Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Grey’s Anatomy 6×15 e 6×16 – The Time Wrap e Perfect Little Accident

Por: em 9 de março de 2010

Grey’s Anatomy 6×15 e 6×16 – The Time Wrap e Perfect Little Accident

Por: em

A Bruna está ocupada com algumas coisas e não pôde escrever as duas últimas reviews de Grey’s Anatomy. Estou dando uma força, e ela deve estar de volta logo! Já aviso que esta review está um “pouco” longa.

The Time Wrap teve o tão aguardado flashback. Conhecemos a Bailey no começo de carreira, pudemos sentir pena da insegurança da Callie e vimos como o Chief e a Ellis agiam quando eram residentes. Para começar, adorei a forma como as palestras estiveram intercaladas, ficou dinâmico, nada chato!

Eu não conseguia imaginar a Bailey tão insegura, falando baixo e com medo da Nazi da época dela. Mas aquela médica era ruim, hein? Não ouvia os pacientes, era arrogante e ainda roubava as ideias alheias e tomava-as para si. Que tenha caído no limbo!

O genial mesmo foi a forma como ela se apresentou no flashback (como Mandy) e na palestra, jogando chocolates para a plateia como se fossem cachorrinhos adestrados. E não é à toa que ela entendia tão bem como os internos dela se sentiam, ela passou pelas mesmas coisas quando começou a trabalhar no Seattle Grace.

A palestra da Callie foi mais para vermos como nem sempre ela é aquela mulher poderosa, como ela também tem suas inseguranças e seus momentos de bobeira. Deu pena dela se enrolando com as palavras, mas a super namorada Arizona estava ali para ajudá-la. E o Alex, que ajudou um pouquinho demais no flashback. Ele e o Sloan deviam estar disputando quantas mulheres eles conseguiam transar no hospital.

A foto que ilustra esta parte da review é uma das que apareceram sem querer na apresentação da Callie, e uma das que o pessoal pedia demais para a Shonda Rhimes no Twitter. Callzona, um casal muito fofo!

Falando no Alex, quando ele disse que ele era o cara do elevador, já imaginei que George O’Malley tinha se tornado “Aquele que não deve ser mencionado”, assim como o Burke foi por anos. Fiquei aliviada quando vi que só encaixaram a situação ao Alex de antigamente.

Claro que quem chamou mais atenção foi o Chief falando de um paciente com GRID (ou AIDS, nos dias de hoje) e contando um pouco mais da Ellis. A Sarah Paulson esteve perfeita como Ellis e a mimi Meredith é uma das coisas mais fofas que já apareceu em Grey’s Anatomy. É a cara da Ellen Pompeo! E desde criancinha ela já era desprezada pela mãe…

Em meados de 1980, a AIDS era uma doença praticamente desconhecida, as médicas eram consideradas enfermeiras, mas os internos já transaram no quarto de descanso. Algumas coisas não mudam, não é mesmo?

Além de estarem discutindo sobre uma doença que nunca apareceu na série e é polêmica até hoje, vimos um negro e uma mulher tentando ascender profissionalmente em um mundo dominado pelo homem branco. O final do episódio, com o Chief fazendo o juramento, foi uma das coisas mais bonitas que aconteceu na série. Um ótimo episódio!

Perfect Litte Accident pega carona no gancho sobre a mãe da Meredith e fala sobre a dificuldade que pode ser ter um sobrenome famoso. O Avery é neto de ninguém menos que Harper Avery, o suprassumo entre os médicos, que tem um prêmio com o seu nome. Claro que todo mundo quer conhecer o cidadão e a Cristina praticamente entra em pânico quando erra o diagnóstico na frente do médico, mas apesar da boa premissa, o episódio em si foi morno.

O tal do Avery-avô é um pé no saco. Arrogante, prepotente, quis ver tudo o que acontecia na cirurgia dele, escolheu o fio errado porque pensava ser hardcore e quase morreu por isso. Entendo bem o porquê do Chief ter tentado ser o Chief e passando por cima do Shepherd com relação à cirurgia e sobre quem participaria (assim como é compreensível ver a troca de comportamento dos dois). E fico feliz em ver que o Richard entendeu qual é o lugar dele, o erro que cometeu e o que precisa fazer para voltar ao topo. A metáfora da cesta de basquete no final mostrou quem realmente está preparado para comandar o navio.

Um ponto bom em ter o Harper Avery por perto foi a ótima frase da Cristina, para justificar o semi-descaso da Meredith sobre ter uma lenda no hospital:

– Tanto faz, filha da Ellis Grey.

A Meredith e o Jackson Avery (o único Mercy Wester que eu gosto e acho que encaixou bem na série) formam uma boa dupla e garanto que teriam muitas histórias a compartilhar, sendo parentes de pessoas tão famosas e especiais. Não acho que a Shonda colocaria os dois como interesse amoroso um do outro (MerDer não precisam de uma trama tão boba como essa), mas amigos como ela e o Alex.

Está sendo bem interessante ver como o triângulo Cristina-Hunt-Teddy está se desenvolvendo. Cristina totalmente encantada pela Teddy, que está tentando esquecer o Hunt, que evita a Teddy com todas as forças. E se continuarem com a “noite das meninas”, organizada pela Arizona querendo enturmar a cardiologista, não duvido que a Cristina comece a admirar a Teddy como pessoa também.

A última cena, com as garotas no campo de baseball me encheu de alegria. Primeiro porque raramente vemos mulheres demonstrando amizade além de sentar e fofocar nos seriados; e segundo porque fugiram do lugar comum de irem para a balada (como a Arizona sugeriu) ou ir ao cabeleireiro. Colocar mulheres fortes tendo uma atividade “masculina” mostrou que elas estão no mesmo patamar que eles. Não que a gente já não soubesse disso.

Sloan frustrado porque a filha foi embora e descontando todo o machismo dele no Karev foi de dar pena. A Izzie foi uma filha da mãe com ele, Sloan fazendo bullying e até a Arizona querendo o Alex longe… ele tem motivos para estar tão revoltado e apagado neste episódio.

Um ponto que a Camila comentou comigo e achei pertinente foi que todos os casos tiveram um final feliz. Isso não é comum em séries médicas (ou na vida real), mas podemos interpretar como se fosse uma calmaria em Grey’s, em todos os sentidos. O que não é muito bom, já que a série está indo para o final da temporada e não temos um grande conflito ainda. Não espero um season finale fantástico como foi o do ano passado, mas o mínimo que quero fazer é ter que torcer para setembro chegar logo.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

×