um tanto quanto surreal, não? Faltou um pouco mais de verdade, de realidade. E sem contar que por estarem no último ano, as garotas foram um pouco infantis na escolha da música, não? Ok, sexys que só elas, mas qualquer um poderia perceber que elas estavam completamente equivocadas, até mesmo a Brittany teria pensado numa musica mais adequada.
Um ponto contra Glee é esse fato de que os personagens surgem e desaparecem conforme a necessidade. Não estou pedindo que todos tenham destaque sempre, mas é uma escola, uma ambiente limitado, Beiste, por exemplo, ficou um tempão sem aparecer, nem sequer como coadjuvante. Tina era figurinha de luxo, rápidas e inúteis aparições, Mike, depois de ter um merecido destaque no inicio da temporada, voltou ao esquecimento. Rory não ficou atrás (mas esse nem faz falta). Sugar foi outra que voltou a aparecer (para nossa alegria!). Agora está acontecendo com Quinn, todo o – excelente – drama construído no episódio 14 foi por água abaixo, com a personagem voltando completamente volátil e desaparecendo quando conveniente. Ryan Murphy precisa entender que ninguém toma chá de sumiço. Como assim os membros do coral ficam um tempão sem ir aos ensaios e ninguém se manifesta? Eu, hein. Um pouco de coerência faz bem e todo mundo gosta.
A tão aguardada audição para NYADA finalmente chegou, e com a participação mais que especial de um dos maiores ícones do cinema: Whoopi Goldberg! Kurt se saiu bem e Rachel nem tanto. Sim, foi inventivo por parte do garoto arriscar, mas como assim Rachel esqueceu a letra de Don’t Rain On My Parade? Chega a ser inacreditável e inaceitável. Se tem algué que nunca esqueceria a letra de uma canção, esse águem é Rachel. E justo no dia mais importante de sua vida! Fiquei comovido com a personagem, nem ela e nem nenhum de nós esperávamos essa possível reviravolta em sua vida. Claro que ao final algo deve reverter esse fato, mas até lá, ficaremos angustiados.
Falando nisso, parece que os planos de todos começaram a desandar. Primeiro Quinn, agora Rachel e Puck. Ah, por falar no garoto, foi outra storyline sem graça. Cantar a professora para ser aprovado? Que desespero, hein! E o pai dele ainda aparece e desaparece num passe de mágica… Coisas de Glee. Já disse o quanto detesto que os personagens saiam cantando sem mais nem menos, né? Então nem preciso comentar que tive que passar a música quando eles estavam estudando. Não sou obrigado a ouvir que chove na planície na Espanha.
Na próxima semana teremos o último baile dos garotos (confira o promo ao final)! Lembram-se do episódio da temporada passada? Pois foi espetacular, e eu não estou esperando menos desse.
Que sirva para afastar esse declínio pós-On My Way.
PS: Roz segue excelente em cena!
PS 2: A narração inicial da Rachel foi o momento mais engraçado do episódio!
Luana:
A quatro episódios da season finale, Glee finalmente está começando a dar as direções do que vai acontecer com cada um dos seus personagens. Em Choke, a parte musical serviu para sublinhar esses dramas e essas escolhas, mas nem todas me agradaram. The Music of the Night (do musical The Phantom of the Opera), interpretada por Kurt como opção de música pra sua audição para o NYADA, quase me fez dormir. Podia até ser uma escolha extremamente segura cantar essa peça, mas vibrei demais quando ele disse que iria arriscar e deu um show sensacional com Tina, Mercedes e Brittany cantando Not the Boy Next Door (do musical The Boy from Oz). Palmas para o comentário do personagem da Whoopi Goldberg.
Puck recebeu um pouquinho mais de atenção esta semana, e eu continuo não entendendo porque, ao invés de dar uma canção pra cada um, Ryan Murphy embesta com um personagem por episódio e faz com que a gente canse dele. Claro que o menino ficou com apenas duas, mas School’s Out (Alice Cooper) foi totalmente desnecessária, e The Rain in Spain (do musical My Fair Lady) ficou tão deturpada que eu tive vontade de mandar um e-mail pra xingar a pessoa que fez essa péssima escolha musical.
A performance de Cell Block Tango (do musical Chicago), por Mercedes, Tina, Santana, Sugar e Brittany, ficou muito legal. Adorei ver as meninas interpretando essa peça, mas confesso que enquanto elas cantavam eu estava bastante incomodada com o contexto. Assim como a treinadora Roz, fiquei muito chocada e ofendida com a escolha musical delas. Depois, quando elas entenderam direito a tarefa que a Sue e Roz tinham lhe passado e cantaram Shake It Out (Florence + the Machine), quase chorei. Acho que foi a mais linda do episódio. Pra terminar, Rachel conseguiu nos emocionar mais um pouquinho com Cry (Kelly Clarkson) e todo o seu drama profissional.
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3×19 “Prom-asaurus”
