Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Grey’s Anatomy – 8×11 This Magic Moment

Por: em 16 de janeiro de 2012

Grey’s Anatomy – 8×11 This Magic Moment

Por: em

Grey’s Anatomy anda tão bem que chega a dar medo, não é? Mas já prometi que vou deixar de lado e curtir “esse momento mágico” da série, que depois de uma tumultuosa 7ª temporada, voltou com tudo para o top3 das minhas atrações favoritas na fall season. Onze episódios e ainda nenhum ruim, sabem o que é isso? Acho que desde a 2ª temporada o show não apresenta uma sequência tão redondinha. Esse episódio, por exemplo, pode não ter sido o melhor da temporada (e não foi) ou não ter tido muitos momentos REALMENTE significativos (e não teve), mas cumpriu o seu propósito de clássico episódio de meio de temporada: Entreter, emocionar, divertir, fazer com que o tempo passe voando.

E, essa semana, ganhamos um episódio dosado, mas com uma veia cômica mais aflorada, um roteiro mais leve e divertido, aquela clássica simplicidade que encanta. Não que se possa chamar de simples um caso de separação de gêmeas siamesas, na verdade isso é tudo, menos simples, mas Grey’s conseguiu fazer da situação natural e envolvente, além de envolver quase todos os personagens em um só caso – e eu confesso que estava com saudade disso. Gosto muito de ver os núcleos isolados trabalhando, mas quando todos se juntam, ganhamos momentos maravilhosos, como o da Callie imitando a Arizona mandona. Aliás, só eu achei que, a qualquer momento, toda aquela preocupação desmedida dela iria levar a algum erro no procedimento? Tive realmente medo.

Deu um pouco de pena da Lexie tendo que ouvir o Mark a toda hora exaltar a Julia e ainda ser seguido pelos colegas. Disse e repito: Essa história não pode ir muito longe, ou vai acabar se saturando. Ver a Lexie dizendo frases de efeito pra um familiar é legal uma vez, duas até, mas a partir do momento em que esse drama ultrapassa a linha do aceitável, existe a chance de um dos melhores casais da série terminar renegado ao esquecimento e rejeição.

Talvez (na verdade, eu tenho certeza) eu tenha uma única crítica ao episódio: Bailey e Ben. Não consigo entender de quem foi a idéia de que Miranda Bailey, a nazista, funciona bem em uma trama romântica. Ela não precisa de homem nenhum, é tanto que os melhores anos da personagem na série são os em que ela esteve casada e não tínhamos que ouvir briguinhas dentro da sala de cirurgia e nem vê-la dando lição de moral ou usando a Meredith como escudo dos seus problemas pessoais. Torço fortemente pra que eles se acertem, se casem e o Ben suma da série. Ou então que ele só suma, não precisa se acertar com ela de fato, não.

No lugar da Meredith, eu me sentiria constrangido com a situação. No fim das contas, foi engraçado porque ornou com todo o clima do episódio e com as outras situações também divertidas, como os surtos da Arizona e toda a superlotação na cirurgia das siamesas. A única coisa que eu achei non sense foi o Richard roubando cirurgias do Karev. Até entendi o ensinamento e a moral no fim, mas que foi sacanagem, foi. Deu pena do Alex quando o Webber confessou que era tudo uma armação para fazer os procedimentos. O que eu gostei nessa história foi que pudemos ver o quanto o Alex se preocupada cada vez mais com as crianças. Não é novidade pra ninguém, claro, mas é sempre bom vê-lo colocando esse lado em ação.

Mas o episódio teve dois nomes e eles foram novamente Teddy Altman e Cristina Yang. No começo, me irritou um pouco toda a situação da Altman obrigando a Cristina a repetir exaustivamente todo o procedimento que tinha sido feito com o Henry e eu estava revoltado junto com a Kepner, querendo que ela parasse com aquilo o quanto antes. Mas quando tudo ficou claro, meu coração ficou em pedaços.

O momento em que ela diz que a Cristina não deve se culpar foi um dos melhores da Kim Raver na série (acho que só não foi melhor que a cena do episódio passado, quando ela viu o corpo do marido). Sandra Oh também arrasou e o modo como escolheram lidar com esse drama me agradou muito. Quero muito ver os próximos passos dessa história e como a Teddy vai fazer pra superar a dor. E em quê isso vai afetar na Yang, porque eu tenho quase certeza de que vai.

E por fim, não podia deixar de comentar: Prêmio de criança mais linda do mundo pra Zola! Que cenas foram aquelas, gente? O sorriso da menina é encantador, o sorriso no rosto da Mer e do Derek cuidando dela é ainda mais encantando, mas ela batendo palmas e assistindo a cirurgia consegue ser AINDA MAIS encantador que tudo. Lindo demais. A cena final deixou meus olhos brilhando.

Tecnicamente, foi um episódio mais calmo do que os outros, mas é isso. Nem só de eventos vive Grey’s. E se divertir um pouco e esquecer o mundo é bom. E é o que essa 8ª temporada vem fazendo com louvor.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×