Derek Shepherd só trocou New York por Seattle porque Richard Webber tinha lhe prometido a chefia do Seattle Grace. E no episódio de ontem vimos isso virar realidade. Derek deixou de ser o deus da neurocirurgia e agora é o novo Chief. Ele percebeu que comandar um hospital é um pouco mais difícil do que ele imaginava. Ele não sabia nem que roupa usar. Ou como falar com seus colegas. Ele preparou um discurso – que acabou por ser um fracasso. Ele enfrentou a possibilidade de um processo no primeiro dia. E no final de tudo, ele percebeu que Richard tinha deixado um hospital em crise sim, mas também tinha deixado um legado que ele resolveu honrar. Ele seguiu o conselho de Bailey e conseguiu dar o discurso que ele queria; dessa vez, sem ensaios nem rodeios.
Eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai conseguir fazer com que o Seattle Grace volte a ser um dos melhores hospitais-escola do país, mas isso não vai ser fácil e Meredith também vai perceber isso. Mesmo não concordando com a forma como as coisas aconteceram, ela tá lá do lado dele e eu amo o nível de maturidade que os dois alcançaram. Nunca achei que fosse ver isso na série, já que os casais principais normalmente só conseguem um final feliz no final de verdade. Mas em Grey’s tivemos o final feliz dos dois e estamos tendo a chance de acompanhar o que vem depois.
Olha, como eu gosto de Alex Karev, viu. Olhando pra trás e vendo o caminho que ele percorreu até aqui, eu acho que ele é o personagem mais real da série. Desde a época de Addison ele mostrou que tem jeito com crianças e eu gosto de ver isso se solidificando. Acho super válido os roteiristas darem histórias a Arizona que não são ligadas a Callie e ela e Karev formaram uma dupla ótima. Achei que aquele menino ia morrer depois da cirurgia exploratória; foi muito bom ver Karev salvando uma vida.
Bailey, Bailey. Como eu amo essa mulher. Como ela consegue ser tão incrível? Nossa, quando a Meredith percebeu que aquela paciente estava acordada durante a cirurgia eu fiquei muito tensa. Imagina você sendo revirada por dentro, sentindo tudo e sem poder fazer nada? Claro que a paciente se sentiu traída, porque ela confiou na Bailey e aquilo aconteceu. Sim, porque antes da cirurgia foi Bailey quem a preparou e assegurou que tudo ia ficar bem; mas não ficou. E se tem uma coisa que Bailey sabe fazer é tratar bem seus pacientes e não conseguir isso deve ter sido completamente frustrante; gostei muito de ver ela lidando com isso tudo. A mulher é mesmo uma rocha. Permeável, sim, mas uma rocha. Quando ela gritou com o anestesista, eu arrepiei. Também achei que tivesse sido culpa dele e me surpreendi por não ter sido o caso e principalmente por ele não se deixar intimidar pela médica. Simpatizei com o cara e gostei muito de como o personagem foi introduzido. Todo mundo percebeu que ele vai ser o novo interesse romântico da Bailey, né? Sinto que vou gostar muito do casal.
Mais uma vez, Sandra Oh roubou os holofotes completamente. Aquela cena final entre Cristina e Owen foi simplesmente fantástica. Finalmente o nome de Burke foi mencionado; eu já achava que o nome dele era algo como Voldemort. O modo que Cristina se referiu a ele, ainda cheia de dor, contando a Owen como ele tinha roubado um pedaço dela e como ela não ia deixar aquilo acontecer de novo foi emocionante demais.
Não consigo acreditar que Mark realmente acha que tem razão! Ele fez exatamente a mesma coisa que a Lexie, gente. O problema dele é um ego masculino ferido que não admite ter sido dispensado. Eu até entendo ele, sabe, vendo que ele tava mudando pela Lexie e queria dar o passo seguinte ao lado dela, dá pra entender a frustração, mas a falta de maturidade dele tá começando a irritar! Mas amei a cena dos dois no elevador, toda aquela tensão. Saudades daquele elevador.
Adorei a cesta de basquete no escritório do Derek. House ia adorar aquilo. E o que foi aquela cena final de Mark, Callie e Arizona? Muito fofo. Me lembrou de George, Izzie e Meredith no começo da série. A melhor fala do episódio, de longe, foi Cristina dizendo pra Lexie “please don’t cry on my ass”. Já falei que amo Cristina?
Há muito tempo eu não via um episódio de Grey’s Anatomy tão redondinho, onde tudo funcionou. Sinceramente, não senti falta de Izzie. Em momento algum lembrei que ela existia e tudo fluiu tão melhor sem o fantasma dela. Bem que a Katherine Heigl podia ficar de licença maternidade pra sempre, né?
