Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Glee – 4×05 The Role You Were Born to Play

Por: em 10 de novembro de 2012

Glee – 4×05 The Role You Were Born to Play

Por: em

Nossa querida série voltou do hiatus! Confesso que já estava com saudades, motivado principalmente pelo ótimo início dessa temporada. Uma pena, sinto dizer, que este foi o pior dentre os cinco já exibidos. Eu nunca gostei dos episódios homenagem de Glee, as músicas acabam na maioria das vezes ficando sem sentindo algum. O mesmo acontece em casos como esse episódio, The Role You Were Born to Play, que faz uma espécie de especial de Grease, peça da Broadway de grande sucesso, inclusive na sua clássica versão cinematográfica estrelada por John Travola e Olivia Newton-John (que já participou de um episódio da série). As músicas, na minha opinião, foram o grande problema do episódio. É bem verdade que eu não sou fã do estilo e nem tão pouco do musical, o que já me predispõe a não apreciar tanto as apresentações, mas ficou nítido que as músicas ficaram bastante avulsas no enredo. Particularmente, prefiro quando elas agregam algo à trama e transparecem as emoções que o personagem está sentindo.

Minha preferida foi Blow Me, cantada por Marley e Unique. As vozes das duas casou muito bem na música que trouxe uma pegada mais pop e atual que as outras. Também gostei um pouco da versão de Hapelessly Devoted to You, muito mais por ter sido cantada por Blaine (Darren Chris é um ótimo cantor e está mostrando que também sabe atuar) do que por qualquer outra coisa. Claro, essa música foi a que melhor se encaixou com a trama. Aliás, queria ressaltar que este personagem está tomando as rédeas da temporada nos lados de Ohio. Marley e cia ainda não engrenaram e ele é quem está segurando as pontas. Sim, tá certo que ele errou feio com Kurt, mas já é nítido seu arrependimento, seu sofrimento e a sinceridade de seu sentimento e eu torço muito para que eles reatem em breve.

Aproveitando que estamos falando de romances, não posso deixar de comentar que fiquei um pouco frustrado com a falta de uma maior abordagem com os casais que break-up no fantástico episódio passado. Eu entendo até, e nem estou criticando a série por ter adiado esses confrontos, mas, poxa, esperei semanas para saber como estavam os corações apaixonados dos nossos queridos, que foi triste ver o episódio terminando e quase nenhuma lembrança aos fatos ocorridos. Tivemos um pouquinho do feedback de Blaine, acho que é o casal com a situação mais crítica de todas. Traição não é um simples beijo, nem uma viagem para Washington e nem estudar numa cidade longe. Will e Emma, que tinham a situação mais simples de resolver, acabaram por se entender, o que é bastante compreensível, afinal eles sempre foram um casal de diálogo muito aberto. Finn também parece estar decidido, e espero que ele não mude nunca de opinião. Rachel não merece ficar por mais tempo com esse encosto empatando sua vida. Aliás, acredito que não é mais certo afirmar isso, afinal ela despachou ele e agora está livre para viver sua vida sozinha, ou com Brody, se preferir.Ok, ok, eu sei que logo logo eles vão reatar, afinal eles são o casal da série, mas não custa sonhar, custa?

Falando de Finn, quase morri com a overdose desse personagem no episódio. Não consigo engolir o chororô dele de “minha vida será ser mecânico forever” e depois sair inspirando o mundo dizendo para todos acreditarem nos seus sonhos. É ótima a mensagem que ele passa, até porque é a mensagem que a série sempre buscou passar: don’t stop believin’. Mas Finn parece não seguir seus próprios conselhos. Tenho implicância com ele, mas às vezes acho que ele tem sim bons momentos, mas já passou da hora de ele parar de se lamentar e começar a fazer acontecer, caso contrário ele será um Will da vida, um senhor frustrado de meia-idade. Voltando a comentar sobre Will, aliás, agora que ele irá para Washington, Finn provavelmente comandará o Glee Club, desfecho que já era esperado. A questão é que Will sempre me entediou e sempre considerei ele uma pessoa frustrada, como disse faz pouco, mas ele trouxe um dos melhores quotes do episódio e me fez refletir que talvez ele não seja tão frustrado, e me mostrou que ele é feliz com sua profissão, que, diria eu, trata-se de uma vocação maior do que nascer para cantar:

Finn: “Só estou ajudando as pessoas a realizarem seus sonhos.”

Will: “Isso se chama ser professor.”

