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Gossip Girl – 5×04 Memoirs of an Invisible Dan

Por: em 18 de outubro de 2011

Gossip Girl – 5×04 Memoirs of an Invisible Dan

Por: em

Ando me surpreendendo com esta temporada de Gossip Girl. Faz muito tempo que não gosto de tantos episódios seguidos; geralmente eu gosto de um, passo uns três odiando tudo o que acontece, aí gosto de outro, xingo os próximos quatro. Mas até agora, estou muito em paz com tudo o que está acontecendo no Upper East Side.

Tanto que considero Memoirs of an Invisible Dan um dos melhores episódios da série até agora. Me diverti em absolutamente todos os momentos, principalmente com a reação de todo mundo ao livro do Dan. Primeiro, vem a pose de “sabemos que é ficção, ficamos felizes com você ter conseguido lançar um livro” para depois de lerem, ficarem frustrados com o Lonely Boy diminuindo o seu personagem, colocando para todo mundo ver os seus defeitos ou levando a sério demais uma obra de ficção.

Sim, antes de tudo, temos que lembrar que parte do “Inside” era fantasia para deixar a história mais atraente para os leitores. E, para ser bem sincera, fiquei mais a fim de ler o livro do Dan do que ler o original da Cecily von Ziegesar. Sem querer diminuir o trabalho da Cecily; como eu não li os livros em que a série é baseada, acho muito normal eu querer ler sobre os personagens que eu vejo na TV e não os originais (que são um pouco diferentes da série da CW).

– If you can’t tell the difference between what I did to Blair and what I did to you, then maybe your portrait in the book is more accurate than you thought.

A minha frase preferida do episódio todo foi esta do Dan, para a Serena. Gente, até o Dan não aguenta mais a mulher. Eu não esperava ver uma frase tão certa saindo da boca dele, que sempre foi super apaixonado (puxa-saco) da loira. Lindo, lindo, lindo!

Pessoalmente, acho que a Serena ficou brava com o Dan porque ela é fútil e superficial, embora tente não ser. Também não acho que isso seja um motivo forte para brigar com ele (o que só reforçou a crítica do Dan) e nunca pensei que todas as pessoas precisem ser profundas e intelectuais.

Ok, ela está tentando trabalhar a sério e o comportamento dela afeta diretamente o emprego, mas nunca pensei que alguém famosa como ela parece ser e que está sempre na boca do povo fosse ruim para trabalhar com entretenimento. (Lembrando que o meu conhecimento sobre esse mundo se resume a ler o Ego e o Te Dou um Dado)

Quem pensou bem foi a Jane, querendo transformar em um filme. Nada mais lucrativo.

Já a Blair… depois do pequeno encontro dela com o Chuck e o surto do Louis por nada (sério, essa história de “não sei se posso confiar em você” me soou tão falsa, estratégia de roteirista preguiçoso só para criar um drama no meio do drama), eu quase me peguei torcendo para ela terminar de vez esse conto de fadas e voltar a ser a Queen B. de sempre.

Me surpreendi com o ultimato dela. Ela, que até agora só correu atrás do Louis – mais para não perder a chance de ser princesa do que por amor a ele, na minha humilde opinião –, mostrou maturidade. Ou você confia ou deixa ir.

Mais surpresa ainda fiquei com a história do Nate. Depois do drama do livro do Dan, a história dele foi a segunda que me chamou atenção. Primeiro pelo draminha desnecessário de se achar menos amigo do Dan porque o personagem dele no livro “rebaixado” a ser três anos mais novo. Ele devia é ter ficado feliz por não ser retratado como um playboy fracassado que só sabe correr atrás de mulheres mais velhas e reclamar da família.

O segundo ponto interessante foi a Diana ter descoberto a verdade sobre a Charlie/Ivy. Ainda fico me perguntando onde está a verdadeira Charlie, mas como não parece que os roteiristas estão interessados em desvendar esse segredo tão cedo, deixemos em segundo plano. A princípio, eu até tinha ficado animada com a Charlie indo trabalhar com a Diana e o Nate (que está mesmo querendo ser enganado pela cougar), mas pensando um pouco melhor… o que a prima falsa da Serena vai acrescentar?

Digo, a Ivy nada mais é do que uma atriz que fingiu ser a prima da garota mais badalada de Manhattan. Ao mesmo tempo, muitos dos “segredos” da Serena e amigos foram revelados no livro do Dan. Não tem nada mais que a Diana possa querer dela – e ela quer porque quer os segredos dos jovens do Upper East Side.

Só se a Diana descobrir que o filho da Blair é do Chuck e não do Louis. Aí sim temos um escândalo (que deve durar meio episódio) para o trio parada dura.

Só para não dizer que não falei do Chuck: gostei muito da diferença de atitude dele com relação ao resto. Ele sabia do livro, sabia que era ficção com toques de realidade, e interpretou-o de uma forma muito mais “saudável”. Sem querer querendo, o Dan acertou como anda a vida depressiva do Chuck, escondida por noitadas com bebidas e mulheres. Ele parece ser o único que está verdadeiramente refletindo sobre o que ele é, como será o futuro, as atitudes e decisões que ele toma na vida ao invés de crucificar quem expôs a situação real dele para todo mundo. E esse é o ponto que a Serena não vai conseguir entender tão cedo.

XOXO


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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