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Grey’ Anatomy – 9×04 I Saw Her Standing There e 9×05 Beautiful Doom

Por: em 10 de novembro de 2012

Grey’ Anatomy – 9×04 I Saw Her Standing There e 9×05 Beautiful Doom

Por: em

Depois de um começo de temporada um pouco ‘pesado’, Grey’s trouxe de volta, nesses dois episódios, a clássica fórmula que, lá no começou, a ajudou a se estabelecer: Uma linha tênue entre o drama sutil que explode perto do fim dos 42 minutos e o humor contido, não escrachado, mas presente nas pequenas coisas. O 9×04 acabou se sustentando um pouco mais nesse tipo de humor, enquanto o 9×05 foi construído quase que por completo em cima do drama, inserindo umas tiradas aqui e ali.

O que fez a “cola” entre os dois capítulos foi a Cristina. Pra quem, como eu, chegou a ter medo de que a personagem não funcionasse fora de Seattle, chega a ser uma surpresa que exatamente ela tenho sido a protagonista da trama mais “orgânica” da temporada até agora. Foi um ciclo completo. A chegada ao novo hospital, a difícil adaptação, a aversão ao Thomas, o jogo sexual com o Parker, a relação de respeito e carinho que ela construiu e, enfim, a hora de se despedir. Matar o Thomas agora, em uma primeira análise, pode soar como mais uma medida psicopata de Shonda Rhimes, mas em um ângulo geral, faz todo o sentido.

Cristina saiu de Seattle afirmando a Meredith que “tinha muita morte” ali. Ela foi embora tentando fugir disso, mas agora, percebeu que é inútil. Ela vai encontrar morte em todo lugar. Não sei se aquela cena final do 9×05 foi uma volta definitiva ou apenas uma visita a Mer, mas eu estou inclinado a acreditar na primeira opção. Antes da temporada começar, eu conversei com alguns amigos sobre essa “dupla localidade” e disse que tinha certeza que não duraria nem na 1ª metade dos episódios. É claro que depois de ver o modo como o roteiro tratou essa trama, acredito que ela tenha fôlego para aguentar mais umas 3 semanas.

Não é preciso ir muito longe pra entender porque esse plot funcionou: Com todas as ironias e contradições que a situação traz, ela serviu para aproximar mais a Meredith e a Cristina. E isso era necessário após o acidente de avião. Mesmo a algumas milhas de distância, elas deram seu jeito (acho que o telefone nunca foi tão usado) de manter a amizade firme e forte e confirmar que uma sempre estará ali para a outra talvez tenha sido a maior “lição” que essa história trouxe. Mas podiam ter dispensado aquele eco terrível na edição desse 9×05, ein? Aquilo ficou bem bizarro. Até agora não entendi sequer o propósito.

O abraço entre as duas e a Meredith falando “Lexie está morta” é uma das coisa que mais me fez acreditar que a Cristina está mesmo de volta definitivamente. É como se a Mer tivesse precisado desse tempo “sozinha” e do caso da Melissa (que foi emocionante, vale ressaltar) para aceitar a morte da irmã e seguir em frente. Eu estava esperando que ela desabasse chorando no banheiro ou qualquer coisa do tipo, mas aí eu vi que a Mer cresceu muito nesses 9 anos. Não sei afirmar se ela “endureceu”, mas alguma coisa mudou e refletiu no seu luto. Gostei de vê-la enfrentando o Richard pra levar o caso adiante e desenvolvendo uma relação maior com os internos. Desconfio que essa Wilson vai ser uma das que ganhará destaque logo.

Foi interessante também o desenvolvimento de Cristina/Parker. Por mais que eu agora esteja torcendo pra que ela e o Owen consigam se acertar (finalmente admiti isso pra mim), assistir a Yang testando uma nova configuração de relacionamento, por assim dizer, era algo que eu não esperava. O Dr. Parker dava a ela o que ela precisava: Uma presença física, alguém a que ela pudesse recorrer naquela terra de estranhos em que ela estava (ou está, ainda não dá mesmo pra saber).

No 9×04, o drama ficou por conta da Arizona. Diferente das outras vezes, aqui ela não me irritou e eu consegui me importar de verdade com esse plot. Já estava na hora dela mostrar algum tipo de reação e tentar conviver com aquela situação injusta na qual a vida lhe jogou. A Callie merecia um descanso, até porque, se continuasse como estava, a tendência era de que a relação das duas fracassasse cedo ou tarde. Meu medo agora é pelo Alex. A cena dos dois foi bonita, mas não sei se é uma boa ideia esconder que ele participou da cirurgia de amputação.

A presença da Catherine sempre anima as coisas. A relação dela com o Richard deixa o clima de qualquer episódio mais leve, especialmente quando o Jackson entra na história. As caras que ele faz quando alguém cita o caso dos dois são incrível. Nesse episódio, o engraçado foi vê-lo junto com a Meredith, comentando sobre o assunto já que, de certa forma, ela passou por algo parecido, embora ainda fosse criança quando Richard e Ellis iniciaram seuaffair.

Venho gostando bastante também da relação do Jackson com a Kepner. Surpreendentemente, a personagem não vem me irritando tanto nessa temporada (talvez porque ela não esteja tendo destaque ainda) e acho que o relacionamento com Avery tem muito potencial para ser explorado, especialmente agora que ele voltou a usar um corte de cabelo decente (ou uma careca, na verdade).

No fim das contas, esse texto foi bem mais sobre o 9×05 do que sobre o 9×04. Não sei se por eu ter gostado bem mais do primeiro, pelo tempo de exibição ou por o segundo ter tido uma veia mais cômica… Ou por uma junção disso tudo. De qualquer jeito, atrasar review e fazer em dupla não é legal, então, semana que vem, voltamos a nossa programação normal. Abaixo, a promo do episódio pra quem gosta de assistir:

P.S: Foi bonitinha a cena inicial do 9.05 com a Mer e a Zola, né?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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