Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Grey’s Anatomy – 8×06 Poker Face

Por: em 23 de outubro de 2011

Grey’s Anatomy – 8×06 Poker Face

Por: em

Eventualmente, todos nós usamos máscaras. Não é uma coisa que adianta negar, algo que dê pra simplesmente ignorar. Mesmo que não seja uma máscara que carregamos diariamente, em algum momento, escondemos nossos reais sentimentos, seja por medo ou por qualquer outra coisa. A essa expressão indefinida e indecifrável que assumimos em determinadas situações, dá-se o nome de Poker Face. E eu acho que poucas vezes o título de um episódio se encaixou tão bem em Grey’s Anatomy como aqui – tanto nas histórias dos personagens, como nos casos. E, aliás, fazia tempo que Grey’s tinha casos tão bacanas, né?

Isso era algo que eu vinha sentindo falta na temporada, mas que até agora não tinha se mostrado tão necessário, já que as tramas dos personagens estavam conseguindo segurar bem as pontas – tirando o drama irritante do Derek de Amo você mas não perdôo o que você fez ou qualquer coisa do tipo. Ainda bem que isso acabou. Não sei até que ponto o fato da Meredith estar fora da neuro e deles não comentarem sobre trabalho irá funcionar, mas só de não termos mais aquelas discussões chatas em todo episódio, já vale. Li algumas pessoas comentando que acharam a volta do casal às boas muito “do nada”, mas isso não me incomodou – parando pra pensar e lembrando do episódio passado, acho que já era esperado. Mas só eu achei estranho ver a Meredith na obstetrícia? Não sei, não combina com ela. E ela não parece realmente feliz ali – a velha história da poker face. Acho que, cedo ou tarde, ela vai voltar pra neurologia.

Ou, quem sabe, pro estudo do Alzheimer. Claro que, antes disso, ela vai ter que suar muito pra convencer a Bailey de que ela merece confiança. Miranda, aliás, segue muito bem, recuperando pouco a pouco seu espaço na série. Pode até ser que pra alguns essa postura arrogante e decidida dela quanto à Meredith soe exagerada, mas pra mim se faz compreensível. Ela sempre foi muito próximo do Richard e, por isso, culpa a Grey pela demissão dele do posto de Chief. Mas eu tô começando a achar que o próprio Richard vai fazer com que ela reveja seus conceitos e convencê-la a colocar a Grey novamente nos testes.

Falando em Chief, deixa eu abrir aqui um parêntese e falar da única coisa que, pra mim, não funcionou no episódio: Cristina e Owen.  Não vi necessidade alguma de toda a exploração em cima das dirty sexy messages e dessa estranha e repentina ninfomania dos dois. Adorei que o Richard deu logo uma prensa nele quando os pegou. Poxa, ele é chefe agora, tem mesmo que dar exemplo. E Cristina Yang não é mulher de largar trabalho/cirurgia por sexo!

Em contrapartida, ela e a Callie funcionaram bem juntas. É claro que não é a mesma coisa dela trabalhando com a Teddy na cardio (porque a gente sabe que ali é o lugar dela, assim como o do Alex é na pediatria e assim por diante), mas rendeu ótimas cenas, especialmente aquela em que a Callie fala que ela precisa voltar a ser a Cristina bad ass de antes. Yang não pegou a Callie num dia bom. Mas nem tem como culpá-la, né?

Era óbvio que ela explodiria com o Mark antes do episódio terminar – e com razão! Gosto muito dele, mas ele tava precisando se mancar de que não podia ficar indo na casa dela e da Arizona de hora em hora. Mas, indo pelo lado cômico, até que é legal vê-lo amigo da Dra. Robbins, embora tenha sido bizarro – pra dizer o mínimo – eles discutindo o jantar no meio de uma cirurgia. Trabalho é trabalho, né gente? Eu fiquei esperando um desenvolvimento do plot do episódio passado, sobre a Arizona querer um papel que diga que a Sofia também é filha dele, mas aparentemente isso ficou pra depois. E não, Callie, o Mark não precisa de sexo, ele precisa da Lexie!

A Kepner tava precisando mesmo acordar pra vida e tudo o que o Alex disse pra ela foram as verdades. Ok que foi do jeito torto e meio soft dele, mas ainda assim eram verdades e que precisavam ser ditas. Desde o momento em que a escolheram como residente chefe, eu me questionei o tempo inteiro de como ela iria conseguir impor respeito. Talvez agora, com essa postura mais dura e condizente com o posto que ocupa, ela consiga se sair melhor no cargo. E o Alex é, provavelmente, quem mais tá envolvido com toda essa história de 5º ano. Eu diria que ele tá um pouco perdido. E assustado. Tem medo de a qualquer momento tudo desmorone e isso ferre com sua vida. Considerando tudo que o cara já viveu, dá até pra entender, não é?

Como eu tinha dito lá em cima, gostei bastante dos casos tratados. O da mulher com tumor de borboleta foi meu favorito, provavelmente por toda a carga emocional que trouxe. No começo, eu achei que o marido tava sendo um pouco egoísta em não deixar que a mulher nem tentasse fazer a cirurgia, mas com o passar do episódio, deu pra ir entendendo bem toda a situação. Quando o Derek saiu da sala de cirurgia com aquela cara de enterro, eu imaginei que ela tinha morrido – e Grey’s sabe ser trágica quando quer, né? Os outros dois casos, embora com menos carga emocional, também conseguiram se destacar, o do garoto da cirurgia de reconstrução de pescoço mais do que o cara que não queria seguir o que o Karev e a Teddy achavam mais seguro. O que destacou o do garoto Tyler foi provavelmente a presença dos pais dele e de todo o conflito que isso criou – e, claro, a participação do Jake Abel.

No fim das contas, foi mais um bom episódio pra cota da temporada. Leve, divertido e descompromissado.

E vocês, o que acharam?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×