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Glee – 4×20 Lights Out e 4×21 Wonder-ful

Por: em 11 de maio de 2013

Glee – 4×20 Lights Out e 4×21 Wonder-ful

Por: em

4×20: Lights Out

Micael:

Esse episódio definitivamente não está entre os meus prediletos de Glee. Achei ele totalmente avulso na trama, aquele típico episódio de final de temporada que prolonga suas principais tramas. Claro que teve alguns pontos positivos, como a interação entre Becky e Sue, a revelação de Ryder e a volta de Santana, mas fiquei um pouco desapontado. Em alguns momentos, principalmente os musicais, quase peguei no sono.

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Já está passando da hora de sabermos qual a identidade de Katie. Depois desse episódio, tenho quase certeza que é Kitty. Essa personagem me deu muita raiva desde que apareceu, e quando ela disse que mudaria, não acreditei nem um pouco, mas parece que ela está de fato disposta a mudar. A relação dela com Ryder me parece promissora, espero que ela seja mesmo Katie e que eles fiquem juntos, ao menos por uma tentativa. Quando Ryder revela ao Glee Club que foi molestado pela babá de 17 anos, quando ele ainda tinha 11, fiquei surpreso. Glee tem essa mania de jogar plots super sérios assim do nada e algumas vezes simplesmente ignorá-los depois. Nesse caso, por exemplo, tenho praticamente certeza que não voltará a ser assunto, o que é uma pena, pois trata-se de um tema muito importante. Sinceramente, achei a reação de Artie e Sam ridícula. Claro que garotos pré-adolescentes, que estão entrando na puberdade, tem seus hormônios à flor da pele, mas não a ponto de aceitar que alguém lhe moleste. Kitty passou pela mesma situação (muito emocionante a cena em que ela conta para Ryder) e imagino que Sam e Artie não achariam graça se ela também contasse a eles sua experiência. Não é porque Ryder é homem, no caso, menino, que uma atitude como essa é aceitável.

Santana que havia desaparecido nos últimos episódios voltou para ganhar o destaque que merece. Apesar de achar meio sem noção toda a parte que envolveu a personagem de Sarah Jessica Parker, gostei muito de ver Santana voltando aos holofotes e principalmente questionando sua vida, seus sonhos e objetivos. A mini-Santana (assim como a própria Rachel e Kurt) é muito fofa e o diálogo entre as duas no final foi emocionante. Quando chegamos nessa fase da vida, após concluir o ensino médio, somos forçados a fazer escolhas, que nem sempre são aquelas que sonhamos quando crianças. Santana passou por isso, e fico feliz que ela esteja correndo atrás do seu sonho de menina.

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Por fim e mais importante, ela que vem roubando a cena desde sempre: Becky. Roz já ganhou meu ódio eterno pelo fato de ser rude com Becky. Já estou com saudades de Sue. Aliás, a conversa entre as duas foi muito bonita. A angústia e saudade de Becky ficou visível, a ponto de ela ir conversar com o diretor Figgins. Muito provavelmente ela confessou para ele que Sue nada tem a ver com a arma do tiroteio. Provavelmente no próximo episódio teremos nossa treinadora predileta de volta. Ou não.

Enfim, espero ansiosamente que os dois últimos episódios da temporada sejam melhores que este, e não estraguem esta ótima temporada.

 

Alexandre:

You’ve Lost That Lovin’ Feeling” (The Righteous Brothers), que abriu a semana “desligada”, funcionou por unir duas das mais bonitas vozes do elenco masculino de Glee: Chord Overstreet e Blake Jenner. E, convenhamos, uma apresentação onde Sam toca violão, não tinha como ser ruim, não é? Não foi tão bom quanto outras dele (More than words) e também não foi marcante ou nada do tipo, mas, pro momento, se encaixou bem.

Já Ryder cantando “Everybody Hurts” (R.E.M), isso sim foi uma performance memorável. Diria que uma das melhores da temporada. O personagem do Blake chegou de mansinho e, pouco a pouco, foi ganhando espaço. A música, por si só, já teria força suficiente, por ser uma das mais belas canções de rock romântico, mas, aplicada ao contexto, funcionou ainda melhor e foi suficiente para emocionar.

Outro clássico, “We will rock you” (Queen), também foi bem encaixado no contexto e bem interpretado. Gosto muito quando Glee esquece um pouco as músicas que estão dominando os charts mundiais e aposta nestas músicas de raiz que todo mundo conhece e já ouviu ao menos alguma vez. O resultado é sempre ótimo.

Little Girls” (Annie) foi um daqueles poucos momentos onde conseguimos ver Jane Lynch colocar sua voz em ação e arrasar. Além da voz fantástica da atriz, vale ressaltar também, na apresentação, as expressões faciais e corporais de Jane, que transmitiam tudo o que Sue estava sentido naquele momento. O mesmo se aplica a “At the Ballet” (A Chorus Line), que reunindo três das mais potentes vozes que passaram pela série (Rachel, Santana e Kurt), foi de arrepiar.

For the Longest Time” (Billy Joel) foi a apresentação mais fraquinha. Talvez seu único pecado tenha sido ser a última – e geralmente se espera muito das apresentações que encerram Glee. Mas, aqui, ela foi apenas ‘ok’.

