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Glee – 4×17 Guilty Pleasures

Por: em 17 de abril de 2013

Glee – 4×17 Guilty Pleasures

Por: em

Micael:

Esse episódio me deixou um pouco em dúvida. Não achei exatamente ruim, mas é aquele episódio tipicamente esquecível. Se dessa vez o lado musical foi bastante bom (o que não vinha ocorrendo com grande frequência nessa temporada), o episódio em si não apresentou grandes acontecimentos e nem tampouco movimentou suas principais tramas.

O que eu mais gostei foi a volta da abordagem do relacionamento entre Sam e Blaine. Gosto dos dois juntos, mesmo apenas como amigos, e fiquei realmente feliz que Glee tenha se lembrado novamente dos dois. Claro que preferiria que os dois tivessem engatado um romance, mas sabia desde o início que isso era muito improvável. Sam é hétero e não preconceituoso, o que faz com que ele não se sinta desconfortável em ter uma amizade próxima com alguém que seja gay. Blaine cantando (e se declarando) mais uma vez roubou a cena, o que mostra o quanto o personagem vem se tornando importante. A cena em que Sam diz para Blaine que sabe dos sentimentos do amigo foi muito bem escrita, sem grandes firulas e serviu para colocar um ponto final nessa trama.

Os guilty pleasures que, literalmente, significam prazeres com culpa, serviram apenas de alívio cômico para o episódio. O mais engraçado – e estranho – foi Bruce, o braço que dorme com Kurt. Não sei se sou a pessoa mais desinformada do mundo, mas nunca havia visto algo parecido, e me surpreendi com Kurt, pois não achava que ele estava tão carente assim. E, falando em solidão, finalmente tivemos o encontro de Rachel com Brody. Eu gostava do personagem, mas realmente ele me decepcionou um bocado, mas também não vejo porque crucificam ele tanto assim. Ele traiu Rachel, assim como ela também traiu. O fato de ele ser garoto de programa não merece tanto julgamento. Ele faz o que bem entende com o corpo dele, o único problema é que ele não deveria ter um relacionamento sério, caso resolvesse prosseguir com essa profissão.

Da conversa entre Rachel e Brody já podemos prever o que provavelmente acontecerá nos próximos episódios: Rachel e Finn irão reatar, pra tristeza da nação. Quando Rachel descobre que Finn veio para NY para bater em Brody, e ela diz “Finn veio até aqui só para fazer isso?” já deu pra reparar que ela vai se derreter de agradecimentos. Eu, claro, não vou gostar nem um pouco. Será que Rachel não percebe quão sem noção a atitude de Finn foi? A única que pode defender sua honra é a própria Rachel. Ela não precisa de um macho alfa pra fazer isso pra ela.

Outras observações:

– Só eu fiquei feliz quando falaram que Will estava doente? Não senti nem um pouco de falta dele e muito menos de Finn.

– Kitty querendo fazer amizade com o grupo não me convence.

Fondue for two deveria ter em todos os episódios, mesmo este sendo um pouco menos engraçado que o habitual.

– Achei exagerada a reação do Glee Club com Jake cantando Chris Brown. Ele gosta das músicas dele, e não da pessoa por trás do cantor. Se fosse assim, levando em consideração o que é feito na vida pessoal, sobrariam pouquíssimos cantores para gostar. Pior ainda foi a do Bobby Brown que apresentou as drogas para Whtney Houston. Gente, ele ofereceu, mas quem aceitou foi a Whitney. Agora não pode mais cantar músicas dele por causa disso?

– Só eu acho que Rachel ainda está grávida? Não acredito que a série iria se desfazer dessa trama da mesma forma que a introduziu.

 

Alexandre:

Esse episódio poderia facilmente ser um especial de músicas clássicas e não guilty pleasures. O que não é ruim, muito pelo contrário. Fazia tempo que eu já sentia falta da Glee  que preferia cantar grandes músicas que marcaram época ao invés das que ocupam o topo das paradas atualmente. Fiquei feliz ao ver que o episódio seguiria essa linha já com “Wake Me Up Before You Go Go” (Wham), interpretada por Sam e Blaine, a melhor dupla de Glee atualmente e que conseguiram deixar a música tão boa quanto a versão original.

Os solos de cada um, “Copacabana” (Barry Manilow) com Sam e “Against All Odds” (Phill Collins) com Blaine também foram muito bons e, o melhor de tudo, seguiram o espírito dos personagens. Sam incorporou Manilow inteiramente em sua interpretação e Blaine foi até o fundo da alma para cantar a música clássica de Phill Collins. Adoro a voz do Darren, especialmente em músicas românticas e aqui não foi diferente. Apresentação belíssima.

Wannabe” (Spice Girls) foi o ponto alto do episódio. Desde sempre eu imagino essa música cantada pelo Glee Club e foi preciso quatro temporadas para que isso acontecesse, mas as garotas entraram totalmente no clima das Spice Girls, na que foi a melhor performance do episódio e uma das melhores da série.

My Prerogative” (Bobby Brown) foi a performance com menos força do episódio, por assim dizer. Não que tenha sido ruim (nem teria como com a voz do Jake), mas não deu pra pensar nela por muito tempo quando logo depois vieram Rachel e Brody arrasando com “Creep” (Radiohead), uma das músicas da minha adolescência, brilhantemente interpretada – e casando muito bem com a situação dos personagens, vale ressaltar.

Mamma Mia” (Abba) veio para fechar com chave de ouro a boa sequência de canções interpretadas pelo novo New Directions. Mais uma ótima performance, desde a edição de cenas, até as vozes e o arranjo. Sem dúvidas alguma, encerrou um dos melhores episódios de Glee musicalmente.

PS. Eu, Alexandre, assumo a responsabilidade pelo atraso gigantesco desse review. Já voltamos a nossa programação normal e isso não irá mais se repetir. 😀

 


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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