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Grey’s Anatomy – 8×22 Let the Bad Times Roll

Por: em 6 de maio de 2012

Grey’s Anatomy – 8×22 Let the Bad Times Roll

Por: em

Desde que eu soube que o arco dessa temporada envolveria, de certa forma, os exames que Meredith, Alex, Cristina, April e Jackson teriam que prestar, eu esperei com ansiedade. Claro que bem mais pelos 3 primeiros do que pelos 2 Mercy West remanescentes. Pelo menos até esse episódio.

Acho que já comentei até em reviews passados, mas eu comecei a desenvolver uma simpatia gratuita pelo Jackson que veio não sei de onde e, nesse episódio, pela primeira vez desde que ele entrou na série na 6ª temporada, eu consegui me importar com o que ele vivia. Ainda não consigo dizer que me importo com a Kepner, contudo. Acho a personagem divertida, os surtos dela são bem bacanas de se acompanhar, mas é algo que não me faria falta se fosse excluído do episódio.

Apesar disso, foi chato saber que ela não passou nos exames. Acho que mais pelo situação em si do que por ela. Os outros 4 estavam comemorando porque, apesar de tudo, tinham conseguido a aprovação, enquanto ela não tinha o que comemorar. Eu nem consigo imaginar o que deve ter passado na cabeça dela.

E o pior é que, parando para analisar, não foi uma reprovação injusta. Se a April não estava pronta o suficiente para lidar com o fato de ter quebrado algum tipo de promessa/crença e deixou que isso alterasse seu humor a ponto de ela falhar nos testes, ela não está mesmo pronta para a grande pressão do dia a dia que a profissão exige.

O episódio em si foi muito bem construído para criar um ótimo clima de incerteza quanto a reprovação. Foram várias evidências, atiradas por todos os cantos e qualquer um ali estava suscetível a falhar. Cristina estava sob o jugo de um examinador carrasco, Meredith doente (enjoo demais pro meu gosto. Será gravidez?), Alex tinha perdido a primeira etapa, April tensa pós sexo e Jackson nervoso com a mãe.

Eu gostei bastante dessa dinâmica nova entre Kepner e Avery. Não sei se por eles estarem juntos como amigos desde que entraram na série, mas rola uma química bacana, a cena flui legal, funciona, o que eu realmente não esperava. Vai ser interessante vir isso se desenvolver agora que a April reprovou. Não faço ideia de que caminho vão dar para a personagem, mas um mar de possibilidades está aberto.

A mesma coisa vale para os outros quatro. Quais terão coragem de deixar o Seattle Grace? Sem sabermos da situação dos contratos, fica complicado fazer qualquer tipo de aposta, mas eu acho que não veremos nenhum deles ir embora temporada que vem.

Foi legal ver os exames em si. Eu tinha medo de que a série reduzisse essa parte a poucos minutos ou no máximo metade de um episódio, então fiquei satisfeito em ver como cada um passou por aquela etapa, que pode-se dizer, foi o divisor de águas da vida e carreira de cada um.

Não gosto do Derek (é gratuitamente, desde a 1ª temporada, nunca consegui simpatizar com ele), mas a ligação dele e da Meredith foi uma das partes que eu mais gostei no episódio, até por ter sido o que deu força para que ela não desistisse dos exames. Como disse acima, não sei se tanto enjoo assim é de doença, uma gravidez seria bem a cara da Shonda agora, quando a vida deles já está meio que mudando pela aprovação da Mer.

Outro grande mérito do capítulo foi conseguir um ótimo balanço entre os boards e as tramas no hospital, que conseguiram ser tão interessantes quanto. Callie e Arizona, que andavam sumidas ganharam um ótimo e emocionante caso. Torci o nariz no começo porque parecia ser apenas mais uma história de ciúmes de amores do passado, mas o caminho que a trama do câncer percorreu, terminando naquele discurso matador da Arizona, foi tocante.

Falando em discurso matador, Lexie veio com um que também emocionou. Eu não tinha dimensão de que o sentimento que ela ainda nutre pelo Mark era tão forte. Achei que seria apenas uma faísca que tinha resistido e que, com o tempo, acabaria se reascendendo, mas não, ela nunca deixou de amá-lo, só tentou matar tudo, mas não conseguiu. Desde que ela terminou com ele na última vez, já era obvio que ainda existia alguma coisa, mas não nessa intensidade.

Sei que muita gente gostava dela com o Jackson, mas eu nunca deixei de torcer pelo Mark. Não sei explicar, mas tem algo no casal que me chama atenção, algo que ela e o Jackson não tiveram. Acho que é como aquele episódio da escritora trouxe: Com o Jackson era bom, era legal, fazia bem, mas apesar de tudo, por alguma razão desconhecida, não era o certo.

Eu só espero que não enrolem isso mais do que já está enrolado. Sinto que logo tudo será resolvido pois, além da declaração inesperada, o Mark ainda tem que lidar com o desejo da Julia de ter um filho com ele. As conversar dele com o Derek sobre isso foram engraçadas e, junto com a Bailey tentando “bajular” possíveis novos empregados, trouxeram um ar mais leve ao episódio, em meio a tensão dos exames.

E, só para finalizar o review, eu queria dizer que é por surtos como aquele que o Alex teve no fim do exame dele que eu tenho orgulho de dizer que ele é meu personagem favorito e que vai ser um grande pediatra. Ou melhor, já está sendo.

Dois episódios para o fim da temporada. Quinta feira, o negócio já deve começar a pesar. É segurar o fôlego e embarcar.

Pra quem gosta de promos, a de quinta:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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