Quando descontamos nossa raiva em cima de alguém, quem normalmente paga o pato é uma pessoa bem próxima da gente. Quando servimos de saco de pancadas também é assim, alguém que amamos muito é que nos machuca. E isso acontece porque no fundo sabemos que aquilo vai ser perdoado eventualmente. É assim que me sinto em relação a Grey’s Anatomy: uma relação de intimidade, de proximidade extrema. Não importa quantas vezes eu tenha vontade de nunca mais olhar na cara da série, no instante seguinte eu esqueço tudo e o amor volta como se nada tivesse acontecido.
Um segundo de distração de April lhe custou a vida de uma paciente e seu emprego. Um erro fatal, mas que poderia ter acontecido com qualquer um, como Cristina fez questão de frisar. Todos cometem erros e um dos erros do pessoal do Seattle Grace foi julgar o pessoal do Mercy West antecipadamente. Tá, a gente também fez isso, mas nós temos motivos, né? Eles não. São só médicos batalhando pelo seu espaço, inseguros por estar em um ambiente novo e o desconhecido sempre assusta. Mas são bons, todos eles são bons médicos.
Como Derek bem lembrou, o sistema em vigor atualmente é o caos. Muitos médicos que não se conhecem e nem confiam uns nos outros. O Chief ainda tá completamente perdido. Se ele já não conseguia lidar com um hospital, que dirá dois. O rumo que o personagem tomou não me agrada, porque eu gostava dele e o transformaram em um homem que não tem controle de nada que acontece a sua volta e isso me irrita. Espero que as palavras do Derek o façam acordar de vez e ele tome as rédeas para dirigir aquele caos.
Eu achei que o Alex tinha mesmo doado sangue e mentido quando questionado pelo Chief, mas não. Apesar de ainda se meter em brigas adolescentes (quem mais adorou quando ele partiu pra cima do cara-que-eu-esqueci-o-nome?) Alex Karev amadureceu de verdade. A angústia dele sem saber o paradeiro da Izzie nem poder falar com ela e ter que socorrer aquela paciente me comoveu. Saber o real motivo da ausência da Katherine Heigl na série me faz ser um pouco condescendente com a atitude da Izzie de sumir depois de ter sido demitida.
Lexie Grey, apesar de toda a sua competência profissional, não conseguiu se segurar diante do jovem com o corpo inteiramente queimado que sentia dores excruciantes. Uma das coisas que mais admiro no roteiro da série é que as atitudes tomadas pelos personagens são incrivelmente humanas. Quem não teria desabado no lugar da Lexie? Gosto da fragilidade dela. E a Arizona só sobe no meu conceito, ela sempre consegue ser firme e se impor quando mais precisa.
I Saw What I Saw se redimiu completamente da invasão da semana passada. Simplesmente adorei o episódio totalmente atípico mas que passou até rápido demais. Gostei muito do modo que a história foi contada, do ponto de vista de cada médico. A produção e direção desse episódio estão de parabéns, porque as cenas estavam impecáveis, trabalho de câmera incrível. Surpreendi-me com o uso dos personagens que fizeram, pois todo mundo teve sua importância no episódio. Claro, com um acidente dessas proporções, um incêndio em um hotel, tiveram vários feridos. Logo, foi necessária a presença de vários médicos e pra isso o pessoal do Mercy West serviu. Eles ficaram até mais simpáticos usando os scrubs azuis, né?
Momento fofo do episódio: Cristina & Meredith e Derek & Meredith, meus casais preferidos da série.
P.S.: Só eu achei estranho Hunt e Sloan com a barba aparada? Pêlos faciais voltem já para o seu devido lugar!
In order to get a good diagnosis doctors have to constantly change their perspective. We start by getting the patient’s point of view though they often don’t have a clue what’s going on. So we look at the patient from every possible angle, we rule things out, we uncover new information trying to get what’s actually wrong. We’re asked for second opinions, hoping we’ll see something others might have missed. For the patient, a fresh perspective can mean the difference between living and dying. For the doctor, it can mean you’re picking a fight with everyone who got there before you.
When we are headed toward an outcome that’s too horrible to face, that’s when we go looking for a second opinion. And sometimes the answer we get just confirms our worst fears. But sometimes it can shed new light on the problem, make you see it in a whole new way. After all the opinions have been heard and every point of view has been considered, you finally find what you’re after: the truth. But the truth isn’t where it ends, that’s just where you begin again, with a whole new set of questions.