Voltando aos casais separados no último episódio: sobre Santana e Britanny, nem sequer uma palavra. Nos resta esperar e torcer para que as tramas não sejam esquecidas ou jogadas ao vento, como já aconteceu anteriormente. E aí entra algo que já venho falando e falando desde eras: Glee tem muito personagens. É impossível fazer com que todos apareçam num único episódio e, mais difícil ainda, bem caracterizá-los, ainda mais se for uma série que já tem histórico de irregularidade. Aí, eis que titio Murphy tem pena de despachar o elenco e acaba trazendo de volta personagens que já deram o que tinham que dar. Mercedes, por exemplo, não vingou nas três temporadas que teve chance, e não será agora que vai vingar. Sim, eu fiquei feliz de vê-la chegando, por incrível que pareça, mas tá na hora de dispensar alguns personagens. Já Mike é um pouco diferente, ele ainda tem uma trama semi-aberta com Tina, e dele eu sempre gostei, por isso até aceitei sua passagem pelo colégio positiva, mas só vejo tais participações prejudiciais à série quando em demasia, como está acontecendo.

Outra que deu as caras e que essa sim eu estava realmente morrendo de saudade é a treinadora Beiste. Confesso que achei hilário quando revelaram que a conselheira de Will e Emma tratava-se dela. Aliás, só eu adorei o cabelo dela? Sei lá, eu sempre fui apaixonado pela personagem e fico feliz que tenham lembrado dela. Espero vê-la mais vezes, o que será um pouco difícil, considerando a penca de personagens, conforme já comentado. E isso não é uma questão simples, é, na minha opinião, o grande problema da série, e por isso fico repetindo over and over again a mesma ladainha.

Por exemplo, neste episódio tivemos o acréscimo de mais um personagem, que tem tudo para ser o Finn versão 2.0. Ao menos Ryder dança um pouco melhor. E, pelo que deu para perceber, ele chegou para participar do núcleo central da série, disputando o coração de Marley. Não gostei muito do garoto, e ator me pareceu ser também bem fraquinho, mas ainda é cedo para analisar, ainda que tudo indique que será mais do mesmo. Por que, então, não dar a Sam as tramas que serão dadas a Ryder? Eles tem perfis parecidos e assim seria um personagem já mais antigo finalmente com destaque e teríamos um novato a menos.

Porém, não pense que sou a pessoa mais amargurada do mundo, levantei estes pontos como negativos porque eles realmente atrapalharam um pouco o episódio e acabam fazendo da série receber tanta desconfiança por parte de alguns. Ainda sim, o episódio apresentou pontos positivos e, numa visão geral, não foi ruim. Somente não acompanhou o ritmo dos outros dessa temporada, de forma que já estávamos ficando acostumados com bons episódios e ver a qualidade cair um pouco, justamente depois de um hiatus, é um pouco triste, principalmente tratando-se de Glee, série que a maioria assiste com os dois pés atrás. Acredito que ela tem tudo para engrenar, as tramas que provavelmente nortearão a temporada já foram apresentados e parece que está tudo razoavelmente bem encaminhado, prometendo fortes emoções pela frente.

E, por fim, mas não menos importante, aliás, muito mais importante que todo o restante, preciso dizer: Sue is back! Ou ao menos foi isso que pareceu nesse episódio. Nossa amada treinadora voltou aos seus tempos áureos de destruidora de corais e tudo indica que está com mais sede do que nunca. Sempre amei a personagem e achei uma descaracterização imensa quando ela resolveu levantar a bandeira da paz e ajudar o Glee Club. Sim, ela no fundo é uma pessoa de boa coração e teve toda aquela boa trama com a irmã dela, mas eu sempre preferi ela como malvada com os alunos e, por debaixo dos panos, quando ninguém a vê, sendo um amor de pessoa. Nunca me esqueço da vez em que ela realmente me fisgou: ela era jurada em uma das competições e acabou votando em favor do Glee Club e não contou para ninguém até hoje. Por isso eu amo ela e espero que ela realmente tenha voltado ao seu verdadeiro eu e traga muitos problemas aos queridos cantores.

E você, o que achou do episódio? Sofreu muito com o hiatus? Deixe seu comentário!

Outras observações interessantes:

– Cadê Kurt e Rachel? Senti falta do núcleo de NY.

– Falando em Kurt, tipo, não me importa quem for o remetente ou o quão irritado eu possa estar com a pessoa, não recuso um box de Gilmore Girls por nada nesse mundo.

– Confesso que achei hilárias as tiradas da chatinha Kitty: terceiro mamilo para Jake, 50 tons de molho para Marley e Avatar para o cabeludo que, de fato, é um protótipo de avatar. Sim, ele é tão importante na série que até esqueci o nome dele.

– Sue chamando Wade de Uretra Franklin foi igualmente ótimo. Aliás, finalmente me convenci que não gosto do personagem. No início eu tinha esperanças, mas elas foram diminuindo cada vez mais. Só gosto dele travestido de Unique e de sua voz, de resto…

– Eu sei que saiu sem querer, mas ridículo e só fez aumentar ainda mais minha picuinha com Finn, a forma como ele chamou o filho de Sue. Aliás, cadê esse bebê, gente?


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

×