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Grey’s Anatomy 10×05 – I Bet It Stung

Por: em 19 de outubro de 2013

Grey’s Anatomy 10×05 – I Bet It Stung

Por: em

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Depois de um episódio mais divertido, o drama e a melancolia voltaram a dominar os 42 minutos de tela de Grey’s Anatomy. Essa semana, vimos alguns personagens tomando decisões importantes, casais em crise (jura?) e algumas tramas ganhando novos contornos.

Uma delas é a história de Alex e seu pai. Todos os “elogios” que eu vinha fazendo a Jo, quanto a melhora da personagem e sua independência, foram pro ralo aqui com a atitude irritante de ser amiguinha do Jimmy e de tentar pressionar o Alex a dar uma chance ao seu pai. Qualquer um que conheça ao menos um pouco o Karev sabe o quanto ele é teimoso e cabeça dura e, principalmente, o quanto lhe afeta falar de seu passado. E mesmo que, por algum acidente, ela não soubesse, ficou claro quando ele disse, cheio de amargura e dor, que da última vez que viu o pai estava prestes a lhe socar a cara. Ainda assim, ela insistiu, como um disco quebrado. Por um momento, eu achei que tinha dado resultado e ele iria conversar com seu progenitor na cena do elevador. Não foi dessa vez, mas certamente não deve demorar muito para que os dois tenham um acerto de contas.

Quem também passa por alguns problemas familiares é o Jackson. É claro que a Catherine não iria gostar da Stephanie. Quase ninguém gosta da Stephanie, só mesmo ele. Foi, de longe, o plot mais irritante do episódio, muito devido as atitudes da Edwards, que lembraram e muito as de uma criança que foi pega fazendo besteira (muito embora ela REALMENTE se encaixe nessa descrição, depois de ter sido flagrada no meio de uma “rapidinha”). Shonda parece mesmo disposta a investir no romance entre o discípulo de Mark e a interna e eu não vejo razão alguma pra isso, já que a química entre os dois é zero, nula, inexistente.

A presença da Catherine no episódio teve seu ponto positivo: Finalmente despertar o Richard da inércia a qual ele próprio se colocou. Já era tempo dele deixar de ser um menino birrento e voltar a ser a pessoa contida e sensata que é, mesmo como paciente.

Murphy e Arizona, vejam só, acabaram demonstrando ter muito mais química do que eu imaginava. Era meio óbvio que não tinha rolado nada entre as duas (depois de 10 temporadas, a gente aprende os truques de roteiro de Grey’s), mas o terreno já está aberto. Ficou subentendido que a Arizona aceitou o convite para passar um tempo no apartamento dela e certamente é aí que a deixa vai surgir.

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A história de Meredith foi uma das mais interessantes aqui, coisa que me surpreendeu. Achava que depois de tanto tempo em banho e maria, ela e Derek jamais conseguiriam emplacar tramas relevantes novamente e esse drama de não querer ser uma nova Ellis e, por isso, acabar interferindo em seu trabalho, promete ser bem interessante, se for trabalhado adequadamente. Mer guarda tanta mágoa de Ellis que irá fazer de tudo para não ser uma mãe como a que teve. A prova disso é quando ela reluta em deixar Zola com Alex após o curativo para entrar na sala de cirurgia. Seu diálogo com Cristina, logo em seguida, é forte e verdadeiro.

Talvez as palavras usadas pela Yang tenham sido as mais duras possíveis, mas não dá pra fechar os olhos e dizer que alguma coisa daquilo é mentira. Elas realmente estão em estradas diferentes e muito devido a essa preocupação da Mer e a chegada da Zola e do pequeno Bailey e ao desejo contínuo da Cristina de ser uma rockstar das salas de cirurgia. Alguma das duas está errada? Nenhuma. A vida tratou de dar, a cada uma, prioridades diferentes que estão começando a definir rumos diferentes. Com a iminente saída de Cristina ao fim da temporada, isso pode começar a ditar um pouco os rumos finais da personagem.

E até Derek entrou na história. A briga dos dois na cena final não é o suficiente para uma crise no casamento, claro, mas depois de vê-los em paz por tanto tempo, não dá pra ignorar uma briga como essa, de dedos na cara a acusações. Essa história só está começando e ainda vai render.

Outras observações:

– Que bom ver Callie tomando as rédeas de sua vida novamente, voltando pro apartamento e dançando de calcinha, sorridente e feliz. É o que a personagem merece depois de tanta pancada que levou. (E foi reconfortante vê-la jogando na cara da Arizona que cuidou dela por um ano e foi paga com traição)

– O caso que Callie e Owen cuidaram foi bem tocante. Me lembrou MUITO o filme My Sister’s Keeper.

– Owen e Emma parecem estar mesmo se envolvendo.

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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