 

4×21: Wonder-ful

Micael:

Esse episódio trouxe alguns pontos importantes para a season finale, mas nada realmente impactante. Assim como na temporada passada, os alunos que irão se formar este ano estão fazendo planos para o futuro, e isso, sem dúvida, mexe com o psicológico de qualquer um. Lembro do meu último ano do Ensino Médio e do quão delicada é tomar decisões que irão desenhar o seu futuro.

Brittany não apareceu no episódio, muito provavelmente por causa da gravidez da atriz. Agora, a solução encontrada para o desaparecimento da personagem no episódio foi das típicas coisas de Glee: Brittany passou na primeira fase da MIT, uma das universidades mais concorridas do mundo. Além dela, Artie também foi aceito em uma escola de direção. Gostei da interação com a mãe dele. A cena dos dois foi um dos pontos mais positivos do episódio. A participação de Kitty nesse processo foi bastante interessante. Nunca gostei dela, e mesmo achando que ela se intrometeu um pouco além do que deveria na vida de Artie, a atitude dela me agradou. Estou começando a acreditar, aos poucos, que ela possa estar de fato disposta a ser uma pessoa melhor.Outra que parece estar encaminhando seu futuro é Tina, apesar de ter ficado sem entender o curso que ela escolheu. Medicina veterinária, really? E, como não poderia deixar de ser, Will. Outra vez ele pediu Emma em casamento. Só gostei dessa notícia porque assim teremos Emma de volta. Seria lindo demais se ela abandonasse ele no altar novamente, né?

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A volta de Mike foi tão importante quanto sua participação na série quando era um personagem regular. Uma pena. Já Mercedes, que também não brilhava com frequência, conseguiu trazer bons momentos ao episódio. Essa questão da busca pelo sucesso é realmente bem delicada. Tanto Mercedes como todos os outros ali querem atingir a fama e o reconhecimento da forma mais rápida possível, assim, tantos jovens iguais a Mercedes acabam tomando atitudes que se arrependem depois. Gostei da decisão de Mercedes e a reflexão que ficou foi positiva. Mas quem me surpreendeu mesmo nesse episódio foi Cassandra. Está certo que já faz um tempo que a série vem dando dicas de que a personagem não é tão durona quanto parece, mas o número feito para Rachel, e principalmente o abraço no final, me surpreenderam positivamente. A frase que fica dessa relação das duas é: “Eu peguei no seu pé porque vi algo de especial em você.

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Todavia, quem mais se destacou nesse episódio foi o meu casal predileto da série: Blaine. Kurt desenvolvendo TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) por causa do pai foi triste de ver. Fiquei aflito junto com ele torcendo para Burt estar curado. Fiquei imensamente feliz com a notícia, pois ele é um dos personagens mais queridos da série. Gostei do fato de Kurt ter voltado a receber um pouco mais de destaque e estou imensamente curioso para saber se Blaine irá ou não pedi-lo em casamento. Eu, particularmente, tenho quase certeza que sim, mas isso nós só vamos saber na season finale. Confesso que não estou tão ansioso para assistir o episódio final da temporada como em outros anos anteriores, apesar de achar essa a melhor temporada da série. Mesmo assim, quero muito saber também se o Glee Club vai ganhar as Regionais e, principalmente, quem é a identidade real de Katie.

Alexandre:

Não conheço muito de Steve Wonder, embora tenha plena consciência do grande artista que ele é, então talvez a minha análise das músicas deste episódio em questão não seja exatamente “justa”. “Signed Sealed Delivered, I’m Yours” era uma das poucas que eu conhecia e não sei se foi por isso ou por envolver Kitty, uma das personagens que mais cresceu dentro de mim ao decorrer da temporada, foi a minha favorita do episódio, de longe.

Superstitious” foi ótima para marcar o retorno de Mercedes (e por mais que eu não goste da personagem, a voz da Amber me encanta) e talvez se fosse cantada apenas por ela, sem as vozes de Blaine e  Marley, tivesse ficado melhor. Não foi ruim, mas ficou a impressão de que havia um potencial maior a ser aproveitado.

I Wish” se encaixa no mesmo molde de Superstitious, mas aqui funcionou melhor pra mim porque Mike é um personagem que sempre gostei bem mais do que Mercedes. Adoro Jake e acho inclusive que ele dança muito bem (e sexy, há de se dizer), mas ele ainda está longe de ser um Mike Chang na arte.

Sunshine of my Life” foi a mais emocionante, não apenas por ser uma linda música (diria que a mais bonita da seleção do episódio), mas pelo contexto em que ela foi inserida. Eu adoro Burt, você adora Burt, todos adoramos o Burt e ele é o melhor pai do mundo, então ver Kurt cantando esta música pra ele… Não tinha como dar errado.

Uptight (Everything’s Alright)“e “Higher Ground” foram ótimas apresentações, a primeira um pouco mais do que a segunda devido ao contexto (a surpresa em Cassandra apoiar Rachel e tudo o mais) e a Higher Ground ter sido mais um dos muitos solos de Mercedes, sem nada de novo.

For Once in My Life“, a música que provavelmente todo mundo conhece, encerrou o episódio e aqui eu vou abrir uma exceção: Não gosto quando essas músicas finais são solos, mas a voz do Artie casou tão bem, que acho que não tinha jeito melhor do episódio se encerrar.


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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