Tobias:

É episódios como esse que eu espero de Glee!

Depois de todas as ressalvas que eu tive com o episódio de semana passada, este veio para me lembrar dos bons momentos da série. Sim, eu esperava mais, já que o prom do ano passado foi muito empolgante (principalmente pela parte musical). Confesso que nos minutos iniciais eu não curti muito o que estava vendo, mas o desenrolar foi tão intenso e o final tão bacana de se ver que o saldo pendeu – muito – para o lado positivo. O maior mérito de “Prom-asaurus” foi não ter sido forçado, apesar de todas as suas irreverências, tudo fluiu muito naturalmente.

Começando pelas tiradas cômicas da Brittany e da Becky, as duas brilharam e mostraram o melhor do lado cômico da série. Já estava até com saudades das suas frases rápidas e sem nexo e de suas justificativas sem-pé-nem-cabeça e, é claro, suas ideias únicas, como o tema do baile ser “dinossauros” por inspiração bíblica. É dessas piadinhas leves, sem constrangimentos e verdadeiramente engraçadas que, em alguns momentos, Glee fica devendo, mas aqui foram todas muito bem colocadas.

Becky, então, ganhou ainda mais meu coração. Fofa e revoltada que só ela, querendo de todo jeito ser a rainha, e não é que conseguiu? E de uma maneira surpreendente, e que só acresceu ainda mais da historia. Estava na hora de vermos esse Puck mais humano, mais sensível, e ao dar esse apoio para a jovem garota, ganhou pontos comigo. Até a Sue voltou a ser – ainda mais – a velha e boa treinadora que conhecemos e amamos.

Mas vamos combinar que aquele anti-baile estava um porre, não é mesmo? Fui só eu que me assustei quando a Rachel saiu do banheiro, porque ela estava muito, muito linda!

O clima de despedida ficou ainda mais evidente. Não temos muita noção de quem sai e quem permanece no elenco, mas até os rostos menos evidenciados farão falta. Afinal, a gente sempre conviveu com série e esse elenco original, que sofreu acréscimos – alguns interessantes e outros completamente desnecessários (cof, Rory, cof) – mas que sempre esteve aí para garantir que tudo não desabasse. Afinal, quantas vezes Santana teve que aparecer para segurar as pontas? Quantas vezes Rachel salvou toda a parte musical, mesmo com uma única canção? Quantas vezes rimos com a Brittany e o Puck, xingamos o Finn, nos emocionamos com a Quinn, sorrimos com o Artie, cantamos com a Mercedes, dançamos com o Mike e imploramos por uma fala para a Tina? Por mais que Glee se perca em sua própria volatilidade, não sei como lidar com esses fatos. Mas chega de tristeza, era só pra mencionar o clima de despedida e eu já estou quase divagando sobre o quando eu vou sentir falta deles mesmo odiando a série em alguns momentos.

Acho que foi a primeira vez em muito tempo que o Finn fez algo verdadeiro, confrontando a Quinn para que ela acabasse com as mentiras. Aqui, vale ressaltar essas mudanças que eu sempre comento, de uma hora para outra ela passa de boazinha, consciente para depois aproveitar-se de sua situação para se tornar rainha. Claro, no final ela se arrependeu, mas mesmo assim fica aquela sensação chatinha, né? Mas a conversa dela com a Rachel também foi incrível, e o momento que ela levanta da cadeira de rodas para cantar foi realmente emocionante.

Deixa eu comentar o final logo, porque foi tão lindo, tão emocionante, tão profundo… Fazia tempo que uma cena da série não me transmitia tanta verdade. Rachel e Finn, rainha e rei, na verdade desde o inicio convergíamos para isso, não é mesmo? O momento “realeza” dos dois, que passaram por poucas e boas, desde o piloto. Foi como um revival de tudo o que ambos enfrentaram para, finalmente, terem o seu momento. Ah, sim, eu achei lindo, por mais que algumas vezes eu tenha ficado enojado com Finchel, não da pra cogitar que um não seja a alma gêmea do outro. Ao som de Take My Breath Away, então, era uma cena digna de series finale!

Enfim, me empolguei nessa review, mas é que eu realmente gostei. Obrigado, Ryan Murphy, por, mesmo que raramente, trazer de volta a alma de Glee. Podia só ter caprichado um pouco mais na parte musical…

Na próxima semana teremos episódio duplo (que vocês conferem o promo ao final), com as Nacionais! E em duas semanas, chegou a formatura. Ready to say goodbye?

PS: Ri do Blaine sem gel;

PS 2: Becky toda trabalhada na safadeza!

Luana:

Ao contrário do episódio do prom do ano passado, desta vez a parte musical não foi tão empolgante no baile dos garotos do McKinley High. A música que mais gostei nesta semana foi justamente a que não fazia parte das apresentações do baile, Big Girls Don’t Cry (Fergie), cantada por Rachel, Kurt e Blaine. Quando começou eu achei esquisita a maneira como ela foi colocada no episódio, do nada, simplesmente uma cena começando com Rachel cantando no auditório. Mas no fim das contas me surpreendi e gostei bastante da versão.

O baile começou com Brittany e sua performance de Dinosaur (Ke$ha) que, apesar de ter ficado boa, não me entusiasmou muito. Explico o motivo: sempre que Brittany ganha um solo em Glee, ela fica com músicas nesse estilo, o que já está ficando bastante repetitivo pra mim. Love You Like a Love Song (Selena Gomez & the Scene) ficou bonitinha também, mas o que mais me empolgou nessa canção foi o fato de Tina estar no palco junto com Santana e Brittany. Já estou começando a me conformar com o fato de Tina estar sempre sendo deixada de lado, então quando ela participa, nem que seja apenas no backing vocal, fico feliz.

Gostei bastante da apresentação dos meninos. Joe, Rory, Artie, Sam e Mike cantando (e dançando) What Makes You Beautiful (One Direction) ficou bem divertido, principalmente quando eu prestava mais atenção no Rory e ele estava fazendo algum passo diferente dos outros (lá no cantinho da tela). Passei o episódio pensando que quando Quinn levantasse da cadeira seria uma cena meio brega, mas ela, juntamente com Santana, cantando Take My Breath Away (Berlin) – que já é uma música linda, e não é preciso muito esforço pra fazer a gente se emocionar com ela – enquanto a loira levantava da cadeira quase me fez chorar, admito.

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Episódio 20/21: “Props”/”Nationals”