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Gossip Girl – 6×07 Save the Last Chance

Por: em 29 de novembro de 2012

Gossip Girl – 6×07 Save the Last Chance

Por: em

Apesar de alguns errinhos básicos de coerência (alô, roteiristas, favor pararem de achar que a gente não vai notar esses detalhes), este foi um bom episódio de Gossip Girl, o melhor da temporada até então. Mesmo com o foco sendo na Ivy, que não desperta carinho em ninguém mais, e nessa briga interminável entre Chuck e Bart que, apesar de ser o caminho natural do personagem, não anda lá muito empolgante.

Começando pela trama em que aconteceram praticamente todos os problemas: Blair e a sua nova coleção. No episódio anterior, a Eleanor volta para Nova York pronta para tirar a Blair do comando por um tempo, termina criando uma coleção junto da filha, as duas começam a agir como parceiras para que a Blair entenda que o mundo da moda não funciona como o colégio e ela nem aparece neste episódio para saber como o mercado vai reagir?

Segundo erro (mas esse é mais fácil de deixar passar): a Blair funda uma sociedade secreta com as cinco maiores famílias das escolas de Manhattan e não sabe ou não consegue marcar um encontro com as meninas sem a ajuda da Sage? Ela é a fundadora do negócio, isso devia dar alguns privilégios, não? Ainda mais se considerarmos que nos Estados Unidos há uma tradição dos ex-alunos continuarem em contato com suas antigas escolas ajudando-as financeiramente (no caso de faculdades e universidades). Além disso, se essa sociedade secreta tem as cinco famílias mais poderosas de Manhattan, acaba sendo um pouco esquisito a Sage ser uma delas. Nós não sabemos muito sobre o Steven, no quê exatamente ele trabalha, como conseguiu ficar rico; sabemos menos ainda sobre a mãe da Sage, que não parece ter muita importância para a história como um todo.

A sensação que tenho é a mesma da Serena no ensino médio: o que raios essa menina faz para ser a garota mais popular do colégio? Embora no caso da Serena as coisas sejam divididas: Serena era a mais popular (e loirona e com corpo de modelo, o que justificava ela receber todas as atenções por ser bonita), mas a Blair era a Queen B e mandava de verdade, ambas vindas de famílias ricas e minimamente relevantes na sociedade. A Sage junta as duas em uma só sem a influência da família e tudo o que sabemos dela é que ela adora tentar separar o pai da Serena. Se ela fosse só a mais popular de um colégio qualquer, não teria problema algum ela não ter uma família cheia de tradições. Mas vindo de escolas em que a quantidade de dinheiro no banco e sobrenome têm muito mais poder do que simplesmente ser a bully ou menina mais legal do local, fica um pouco esquisito.

Terceiro erro: era muito fácil para a Sage confirmar com o pai se ele tinha mesmo voltado com a Serena e (tentar) estragar o evento da Blair. Não sei nem como ela não fez isso antes de ir falar com a mais nova estilista do pedaço.

De qualquer forma, esta trama teve cenas ótimas. O próprio encontro das “dons” com a Sage e a Blair com uma música tradicional de máfia italiana foi muito bem feita (e que saudades de ver a Blair mandando e desmandando nas pessoas sem fazer cara de quem não sabe o que está falando), com a nossa Queen B. ainda aparentando segurança mesmo errando a forma de fazer negócios hoje em dia. Depois, com o plano da Sage indo por água abaixo porque “o amor pela moda supera a lealdade perante as famílias” e o sucesso merecido da coleção. A Serena disse tudo: a Blair precisa ter mais confiança nela mesmo e no produto que criou, porque as roupas eram lindas e não ia ser um bando de adolescentes que se acham a última bolacha do pacote que iam estragar a noite. Até porque, pensando fora da série, se a mídia especializada de moda elogiasse a coleção, aposto que as dons seguiriam as instruções das revistas sem pensar duas vezes.

E então a Blair conseguiu cumprir a sua parte no acordo e falta o Chuck derrubar o pai para que eles finalmente possam ficar juntos. O Chuck disse aquelas coisas duras ao final do episódio, mas é bem óbvio que a Blair vai surgir com algum plano mirabolante para ajudar o amado. Até porque ainda faltam três episódios para acabar a série e não dá para enrolar mais.

O joguinho da Ivy acabou sendo mais divertido do que eu esperava. Uma pena que os créditos iniciais quase estragaram a surpresa do amante dela – nem tinha passado pela minha cabeça que ele estaria envolvido nessa trama até eu ver que o William Baldwin faria uma participação neste episódio. Só não tenho pena da Lily porque ela já cansou de demonstrar que não é digna de pena e, mesmo tendo um dedo ruim para escolher maridos, ela também os apoia nas armações. Como fez agora com o Bart, prejudicando o Chuck.

Mas aqui também temos um probleminha: sério mesmo que um cara como o Bart, sabendo que a Ivy tem os microfilmes, iria simplesmente aceitar o jogo dela? Um cara que tem negócios ilegais fora do país, que mostrou milhares de vezes não ter escrúpulos, ia aceitar ser chantageado por uma menina que absolutamente ninguém sentiria falta se sumisse (na visão dele, que ainda não devia saber ou se importar que a loira estava envolvida com o William). Na verdade, não tenho nem certeza se o pai da Serena gosta de verdade da Ivy ou se está só usando-a para acertar a Lily e, vai saber, voltar com ela.

Paralelamente a isso, Nate sendo chantageado pelo Bart não teve muito efeito por enquanto, mas pode trazer muitos problemas nos próximos episódios.

Correndo por fora, o Dan se fazendo de bonzinho com a Serena porque está preparando o capítulo dela. Eu ia ficar muito desapontada se ele desistisse deste capítulo porque está de novo com a garota dos sonhos dele. E ainda quero saber se o Dan disse algo para a Lily e ela não destruiu os filmes de verdade, mas deixou-os escondidos em algum canto do apartamento ou se ela os entregou para o William. A trama dos “adultos” pode ter ficado mais interessante.

XOXO


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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