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Grey’s Anatomy – 8×17 One Step Too Far

Por: em 16 de março de 2012

Grey’s Anatomy – 8×17 One Step Too Far

Por: em

“Do you love me anymore?”
“I love you so much that it hurts.”

Depois de um longo hiatus, nossa série médica favorita está de volta por uma semana e, devo dizer, em excelente forma! One Step Too Far manteve seguramente o alto nível da temporada, que seguramente já pode figurar no top 3 de melhores da série. Não acredito que os próximos 7 episódios por vi possam estragar todo o trabalho que foi feito até aqui. Roteiro perfeitamente dosado entre o humor e o drama, casos interessantes, histórias paralelas emocionantes e ótimas atuações.


Até mesmo o drama da Cristina e do Owen, que eu tinha dito que andava me irritando um pouco nas últimas semanas pré-hiatus, não conseguiu me tirar a satisfação ao terminar de ver esse episódio. Ainda não consigo gostar muito dessa mudança na Yang, embora seja compreensível, dado que pessoas crescem e mudam com o passar do tempo, ainda mais quando tem sentimento no meio e, mesmo com todos os problemas que eu vejo no relacionamento deles, é visível que a Cristina realmente ama o Hunt – o meu medo é que essa história continue ao ponto desse amor se tornar uma dependência. Seria terrível.

Não fosse o direcionamento que a história tomou nos minutos finais, eu teria ainda mais medo. Todo o ciúme da Cristina, os modos como ela olhava para a Emily [Em uma participação de Summer Glau (já começaram as orações pra que Grey’s não seja subitamente cancelada?)], a acusação seca e fria, o quase estado de paranóia, as cobranças de horário…

Minha cena preferida do capítulo dessa semana, inclusive, (e olha que isso é muito, já que eu realmente gostei bastante do episódio) foi a conversa final dos dois. Kevin McKidd e Sandra Oh estão dando um show – e não e de hoje – e, aliados com o excelente roteiro que tinham em mãos, a conversa franca se tornou quase desesperadora. Quando o Owen diz que a ama tanto que chega a doer, só para logo em seguida confessar que a traiu, eu queria entrar ali e abraçar a Cristina, porque só com o olhar ao perceber o que ele diria e com o Say it, deu pra ver o quanto ela ficou destruída com a confirmação.

Aproveitando o gancho, preciso dizer que gostei bastante da maneira leve (e ao mesmo tempo dramática) e tocante que levaram o caso de eutanásia em que a Cristina e a Emily trabalharam. No fim das contas, mesmo sendo óbvio desde o começo que o cara iria permitir que desligassem os aparelhos do marido, foi bem bacana de acompanhar a história sendo contada pela boca dos personagens, do início até o momento atual, e ainda fez um paralelo legal com a história da Cristina. Situações totalmente distintas, mas de uma forma ou de outras, ambos (Sam e Cristina) estavam tentando salvar seus respectivos casamentos (ou o que tinha restado deles).


Alex e Morgan juntos parece uma realidade cada vez mais próxima. A proximidade que a gravidez dela trouxe aos dois deve evoluir para um romance em pouco menos de algumas semanas e todo mundo dentro do SGMWH já percebeu isso, menos ele mesmo – na verdade, eu acho que ele está em negação. Ou estava, até ouvir da boca de praticamente todos os seus amigos. Não sei o que pensar exatamente disso, mas a Morgan vem ganhando minha simpatia cada dia que passa e não tem como não se emocionar com o cuidado que o Alex tem com o Tommy. O desespero dele na hora da cirurgia foi tão genuíno e sincero que já deu pra ver o quanto ele está apegado a criança.

O retorno da Catherine Avery (que eu torcia muito) foi o alívio cômico da semana. Entre tantos problemas acontecendo nas outras histórias, é claro que gostei bastante de ver ela, Richard e Bailey operando, os olhares furtivos de Miranda fuzilando cada flerte que Miss Avery lançava ao chefe. Nem por um momento sequer eu achei que  ele fosse cair no joguinho dela, por mais que tudo indicasse para isso. Ele ama demais a Adele e todo o discurso sobre isso e sobre se sentir homem foi bastante tocante.

A história do Jackson com a “espiã” também foi ótima. Ri bastante quando o Mark disse que ele poderia ir com o Catherine e todo o desespero dele em fugir da Mara foi divertido, embora a tensão sexual exalasse dos poros ali e fosse esperado que eles acabassem na cama.


Por fim, Lexie. A partir do momento em que ela encontrou o tumor, eu comecei a me perguntar o que daria errado, mas não imaginava que chegaria ao ponto da garota não conseguia falar. Não sei se podemos esperar por uma continuação dessa trama do erro médico, a série já ensaiou isso este ano com Jackson e Callie, mas não seguiu adiante. Talvez o que a história traga de implicações nem tenha a ver com processos, mas com o modo como a Lexie vai passar a se sentir e se portar de agora em diante. Só uma teoria.

Já para Meredith e Derek, aparentemente tudo está bem, mas não sei. O Derek foi bem duro com ela na OR – acho que aquilo, de certa forma, pode ter sido ele sendo duro consigo mesmo, já que ele foi quem mais insistiu para que a Mer estivesse na cirurgia e, se ela não estivesse lá, talvez a Lexie não seguisse em frente.

E, pra terminar, trilha sonora matadora!

PS. Piadinha de mal gosto a que fizeram com o Alex em relação à Rebecca, ein?

PS². Grey’s agora só dia 05 de abril. Pois é. Quem entende?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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