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Grey’s Anatomy – 7×12 Start me up

Por: em 15 de janeiro de 2011

Grey’s Anatomy – 7×12 Start me up

Por: em

Eu não gosto de fórmulas. Talvez por isso que eu acabe, na maioria absoluta das vezes, enjoando rapidamente de séries que costumam seguí-las a risca, como House e algumas tramas policiais. Mas se tem uma fórmula que eu não consigo não gostar é a de Grey’s. Essa coisa que a série costuma usar em seus episódios de meio de temporada com casos metafóricos + dramas pessoais + humor sutil sempre me prende. Aqui não foi diferente. Start me up me deixou preso da primeira a última (e que última!) cena e me fez sentir todo o tipo de coisa. Acho que a temporada só tem a crescer daqui pra frente e o que (pra mim) já estava bom, tem potencial pra se tornar ainda melhor.

Ok, essa versão 2011 de Izzie Stevens e Denny Duquete tá me conquistando. Deu uma trama à Teddy (que, convenhamos, sempre esteve meio solta em Grey’s) e trouxe o Henry, que é um personagem bacana. A conversa dos dois após a operação foi bonita, especialmente quando ele conta pra ela sua história de vida. O Henry não se casou com ela apenas  porque precisava do dinheiro do plano de saúde, mas também porque viu que ela se importava com ele. A Teddy tinha acabado de conhecer ele, mas mesmo assim se preocupou com a doença dele. Eu tô gostando de como isso vai caminhando, só espero que o final seja diferente dessa vez. Não reclamo do destino do Denny, longe disso. Foi um dos momentos mais emocionantes de toda Grey’s Anatomy, se não for o mais. Tentar repetir a dose pode ser catastrófico. Claro que também pode funcionar, mas não sei se vale a pena correr o risco.

E eu sei que é o trabalho dele, mas foi meio tenso da parte do Chief dar um sermão na Teddy, sendo que ele teve um caso com a Ellis enquanto era casado com a Adele. A pressão feita durante a cirurgia tudo bem. Legalmente, ela tinha mesmo que decidir. Mas ficar reclamando que ela não devia ter feito isso e feito aquilo… Ah, por favor. Ela só se casou pra salvar a vida do cara. E o dinheiro e a vida eram dela, então não tem motivo algum pra que ele faça objeção. Quero só ver como ele vai reagir agora que os dois estão – claramente – se apaixonando. E falando em se apaixonar, fica registrado aqui o quão estranha é essa coisa toda da Bailey com o enfermeiro. Gosto muito da personagem e a Chandra Wilson sempre arrassa, isso é um fato. Mas acho que ela merece coisa melhor. Talvez se o Eli for melhor desenvolvido, eu consiga mudar de opinião mais adiante.

Como é bom ter a Cristina de volta. Já abri um sorriso de orelha a orelha quando a vi andando pelos corredores do hospital e aconselhando a Meredith. É assim que deve ser. É assim que o equiíbrio natural é mantido. E como foi bom também vê-la lidando com um jovem estudante de medicina. Desde as piadinhas sarcásticas até a hora em que ela realmente ensinou coisas ao cara. E ele escrevendo que ela era heartless? Épico. Contudo, acho que vou ser apedrejado pelo que vou dizer a seguir, mas não torço pra que ela ganhe o cargo de residente chefe. Quero que o Alex vença. Gosto mesmo da Cristina e aposto que ela se daria muito bem no cargo, mas não sei se ela está pronta agora pra isso, além de as vezes acabar vacilando nas decisões. E também acho que ela precisa se recuperar um pouco desse tempo todo longe de uma OR. O Karev – apesar de atitudes nada éticas algumas vezes – já provou que é um excelente profissional e que detrás daquela máscara de durão ele se importa com os pacientes. Tô torcendo de verdade por ele. Quanto a Mer, ela quer um bebê. E também não acho que esteja na hora dela assumir tal poder.

E olha, juro que eu tava tentando não desgostar do Avery, mas desde o episódio passado que ele vem me irritando. Eu me acabei de rir sozinho aqui quando o acompanhante dele – que ele tanto fez questão de ignorar – deu a solução ao Owen durante a cirurgia. A cara dele foi fantástica. Aliás, ele e a April também concorrem ao cargo de residente chefe. Mas não acho que algum dos dois seja o escolhido. Eles foram completamente indiferentes nesse episódio e é bom conseguirem logo tramas legais, ou vão acabar afundados entre tantos personagens carismáticos que Grey’s Anatomy tem.

Os casos do episódio foram muito bons, especialmente pelo fator metafórico. Eu adoro quando Grey’s usa os pacientes como espelhos de seus personagens e faz com que eles tomem decisões e tentem resolver seus problemas. Além de agitar as tramas centrais, sempre traz belíssimas cenas, como a conversa de Callie com o rapaz que se sentia culpado pela quase morte do namorado durante o casamento deles. O desespero dele frente a possibiliade de perder a pessoa amada e a forma como ele se sentia culpado por tudo aquilo mexeu com a Callie. Era notável nos olhos dela. A cena dentro do quarto, onde o rapaz ferido diz que perdoa o noivo por qualquer coisa que tivesse acontecido, foi de encher os olhos. E foi naquela hora que eu soube que a Callie perdoaria a Arizona logo. Essa última teve umas conversinhas com o Mark e eu gostei muito de como ele deixou claro pra ela o modo como a Callie se sentia e o quanto ela – Arizona – tinha essa triste mania de fugir diante de situações que exigiam um maior esforço, que sobrecarregavam as emoções quase ao extremo. Ele enumerando os defeitos dela também foi uma cena pra lá de engraçada. Eu adoro a relação dos dois. São como irmãos que, apesar das constantes brigas, se importam um com o outro e não admitem isso. Se apoiam e conseguem superar situações juntos, se ajudando.

E agora sim eles vão ter que se ajudar. A gravidez da Callie caiu como uma bomba na cabeça da Arizona depois da declaração dela que estaria ao lado da ex sempre. Foi corajoso. Foi muito corajoso e eu tô muito curioso pra ver como isso vai ser levado adiante. Acredito que a Robbins vai ficar ao lado da Callie e do bebê e as duas, enfim, vão se acertar. Minha preocupação é com a Lexie. Ela e o Mark estavam tão bem novamente e eu tenho medo de como ela vai reagir a notícia de que o namorado vai ter um bebê. Porque ele, eu não tenho dúvida nenhuma de que estará ao lado da Callie e será um paizão. E sim, eu quero que esse bebê nasça. A Callie quer um filho, então essa é a chance de realizar o sonho dela e ainda dar uma boa agitada na trama. Vamos em frente porque eu quero de verdade ver essa história.

A série entrou novamente em um pequeno hiatus e o 7×13 deve ser exibido na primeira semana de fevereiro. Até lá!

As pessoas têm visões muito românticas sobre “começos”. Um recomeço… Vida nova… Milhões de possibilidades. Mas não importa o que estiver procurando… Você continua o mesmo. Você carrega a si mesmo em qualquer recomeço. Então qual é a diferença?
[…]
É o que todos querem, certo? Vida nova… Um recomeço? Como se fosse ser mais fácil. Pergunte ao cara empurrando a pedra colina acima. Não é fácil recomeçar. Não mesmo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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