Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Glee – 5×01 Love, Love, Love

Por: em 28 de setembro de 2013

Glee – 5×01 Love, Love, Love

Por: em

Renata:

glee-5x01-rachel

Ainda que não seja um episódio ruim, Love, Love, Love é definitivamente uma das mais fracas season premieres de Glee. Claro que esta impressão se deve ao fato de que pouco me importei com o romance de Artie e Kitty e também com o tal pedido de casamento de Blaine. Este episódio teve a leveza e grau de diversão característicos da série, mas também os irritantes problemas de continuidade.

Ryder estava indignado com Unique e não ia voltar mais, não é mesmo? O que é que ele estava fazendo ali no ensaio do Glee Club? E a Tina estar tão preocupada com os sentimentos do Artie não caiu muito bem também, afinal, ela nunca foi tão importante para ele, já que o namoro terminou assim que ele descobriu que ela apenas fingia ser gaga.

O interessante foi ver Rachel lidando com a possível rejeição dos produtores da peça Funny Girl e mostrando a evolução da personagem. Em temporadas passadas era possível vê-la chorando durante muitos solos – até mesmo episódios – e só então, geralmente depois de uma conversa com Finn (saudades!) ou Mr. Schue, é que ela iria fazer alguma coisa com relação ao seu sonho. Desta vez vimos apenas um solo – e que solo! Me desculpe quem já superou a perda de Cory, mas eu senti cada frase de Yesterday ser cantada para ele e isso me emocionou – e uma espécie de pedido de segunda chance, ou pelo menos de um “não me reprovem”. Aguardo a resposta do Senhor Fantástico (não consegui deixar de pensar que a qualquer momento os outros 3 Fantásticos fossem aparecer) e do produtor da peça (Dr. Cullen, manda um beijinho pro Edward!) com tanta ansiedade quanto Rachel.

glee-5x01-sue

Enquanto a parte da história que se passa em Nova Iorque vai ganhando nuances cada vez mais interessantes, não é possível dizer o mesmo do lado de Lima. Torço que Sue como diretora da McKinley High School dê uma mexida nas estruturas desta parte da série, algo que nos lembre das áureas primeiras temporadas e nada que nos faça reviver a fase “boazinha” da treinadora. O que ela fez com Figgins e o modo como ela o tratou depois me faz ter esperança que isso logo acontecerá.

Quanto ao pedido de casamento, ainda que demonstrasse dúvidas, era previsível que Kurt aceitaria. Só não entendo Blaine ter sido quem tomou a iniciativa e Sam ser um incentivador, já que ambos não apoiaram o casamento de Rachel e Finn. Tudo isso sem contar que não fazia nem 2 segundos que eles haviam retomado o namoro. E antes que reclamem que tenho um coração de pedra, o discurso de Blaine depois de All You Need Is Love foi lindo e até que fez a cena valer a pena.

Falando em Blaine, não entendo o motivo de ele sempre ser quem está indo ao resgate dos amigos. Roteiristas, não há necessidade de fazer do personagem um herói. Defeitos são sempre muito bem vindos e, ainda que eu entenda a necessidade de acalmar os ânimos dos fervorosos shippers do casal Klaine, redimindo-o da culpa da traição, não acredito ser necessário tal artifício. E Tina que há muito tempo está apenas pesando na história com seu mau humor característico poderia dar espaço para o retorno de Quinn ou Mercedes (que alegria senti ao vê-la na mansão Warbler!).

Aguardo a continuação do episódio na semana que vem com ansiedade e espero que a história se desenrole de forma mais convincente e com menos músicas, afinal, por mais que seja um tributo aos Beatles, ver uma música ser cantada a cada passo dado pelos personagens é cansativo demais.

 

Alexandre: 

Desde que saiu a notícia de que Glee faria um Beatles tribute, me remexi muito na cadeira. Os Beatles não são minha banda favorita, mas como bem disse o Will, mudaram a história da música e o medo de alguma tragédia acontecer era grande. Felizmente, no que diz respeito a interpretação das canções, quase tudo funcionou – ou pelo menos não se mostrou um horror. Minha única ressalva mesmo é com relação a quantidade. 43 minutos de episódios e 8 músicas. Temos um recorde? Ficou um pouco apertado, até corrido. Os personagens não davam 5 passos sem cantar alguma coisa.

Um dos maiores clássicos da banda, Yesterday, abriu o episódio. Na voz de Rachel, a música funcionou e foi um ótimo começo para o tributo. Suave, doce, mas ainda assim deixando transparecer na voz a amargura e talvez até a decepção por tudo não ter ido do jeito que ela esperava, a personagem deu a canção uma interpretação forte e com belos vocais. Pena que o ritmo bom não seguiu com Drive My Car, que na voz de Artie e Kitty, não ficou legal. As vozes contrastaram demais e o resultado final, mesmo que visualmente divertido, terminou vocalmente estranho.

Got to Get You in My Life, que marcou a volta de Klaine, teve seu charme, muito mais pela música do que pelo momento em si. E, claro, as ótimas vozes de Chris Colfer e Darren Criss ajudaram, assim como You’ve Got to Hide Your Love Away, que por mais legal que tenha ficado, acredito que poderia ter sido deixada para o próximo episódio, já que Artie e Kitty já haviam ganho um duo neste aqui. Mesmo assim, o resultado foi bem superior a Drive My Car.

Help foi fácil a performance mais divertida. Não gosto de toda essa história de casamento Klaine e também não curto o casal, mas acho que os personagens funcionam bem separados e especialmente Blaine, quando está com Sam. A interação dos dois deu a apresentação uma ótima dinâmica e me fez querer sair cantando junto.

blaine-glee-5x01

A Hard’s Day Night juntou as duas melhores vozes femininas da série atualmente e o resultado, claro, foi excelente. Rachel e Santana quebraram tudo, naquela que foi, na minha opinião, a melhor performance do episódio de longe. I Saw Her Standing There não foi vocalmente perfeita, mas valeu por ver os garotos caracterizados como Beatles. E, por favor, alguém pode exigir que o Blaine use aquele cabelo no dia-a-dia? Ficaria bem melhor.

All You Need is Love foi mesmo minha decepção. Uma das músicas que eu mais gosto e representada de forma fraca, brega (claro que a música é brega, mas nem tanto) e muito aquém do potencial da música.

Que venha a parte II!


Renata Vivan

Curiosa por natureza. Chata por vocação. Social media por paixão. Designer de Interiores em formação por inquietação Viciada em séries e novela por culpa da prima que a largava na frente da TV para poder namorar.

Palhoça/SC

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

×